Vai à Virada Cultural no Centro? veja programação, dicas de segurança e passeios pela região

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Neste fim de semana acontece mais uma edição da Virada Cultural de São Paulo, que este ano ganhou o tema do pertencimento. Nos dias 18 e 19 (sábado e domingo), a cidade recebe, em 22 palcos, espalhados em 12 arenas.

Entre os artistas que se apresentarão na capital paulista, estão Leo Santana e Joelma, no palco Vale do Anhangabaú; Maria Rita, no palco Butantã; Mc Davi no M'Boi Mirim; Xamã, na Parada Inglesa; Ton Carfi, Solange Almeida e Roberta Miranda na Capela do Socorro; Raça Negra e Planta e Raiz em Parelheiros; Mc Hariel e Psirico em Cidade Tiradentes; Geraldo Azevedo, em São Miguel Paulista; Edi Rock e Sandra de Sá na Brasilândia.

As 12 arenas espalhadas por todas as regiões da cidade são Capela do Socorro (Zona Sul), Campo Limpo (Zona Sul), Heliópolis (Zona Sul), M'Boi Mirim (Zona Sul), Parelheiros (Zona Sul), Brasilândia (Zona Norte), Parada Inglesa (Zona Norte), Cidade Tiradentes (Zona Leste), Itaquera (Zona Leste), São Miguel Paulista (Zona Leste), Butantã (Zona Oeste) e o Vale do Anhangabaú e seu entorno (Centro).

O line-up reúne grandes artistas trazendo diversos estilos musicais além de outras linguagens artísticas como exposições, dança e teatro.

Dicas de segurança para quem estará no centro

Tão útil quanto saber horários e locais de shows da Virada é ter acesso a dicas para evitar ser furtado, roubado, vítima de arrastões e outros perrengues que, infelizmente, podem acontecer. Para este ano, a prefeitura prometeu um policiamento reforçado na região do Vale do Anhangabaú, e disse que usará de novas estratégias para coibir as práticas criminosas. Mas é melhor, como sempre, confiar mais em si.

A Secretaria de Segurança Pública montou um mega esquema de segurança para garantir a realização do evento durante o fim de semana. A estratégia inclui ferramentas de tecnologia para monitorar as redes sociais e prevenir a prática de crimes previamente "combinados".

Além do policiamento na rua, uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estará em fóruns e grupos abertos de discussões nas redes sociais para identificar grupos que possam praticar intolerância racial, religiosa, sexual, entre outras. Policiais à paisana também estarão misturados no meio do público em diversos pontos.

Para o evento, os agentes da Polícia Civil vão reforçar as delegacias de plantão, além disso, haverá reforço no efetivo da Polícia Militar no entorno dos 22 palcos distribuídos nas 12 regiões da capital paulista onde há previsão de shows. Drones, câmeras e outras ferramentas de inteligência policial também serão utilizados durante a festa.

Da Polícia Militar, serão cerca de 600 policiais dos comandos de Policiamento da Capital (CPC), de Policiamento de Choque (CPChq), do Corpo de Bombeiros (CCB), da Aviação (CAv) e do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Mais de 200 viaturas também serão empenhadas para garantir a segurança do público que vai aproveitar as apresentações.

Siga essas dicas para se precaver:

1. Guarde celulares e carteiras em lugares seguros

Evite bolsos largos e bolsas para guardar celular, carteira e documentos pessoais. Isso pode facilitar a ação de assaltantes, já que deixa os pertences da vítima mais acessível. Dê preferência a pochetes internas, comumente chamadas de doleiras.

2. Nem todo lugar é seguro para usar o celular

Ver policiais e viaturas de sirenes piscantes nas laterais do Vale do Anhangabaú não significa que o lugar é 100% seguro. Os bandidos, diferentemente dos policiais, estarão entre o público. Quando desejar fazer fotos ou checar o WhattsApp, prefira fazer isso em locais mais seguros, como próximo a viaturas.

