Inglaterra: mergulhador descobre canhão de bronze em destroços de naufrágio de 1665

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Um canhão de bronze foi encontrado nos destroços de um navio de guerra que foi destruído por uma explosão de pólvora e afundou em 1665, em Londres, na Inglaterra. A descoberta foi feita por Steve Ellis, um dos mergulhadores licenciados da Historic England, que tem mergulhado nos últimos 14 anos no local do naufrágio no estuário do Tâmisa, ou seja, onde o rio encontra as águas do Mar do Norte, perto de uma movimentada rota de navegação. As informações são do The Independent.

Segundo o jornal britânico, o navio London, do século XVII, fazia parte de um comboio enviado em 1660 para resgatar Carlos II da Holanda e restaurá-lo ao trono. Seu naufrágio protegido, de duas partes, fica perto do Píer Southend, no condado de Essex, e o canhão foi descoberto enterrado com lodo e argila no fundo do mar.

"Foi muito emocionante ver o canhão emergir do fundo do mar depois de muitos anos de mergulho no local", disse Ellis, que afirmou que a descoberta lança nova luz sobre suas teorias sobre como o navio pode ter explodido e como ele foi parar em duas partes no fundo do mar.

O London foi construído no estaleiro Chatham Historic, em Kent, no sudeste da Inglaterra, entre 1654 e 1656, durante um período de grande agitação política após a Guerra Civil Inglesa (1642-1648) e a Primeira Guerra Anglo-Holandesa (1652-1654). Acredita-se que o canhão recém-descoberto seja um semi-canhão de tamanho médio da Commonwealth, de 2,4 metros por 15 centímetros, fundido por George Browne por volta de 1656 a 1657, aponta o The Independent.

De acordo com a reportagem, o canhão faz parte de um conjunto feito para o London, colocado no convés de armas inferior do navio. Esse tipo de canhão é menor que um canhão comum de 19 kg. Na época do seu naufrágio, o London era um dos quatro navios da marinha inglesa a ter um conjunto completo de 76 canhões de bronze.

Cada carruagem de armas teria sido única porque as armas do London não eram padronizadas e eram originárias de diferentes países e diferentes períodos da história naval. Canhões grandes eram escassos e caros de fabricar, exigindo quantidades significativas de bronze ou ferro e fundição individual - por isso, canhões capturados de navios inimigos e de outros naufrágios ou navios desativados eram frequentemente usados para ajudar a equipar novos navios de guerra, como o London. Com base em documentos históricos e registros modernos, estima-se que cerca de 41 dos 76 canhões que afundaram com o navio de guerra foram recuperados.

Investigação

Duncan Wilson, presidente-executivo da Historic England, disse que a descoberta ajudará a entender melhor os tipos de canhões a bordo do London quando ele explodiu em 1665. "Eles não eram todos iguais, pois alguns foram capturados de navios inimigos, então há uma história complexa para desvendar aqui", explicou. "Nossos mergulhadores licenciados desempenham um papel importante na investigação e monitoramento de nossos naufrágios protegidos no mar, garantindo que eles estejam lá para as gerações futuras aprenderem e aproveitarem", acrescentou.

O The Independent explica que a Historic England concede licenças para Sítios de Naufrágios Protegidos em nome do Secretário de Estado da Cultura, Mídia e Esporte. A visibilidade no estuário do Tâmisa costuma ser extremamente ruim - às vezes, de menos de meio metro - então as condições tinham que ser perfeitas para que o canhão ficasse exposto de repente em meio à argila.

O jornal britânico destaca que o trabalho no local é particularmente desafiador devido ao ambiente altamente sujeito a marés e à localização do naufrágio próximo a uma movimentada rota de navegação, por onde passam regularmente grandes navios de carga. "Por mais de uma década, suspeitamos que alguns dos canhões a bordo do London ainda estavam no fundo do mar e agora Steve e sua equipe provaram isso", disse Mark Beattie-Edwards, presidente-executivo da Sociedade de Arqueologia Náutica.

Beattie-Edwards diz que a descoberta demonstra o quão culturalmente rico é o naufrágio e, com o local sendo ativamente corroído, o potencial para novas descobertas semelhantes permanece sempre presente. O canhão agora está sendo incluído no programa de marcação forense da Historic England, que usa a mais recente tecnologia de marcação de proteção subaquática para deter ladrões.

