Zé Celso x Silvio Santos: quem vai ser homenageado com o Parque do Bixiga?

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A discussão sobre o Parque do Bixiga, na região central de São Paulo, ganhou novos desdobramentos após aprovação unânime na 1ª votação na Câmara Municipal. Parte dos vereadores tem se mobilizado para sugerir novos nomes para o espaço, com a defesa tanto de homenagens ao dramaturgo José Celso Martinez Corrêa quanto ao apresentador Silvio Santos.

Os planos do Município envolvem terrenos do Grupo Silvio Santos, que totalizam 11,1 mil m². Os espaços ficam no entorno da sede do Teatro Oficina, companhia teatral que defende a implementação da nova área verde há cerca de 40 anos.

Os dois protagonistas da disputa se encontraram algumas vezes ao longo dos anos. Em 2004, Silvio Santos chegou a visitar o teatro durante os preparativos para a montagem da peça Os Sertões. O encontro mais conhecido foi em 2017, em conjunto com representantes da gestão do então prefeito João Doria e o então vereador Eduardo Suplicy.

O projeto de lei em discussão pelos vereadores determina a inclusão do Parque do Bixiga no quadro daqueles que têm a implantação preferencial na cidade. Como o Estadão mostrou, essa inserção dá acesso a ferramentas que facilitam a implantação, como a chamada Transferência do Direito de Construir (TDC), que emite "créditos construtivos" para a utilização em outro local, eximindo o empenho de recursos diretor na compra da área, a exemplo do que ocorreu no Parque Augusta.

Ao menos três encontros de Zé Celso com Silvio Santos ao longo dos anos foram filmados. O mais recente é o mostrado abaixo, de 2017, utilizado em uma campanha pelo acordo com o grupo empresarial e a criação do Parque do Bixiga.

O vereador Celso Giannazi (PSOL) apresentou emenda com a proposta de Parque Municipal do Rio Bixiga Zé Celso Martinez Corrêa. Já os vereadores Rubinho Nunes (União Brasil) e João Jorge (MDB) propuseram a denominação Parque Abravanel, em referência ao sobrenome da família de Silvio Santos. Uma homenagem direta ao dono do SBT não seria permitida, pois homenagens do tipo são proibidas em equipamentos públicos enquanto a pessoa está em vida.

Como o Estadão mostrou, o projeto de inserção do parque no Plano Diretor passará por alterações antes da votação, com a inclusão de outras alterações na lei urbanística. Por isso, a mudança no nome pode ser incorporada ao texto final a ser submetido a segunda e definitiva votação ou, ainda, se permanecer como emenda, é deliberada na sequência.

A previsão é que esse projeto e outros que alteraram a Lei de Zoneamento e as duas operações urbanas mais ricas da cidade (Faria Lima e Água Espraiada) sejam votados em uma mesma sessão. O cronograma preliminar indica que ocorrerá na última semana do mês, pouco antes do recesso legislativo.

No projeto de lei de inclusão do Parque do Bixiga, a justificativa da Prefeitura aponta que abrange um bairro histórico, plural e único. Também diz que a criação do parque advém do que reconhece como "luta popular" de moradores e visitantes.

Por isso, a justifica do projeto defende que a implantação está de acordo com o Plano Diretor porque pode "ampliar e requalificar os espaços públicos, as áreas verdes e permeáveis e a paisagem", "proteger o patrimônio histórico, cultural e religioso e valorizar a memória, o sentimento de pertencimento à cidade e a diversidade" e, ainda, "recuperar e reabilitar as áreas centrais da cidade".

"A própria subprefeitura da Sé possui somente cinco parques urbanos, tornando mais relevante ainda a demarcação de áreas verdes neste território", salienta.

"A implantação do parque neste local, cercado de vias estruturais que cortam a região de norte a sul e leste a oeste, pode também auxiliar na requalificação do bairro e do seu entorno, trazendo espaços de lazer, cultura e contato com a natureza, todos estes escassos na região do Bixiga e Bela Vista", conclui.

Nas audiências públicas, representantes do Teatro Oficina e de movimentos do bairro defenderam a criação de um grupo de trabalho conjunto com a Prefeitura para o desenho do futuro parque. Arquitetos e apoiadores da companhia têm desenvolvido uma proposta há anos, a qual inclui a reabertura do Rio Bixiga, que passa pelo terreno e hoje está oculto.

Parque do Bixiga foi grande sonho de Zé Celso; relembre história

Em textos-manifesto, reuniões, entrevistas, performances artísticas e mobilizações públicas, Zé Celso juntou apoiadores diversos e até improváveis contra a construção de edifícios no entorno do Teatro Oficina. A situação foi abordada em peças montadas pela companhia teatral.

Entre as vitórias de Zé Celso após a venda dos imóveis vizinhos à Sisan Empreendimentos (do Grupo Silvio Santos), está o tombamento da sede da companhia nas esferas municipal, estadual e federal (com diferentes perfis e propostas de proteção). O imóvel tem projeto da reconhecida arquiteta Lina Bo Bardi (conhecida especialmente pelo Masp e o Sesc Pompeia), em conjunto com Edson Elito.

Um dos argumentos de Zé Celso pela defesa do parque é de que Lina e Elito já propunham uma praça pública junto ao teatro, batizada de Anhangabaú da Feliz Cidade. Além disso, dizia que os prédios poderiam obstruir a visão do janelão que ocupa grande parte de uma das fachadas laterais do imóvel, enquanto o parque traria lazer e um "respiro" à vizinhança.

A mobilização contra construções no entorno do parque cresceu especialmente após 2000, quando foi aprovado um projeto para construir um shopping no local. Outra proposta que incorporava o teatro ao centro comercial foi apresentada quatro anos depois, também criticada pelo Oficina e posteriormente abandonada pela iniciativa privada.

Depois do shopping, foi a vez das torres. Em 2008, a Sisan propôs erguer um condomínio de três prédios. A obra teve entraves para a aprovação, mas chegou a obter decisões favoráveis nos órgãos municipal e estadual de patrimônio ao longo daquela década e da seguinte, mas não saiu do papel.

Mais recentemente, em fevereiro, o grupo chegou a emparedar os arcos e a remover uma escada externa do teatro após decisão judicial. À época, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) chamou as medidas de irregulares, pois não tinham aval dos órgãos de patrimônio cultural.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

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"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

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Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

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Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.