3. Evite ficar em aglomeração

Quanto mais aglomerado local, mais fácil para ação de alguns bandidos. As regiões mais perto do palco costumam ficar mais cheias, logo, deveriam ser evitadas. Ao mesmo tempo, é importante evitar rotas mais vazias pelo Centro, para não correr o risco de assalto. Evite também passar em corredores estreitos e de aglomerações fáceis, como Rua Direita e 24 de maio. Prefira vias mais largas.

4. Escolha shows em horários mais tranquilos

Se sua preocupação vai além de perder pertences e também envolve sua segurança física, é bom prestar atenção aos horários dos shows. Se puder, dê preferência a shows que vão das 18h às 22h do sábado e na manhã de domingo, que costumam ser mais tranquilos e familiares.

5. Eleja seus 'pontos de refúgio'

Da mesma forma que próximo a viaturas são lugares mais tranquilos para aquela conferida nas redes sociais, escolha alguns lugares para se sentir mais à vontade, com no interior de bares e restaurantes. Geralmente, as pessoas se sentem mais livres e ficam menos atentas quando estão, por exemplo, na fila dos banheiros públicos. É bom lembrar que é nesse momento de desatenção que os bandidos aproveitam para fazer suas vítimas.

Rolê além da virada

O centro da cidade é extremamente vivo e cheio de possibilidades culturais. É possível fazer vários outros programas saindo do Vale do Anhagabaú ou antes de ir para lá curtir um showzinho.

Farol Santander

Construído em 1940, o edifício tem mais de 30 andares e 161 metros de altura e foi inaugurada em 1947. O espaço abriga está com três exposições em cartaz: Pancetti - o mar quando quebra na praia..., Além da Fantasia - Yoshitaka Amano e Colecionismo: o belo, o raro, o único.

O prédio também possui restaurantes, bar e café. Um deles é o Boteco 28 Bar da Cidade. O menu é assinado pelo chef Deivid Marques e é um típico bar paulistano, que serve petiscos, sanduíches, oferece um menu executivo e algumas opções de sobremesas. São pratos emblemáticos da gastronomia popular de São Paulo. O espaço funciona de terça-feira a domingo, das 11h30 às 20h. O acesso ao andar é feito por ordem de chegada e não precisa de reservas ou adquirir ingressos.

Pra quem quiser só um drinque, tem o Bar do Cofre, que fica no subsolo do prédio, em um espaço que era usado como cofre. O local oferece um cardápio vasto de bebidas, além de possibilidades de pratos e petiscos.

O prédio funciona das 9h às 20h, de terça a domingo, com ingressos a R$ 40. O Farol Santander fica na R. João Brícola, 24 (Centro Histórico de São Paulo), a menos de 10 minutos de caminhada.

Mosteiro de São Bento

O Mosteiro de São Bento de São Paulo foi fundado em julho de 1598 e trata-se de uma comunidade da Igreja Católica, fundado e organizado por monges da Ordem de São Bento. A igreja está aberta para visitações. Aos domingos, um dos destaques é uma missa com canto gregoriano, que começa às 7h.

O espaço também é famoso pelo brunch, que acontece aos domingos e precisa ser agendado com antecedência. O valor por pessoa é R$ 389, sendo que crianças menores de cinco anos não pagam. Além de comer, quem fizer o brunch também faz uma visita guidada ao local, exceto clausuras.

Centro Cultural Banco do Brasil

O equipamento cultural que fica na Rua Álvares Penteado, 112 (Centro Histórico), tem uma programação especial relacionada à Semana Nacional de Museus. Nestes sábado de domingo, o espaço recebe contação de história, visitas mediadas, leituras e oficinas.

O CCBB está com a exposição Década dos Oceanos - I Mostra Nacional de Criptoarte em cartaz. A mostra visa refletir sobre fronteiras da arte digital movidas pelo advento da blockchain. A exposição se propõe como um espaço de interface física e digital com o público, num ambiente contemplativo e imersivo, combinando elementos artísticos e tecnológicos, com exibição de obras artísticas baseadas na 3ª geração da internet. Curadoria: Marcio Harum.