Mark Harrison, chefe de crimes patrimoniais da Historic England, disse que a marcação protetora deste canhão atuará como um claro impedimento para aqueles que buscam remover ilegalmente material histórico de Sítios de Naufrágios Protegidos. "As novas marcações darão à polícia a capacidade de vincular o infrator à cena do crime e implementar procedimentos criminais", afirmou.

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O Último Azul, filme de Gabriel Mascaro (Divino Amor) que disputou o Urso de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2025, teve sua data de estreia divulgada em um teaser lançado nesta terça-feira, 6. Estrelado por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, o longa estreia nos cinemas brasileiros em 28 de agosto.

De acordo com a sinopse oficial, o filme se passa em um Brasil quase distópico em que cidadãos idosos são transferidos compulsoriamente para uma colônia habitacional para que "desfrutem" de seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio forçado, Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos, embarca em uma viagem pelos rios e afluentes da Amazônia em busca de realizar seu último desejo.

Embora não tenha vencido o Urso de Ouro em Berlim, O Último Azul conquistou o Grande Prêmio do Júri no festival, também conhecido como "Urso de Prata". O Festival aconteceu em fevereiro deste ano, com o norueguês Dreams (Sex Love) vencendo o principal prêmio do evento.

Além de dirigir, Mascaro também assina o roteiro ao lado de Tibério Azul (Som Brasil). Murilo Hauser e Heitor Lorega, ambos de Ainda Estou Aqui, serviram como consultores do script.

O elenco de O Último Azul conta ainda com Adanilo (Oeste Outra Vez) e Miriam Socarrás (Violeta).

Confira o trailer aqui

Daniel Erthal usou suas redes sociais na segunda-feira, 5, para revelar que o seu carrinho de bebidas foi roubado no Rio de Janeiro.

Atualmente, o ex-galã de Malhação trabalha como empreendedor e é dono de um bar em Botafogo, na zona sul da capital. O veículo estava estacionado na calçada do local quando foi levado.

"Estamos vivendo tempos sombrios no que diz respeito à segurança no Rio. Ninguém aqui pode ter nada. Cheguei para trabalhar e não encontrei meu carrinho de bebidas. É a extensão do meu bar, faz parte do meu plano de negócio", lamentou.

Ele ainda disse que se sustenta com o carrinho há cerca de um ano e meio. "O meu único bem. Como eu estava sem garagem, ele ficou exposto por duas semanas, e agora não está mais."

No ano passado, Daniel Erthal havia viralizado com imagens em que aparece com o seu carrinho em frente à queima de fogos do reveillón em Copacabana, no Rio de Janeiro. Desde então, ele conseguiu abrir um bar em Botafogo, mas voltou a circular com o veículo durante o carnaval.

Conhecido do público por ter feito parte do elenco do folhetim teen em 2005, Erthal também gravou Belíssima, de 2006, e a versão brasileira de Rebelde, em 2011. Ele tem um perfil no Instagram apenas para divulgar seu trabalho como vendedor, e voltou a aparecer com o carrinho durante os blocos de rua, transitando para vender as bebidas entre os foliões.

Nos últimos anos, em meio à pressão estética da sociedade, Paolla Oliveira se tornou uma representante do chamado "corpo real" - embora não goste do termo, por acreditar que todos os corpos são reais. Em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira, 5, a atriz falou com franqueza sobre o tema e relembrou o período em que acreditava que as críticas ao seu corpo eram justificadas.

"As críticas ao meu corpo, para mim, eram completamente corretas. Passei muito tempo achando que eu que estava errada", declarou a atriz, ao pontuar como os comentários nas redes sociais influenciaram sua autopercepção. Segundo ela, o processo de entender e desconstruir essas imposições foi gradual.

A artista afirmou que, mesmo sem se identificar com o rótulo, acabou sendo vista como uma representante do tal "corpo real". O incômodo com perguntas recorrentes sobre emagrecimento para papéis específicos também a fez repensar sua posição. "Percebi que estavam me empurrando para um lugar que não me cabia", disse. "Mas eu achava ainda que a errada era eu."

Ao ganhar consciência dessa situação, Paolla conseguiu se libertar da cobrança e passou a enxergar a questão de outra forma. "Entendi que não era sobre mim. Era sobre um lugar para o qual a maioria das mulheres é empurrada, pra caber e servir", afirmou.

Por fim, a atriz destacou seu processo de amor-próprio e como isso influenciou sua percepção sobre outras mulheres: "Aprendi a me gostar e que a minha beleza é possível. Também aprendi a reparar em outras mulheres com outras belezas possíveis. O que eu luto hoje é basicamente pra existir e querer que as pessoas existam à minha volta."