Defensoras criam protocolo para auxiliar mulheres que 'peregrinam' em busca do aborto legal

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Em uma tentativa de padronizar protocolos e facilitar o encaminhamento de mulheres que buscam assistência para fazer o aborto legal, defensoras públicas de nove Estados criaram uma cartilha com informações e orientações para distribuir internamente. O documento sistematiza marcos legais e normativos sobre o aborto e oferece até modelos de petições que os defensores públicos podem usar nos atendimentos.

A ideia surgiu de uma necessidade prática. Com frequência, os Núcleos de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, braços das Defensorias dos Estados especializados nos direitos sexuais e reprodutivos, são acionados para responder dúvidas sobre o aborto legal. O protocolo foi pensado como um material de consulta para defensores de todo o País.

O aborto no Brasil é permitido em três situações - violência sexual, risco de morte para a gestante ou feto com anencefalia. Embora esse seja um direito previsto em lei, a criminalização do procedimento afeta inclusive os casos ressalvados na legislação.

"Há um estigma que circunda o tema, que afeta inclusive os casos de aborto legal, mas o aborto é um direito legal e reprodutivo das mulheres. Essa carga valorativa negativa dificulta que as mulheres busquem os seus direitos", avalia a defensora pública Mariana Nunes, do Paraná, uma das profissionais envolvidas no projeto.

O trabalho da Defensoria Pública nos casos de aborto legal é, essencialmente, extrajudicial. O foco é assegurar que as mulheres tenham o direito garantido no menor tempo possível. Não há necessidade de autorização judicial para os casos previstos em lei.

O Código Penal também não prevê limite da idade gestacional para o procedimento. Com isso, os marcos temporais variam entre os Estados. A burocracia torna o trâmite demorado e, muitas vezes, os defensores se veem em uma "corrida contra o tempo", conta Mariana. Não é raro que as pacientes sejam encaminhadas para outras cidades.

As dificuldades vão desde exigências indevidas nas unidades de saúde, como exames e boletins de ocorrência nos casos de violência sexual, até a falta de profissionais para fazer o procedimento. O resultado é uma "peregrinação" em busca do atendimento, afirma a defensora. "Muitas vezes os serviços incutem medo, culpa e dúvida nas mulheres."

Os médicos não são obrigados a fazer o aborto, eles têm a prerrogativa de invocar a chamada "objeção de consciência", mas os hospitais precisam assegurar o atendimento por outro profissional.

"A objeção de consciência não é um direito absoluto. Ele não está acima do direito ao atendimento digno, à vida, à saúde das pacientes. Além disso, é um direito do profissional e não dos estabelecimentos", explica a defensora pública Lívia Almeida, da Bahia.

Os casos de estupro têm atenção especial, para evitar a revitimização da mulher. A vítima não é obrigada a procurar a polícia nem a denunciar o agressor. Esses são os atendimentos mais sensíveis, segundo Lívia. "Há uma misoginia. As mulheres são culpabilizadas pela própria violência sexual que sofreram."

As Defensorias Públicas têm buscado aproximação com as redes de saúde para facilitar o fluxo de atendimento e dar suporte aos profissionais nos casos que encaminham. Outro esforço é para tornar as informações sobre o aborto legal mais acessíveis.

"A falta de informação sobre o direito e sobre os serviços é um gargalo grande. Muitos lugares fazem o procedimento, mas não divulgam. O nosso trabalho é de educação em direitos, de articulação com os serviços e secretarias de Saúde, para trazer segurança aos profissionais que cumprem o seu dever e assegurar o direito das mulheres."

Em outra categoria

Gilberto Gil adicionou, nesta terça-feira, 6, uma nova apresentação de sua turnê de despedida, Tempo Rei, em São Paulo. O cantor subirá ao palco na capital paulista mais uma vez no dia 18 de outubro.

Assim como os quatro shows que o cantor realizou em abril, a nova performance será no Allianz Parque. O Estadão já havia adiantado que o Gil faria uma nova apresentação na capital.

Os ingressos das primeiras datas em São Paulo esgotaram rapidamente. Agora, a nova venda começará no dia 15. A pré-venda para clientes do Branco do Brasil com cartões Ourocard Visa começa no dia 12.

Confira valores de ingressos e data de vendas

Onde comprar: site oficial da Eventim.

Abertura da pré-venda para clientes do Banco do Brasil com cartões Ourocard Visa: dia 12, a partir das 10h

Abertura da venda geral: dia 15, às 12h

Cadeira Superior - Andar com Fé: R$ 230 (inteira)

Pista - Aquele Abraço: R$ 280 (inteira)

Cadeira Inferior - A Paz: R$ 280 (inteira)

Pacote Premium Banco do Brasil: R$ 530 (inteira)

Pacote VIP Esotérico: R$ 1030 (inteira)

Pacote VIP Expresso 2222: R$ 1530 (inteira)

Nova série biográfica da Max, Chespirito: Sem Querer Querendo teve seu trailer completo divulgado nesta terça-feira, 6. A produção acompanha a carreira de Roberto Bolaños, popularmente conhecido como Chespirito, que foi de um comediante de segundo escalão do México a ídolo mundial com o lançamento de Chaves e Chapolin.

A série acompanha a trajetória de Chespirito, desde os desafios que enfrentou para levar suas criações ao ar até sua transformação em ícone da comédia mexicana. A produção promete também abordar as polêmicas protagonizadas pelo comediante ao longo de sua vida, incluindo seus envolvimentos e brigas com elenco de Chaves e Chapolin.

Bolaños é interpretado por Pablo Cruz (As Viúvas das Quintas-Feiras). Paulina Dávila (Griselda), Karina Gidi (Família da Meia-Noite), Eugenio Bartilotti (O Último Dragão), Paola Montes De Oca e Miguel Islas (Morando com a Família) também integram o elenco. Edgar Vivar, que viveu Nhonho e Sr. Barriga em Chaves, também participa da série.

Chespirito: Sem Querer Querendo estreia em 5 de junho na Max.

Confira o trailer

José Luiz Datena foi confirmado como o novo contratado da RedeTV!. A emissora divulgou a notícia em seu perfil no Instagram nesta terça-feira, 6.

"Um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro retorna à emissora onde marcou presença em 2002", afirma a publicação. "A partir de junho, ele comanda um novo telejornal com a credibilidade, o serviço e a autenticidade que marcaram seus mais de 40 anos de carreira."

Datena estava desde dezembro no SBT, à frente do programa Tá Na Hora. No entanto, ele apareceu em tom de despedida em uma participação no programa Fofocalizando da última sexta-feira, 2, dando início a rumores de uma suposta demissão, posteriormente confirmada.

"O SBT me deu oportunidade num momento importante da minha vida. Eu precisava tanto dessa oportunidade. Eu estou tão feliz de ter tido essa oportunidade aqui. Queridos, até quando Deus quiser! Beijo grande!", disse o apresentador. Os colegas, então, buscaram corrigi-lo: "Até segunda, Datena! Que papo é esse?!". O apresentador desconversou: "É Deus quem manda!"

Em nota, o SBT afirmou que o apresentador entregou um pedido de rescisão após ser informado de mudanças na grade de programação.

"Na próxima semana, a emissora apresentaria novos projetos para o âncora, que tomou uma decisão antes mesmo da oficialização. O SBT tem enorme respeito por Datena e deseja a ele sucesso nas próximas jornadas", diz a nota divulgada pelo canal.

Por enquanto, ainda não se sabe como será o novo programa de Datena na RedeTV!, mas a emissora deixou claro que será um jornalístico.