'O Filho da Mãe' é um reencontro com o ator Paulo Gustavo

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Mais de um ano depois da morte de Paulo Gustavo, os brasileiros terão, finalmente, o acalento de um reencontro com o sorriso do humorista. Sendo a experiência do luto coletivo uma das últimas memórias do público, o lançamento de O Filho da Mãe, nesta sexta, 16, no Prime Video, chega como "um abraço de uma terapia em grupo", segundo a diretora, Susana Garcia.

E esse abraço não poderia ser mais íntimo. O longa mostra os bastidores da última turnê do artista: um show musical homônimo de Paulo com sua mãe, Déa Lúcia. Além de imagens inéditas do casamento do comediante com Thales Bretas, e registros com os filhos, Gael e Romeu. Esses bastidores mostram dois lados de Gustavo: um desconhecido, para além da ficção, exaltando não só a humanidade, vulnerabilidade e insegurança do artista perante seu sucesso, mas também uma faceta sua inesperadamente familiar: a relação com dona Déa na rotina fora dos palcos.

O inesperado para quem apenas acompanhava dona Hermínia é que, na realidade, a dinâmica de mãe e filho se mostra igual à retratada na saga de filmes Minha Mãe É Uma Peça. A identificação com a família de nascença e a que ele construiu com o dermatologista continua mesmo após a partida do ator.

"Paulo Gustavo é muito presente. Não que eu queira esquecer dele, jamais, mas as pessoas me encontram e começam a chorar. E ainda é muito difícil para eu ver as coisas dele. As pessoas querem ver os filhos, e precisamos nos preservar também", relata Dea.

Além do cotidiano com a mãe, a relação de Paulo e Thales é destaque no documentário. Thales aponta que a família que construiu com o humorista continua sendo um referencial para diversos casais LGBT+.

PATERNIDADE

"Eu tinha vontade de ser pai, queria formar uma família, mas a gente não conhecia muitos gays inseridos dessa forma na sociedade. Existe um submundo, tentavam colocar o LGBT+ no lugar até de pervertido e nós mostramos que somos também uma família. O documentário trouxe cenas muito importantes da nossa relação que podem inspirar outros casais", diz.

O Filho da Mãe, o espetáculo, foi uma ideia de Paulo para homenagear a mãe e retornar às origens. Chefe de Conteúdo Original para o Brasil do Amazon Studios, Malu Miranda conta que foi plano de Paulo gravar os bastidores dessa experiência e transformá-la em documentário. Após sua morte, o registro se converteu em uma homenagem, um registro para os filhos e os brasileiros.

"Quando o projeto ficou pronto, vimos que tem muita diversão e o sabor daquela intimidade com que as pessoas não estão acostumadas", afirma a diretora. "O brasileiro quer ficar mais tempo com ele e esse trabalho é um reencontro", completa Malu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O cantor e compositor Danilo Caymmi publicou um vídeo nas redes sociais neste sábado, 3, falando sobre o posicionamento político de Nana Caymmi e que ele chamou de "aproveitamento" nas circunstâncias da morte da cantora.

Nana morreu na última quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Ela estava internada havia nove meses na Clínica São José, no Rio de Janeiro. A morte foi lamentada por colegas, amigos e familiares.

No vídeo, Danilo conta que a irmã não tinha acesso a e-mail e redes sociais, e afirma que seus posicionamentos políticos eram superficiais. "A gente repudia o aproveitamento político que está sendo feito com relação a ela", afirma. A cantora foi apoiadora de Jair Bolsonaro.

"Para vocês terem uma ideia, a Nana não tinha celular, não tinha e-mail, rede social nenhuma, alheia aos acontecimentos há, no mínino, 10 anos. Então, isso é muito grave", lamenta.

"A opinião política dela era completamente superficial, não tinha essa profundidade. Eu falo para as pessoas que gostam da Nana, dos artistas que ela ofendeu de certa maneira que foi muito difícil para nós. Enfim, era muito superficial. Eu acho que ela foi, de certa maneira, manipulada com relação a essas coisas", opina Danilo. "É muito difícil para mim ver esse aproveitamento político num Brasil polarizado."

Nas redes sociais, Jair Bolsonaro se manifestou e lamentou a morte de Nana. "Recebo com grande pesar a notícia do falecimento de Nana Caymmi, uma das vozes mais marcantes da nossa música. Filha de Dorival, Nana carregava em sua arte a força de uma linhagem que sempre engrandeceu a cultura brasileira", escreveu. O presidente Lula não se manifestou.

A Netflix norte-americana anunciou que Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que trouxe o primeiro Oscar da história do Brasil, vai estar disponível para streaming na plataforma nos Estados Unidos a partir de 17 de maio.

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, Ainda Estou Aqui conta a história de Eunice Paiva, que precisou reconstruir a sua vida e sustentar os filhos após seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, ser sequestrado e morto pela ditadura militar brasileira. O filme é inspirado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva.

A produção fez história ao receber três indicações ao Oscar 2025, em melhor filme internacional, melhor atriz e melhor filme, e conquistou a estatueta na categoria internacional.

No X, antigo Twitter, fãs comemoraram o anúncio do filme no catálogo americano da Netflix. "Simplesmente Oscar Winner", escreveu um. "Melhor filme do mundo", completou outra pessoa.

Ainda Estou Aqui está disponível para streaming no Brasil pelo Globoplay.

A morte da atriz mirim Millena Brandão aos 11 anos nesta sexta-feira, 2, comoveu colegas e fãs. A menina, que estava internada desde o último dia 29, teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Nas redes sociais, astros, amigos e admiradores prestam homenagem.

Várias mensagens foram deixadas nas fotos do perfil de Millena no Instagram e em outras publicações.

O ator Matheus Santos, conhecido como MC M10, escreveu: "Meus sentimentos à família. Muito triste. Pude conhecê-la no set de Sintonia, uma menina maravilhosa e encantadora."

Já Silvia Abravanel declarou: "Meus sentimentos à família. Que Deus a receba com muito amor, luz e paz num abraço eterno", enquanto a cantora Simony demonstrou tristeza: "Poxa", escreveu, ao lado de um emoji triste.

Millena precisou ser internada inicialmente devido a uma forte dor de cabeça, e foi transferida da Unidade de Pronto Atendimento Maria Antonieta (UPA).

"Desde a sua chegada, a paciente recebeu cuidados intensivos e todo o empenho da equipe médica e assistencial, que não mediu esforços para preservar sua vida", afirma a nota assinada por Thiago Rizzo, gerente médico.

Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue em uma unidade, mas, após uma piora no quadro, ela foi transferida para o Hospital Geral do Grajaú, onde médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros. Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas.

As atrizes Sophia Valverde e Giulia Garcia, de As Aventuras de Poliana e Chiquititas, também se manifestaram. "Muito triste. Que Deus esteja consolando a família nesse momento tão difícil", escreveu Sophia. "Que Deus conforte o coração dessa família", desejou Giulia.

Millena atuou em A Infância de Romeu e Julieta, no SBT, e em Sintonia, da Netflix. Além de atriz, também era modelo e influenciadora digital, e havia feito diversos trabalhos publicitários com marcas infantis.