Onde comer

Além do famoso brunch do Mosteiro do São Bento, que precisa ser reservado, e dos restaurantes do Farol Santander, outros espaços por ali são ótimas pedidas para matar a fome antes ou depois de curtir as atrações no Vale.

Bar Guanabara

Apesar de ter o nome da baía famosa do Rio de Janeiro, o bar fica no centro de São Paulo e é apenas o mais antigo da cidade, que funciona desde 1910. O espaço fica na Av. São João, 128, pertinho do Vale e funciona de segunda a sábado, além de feriados, sempre das 09h às 17h.

Como um bom boteco, oferece opções de petiscos, além de pratos executivos. Um dos mais pedidos é a parmegiana (de frango ou carne) que custa a partir de R$ 50. Às quartas e sábados, o bar serve feijoada. O prato para duas pessoas custa R$ 90.

Espaço Priceless

O espaço fica no último andar do Shopping Light, com vista para o Vale do Anhagabaú e Teatro Municipal. Dois restaurantes ficam no local, o restaurante Notiê e o bar Abaru, ambos com menu assinado pelo chef Onildo Rocha. O Abaru serve almoço, café, happy hour e oferece uma experiência de mixologia à noite. Além da comida, com opções como a porção de pastel de queijo canastra, que custa R$ 46 e é servida com geleia de cebola caramelizada na rapadura, tem um menu de bebidas que encanta pelos drinques autorais, como o Sparkling Martini, que leva gin, suco de laranja, vermute bianco e espumante (R$ 44).

Já o Notiê é um restaurante com origem na pesquisa dos biomas brasileiros e criações do chef. Atualmente, trabalha com pratos da temporada intitulada Mata Atlântica: Matas & Mares. As receitas estão disponíveis em dois menus-degustação de 4 tempos (R$ 235), 7 tempos (R$ 390) e 11 tempos (R$ 520). Além disso, há opções à la carte.

O Espaço Priceless fica no Shopping Light, na Rua Formosa, 157, cobertura. O Abaru funciona de terça a domingo, das 12h às 23h e o Notiê, de quinta a sábado, das 19h às 23h.

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Nana Caymmi foi casada com Gilberto Gil por dois anos, entre 1967 e 1969. Uma das mais importantes cantoras brasileiras, ela morreu nesta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos.

O relacionamento com o cantor começou após o retorno de Nana da Venezuela, onde morou com o médico Gilberto José, com quem foi casada e teve duas filhas, Stella e Denise. Separada, ela retornou ao Brasil e começou o namoro com Gil.

Naquele período, Nana enfrentava o preconceito do pai, Dorival Caymmi, por ter se separado e tentava emplacar algum sucesso na música brasileira. Ela chegou a vencer o Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros, composta pelo irmão, Dori, mas foi vaiada ao ser anunciada a vencedora da competição.

Gil e Nana se separaram quando o cantor foi passar um período em exílio em Londres, por conta da ditadura militar. Os dois escreveram juntos a canção Bom Dia, que Nana apresentou no III Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, em 1967.

O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

A cantora Nana Caymmi, que morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, fez aniversário no último dia 29 de abril. Internada desde julho de 2024, Nana recebeu uma mensagem da também cantora Maria Bethânia, de quem era amiga.

Bethânia escreveu: "Nana, quero que receba um abraço muito demorado, cheio de tanto carinho e admiração que tenho por você. Querida, precisamos de você e da sua voz. Queremos você perto e cheia de suas alegrias, dons e águas do mar na sua voz mais linda que há. Amor para você, hoje, seu aniversário, e sempre. Rezo à Nossa Senhora para você vencer esse tempo tão duro e difícil. Peço por sua voz e por sua saúde. Te amo. Sua irmã, Maria Bethânia".

Nana e Bethânia tinham uma longa relação de amizade e gravaram juntas no álbum Brasileirinho, de Bethânia, lançado em 2003. Bethânia afirmou mais de uma vez que Nana era a maior cantora do Brasil.

De acordo com informações divulgadas pela Casa de Saúde São José, onde Nana estava internada há nove meses para tratar de problemas cardíacos, a cantora morreu às 19h10 desta quinta-feira, em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos.