Chuvas no RS: com 170 bloqueios, governo prioriza resgate em localidades isoladas há 72 horas

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Com mais de 8 mil resgatados de bote, helicóptero e caminhões, ainda há pessoas isoladas em diferentes localidades do Rio Grande do Sul após a chuva extrema registrada nos últimos dias. Em coletiva de imprensa, a Defesa Civil declarou que a prioridade será chegar àqueles que estão isolados e há mais de 72 horas sem alimentação e água.

Os cerca de 170 bloqueios estão entre as maiores dificuldades de acesso a diversas localidades, especialmente na região central, na Região dos Vales e na Serra Gaúcha. "Ainda há muito estrago, dificuldade para acessar e pessoas a resgatar", disse o governador Eduardo Leite (PSDB). Com o solo encharcado, áreas também estão em risco de deslizamento, mas o Estado avalia que melhores condições climáticas vão permitir acesso maior à população a partir do sábado, 4.

Um dos resgates mais importantes desta sexta, 3, foi na Ponte Ernesto Dornelles ("Ponte dos Arcos"), que liga Veranópolis e Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.

Como o governador citou na coletiva, moradores aguardaram um resgate por helicóptero por mais de um dia, alguns com ferimentos e fraturas expostas. Um deslizamento havia afetado o entorno, o que gerou pedidos de socorro até nas redes sociais.

Há preocupação com a Grande Porto Alegre - com o aumento do nível do Lago Guaíba, do Rio Gravataí e do Rio dos Sinos -, além do entorno da Lagoa dos Patos (em cidades como Rio Grande, no sul do Estado, que recebem as águas da região metropolitana) e municípios da bacia do Rio Uruguai, na fronteira, onde a chuva está mais intensa. Leite reconheceu o temor de que os sistemas contra enchentes da capital gaúcha não suportem o volume de água.

O balanço das 18 horas aponta 39 mortes e 68 desaparecidos, mas o governador alertou que o montante possivelmente aumentará. "Esses números podem subir substancialmente ao longo dos próximos dias, à medida que a gente consiga acessar as localidades e possa ter a identificação de outras vidas perdidas", afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, 3, na capital gaúcha.

"É o pior desastre já registrado na história do Rio Grande do Sul e talvez um dos piores da história recente do País", descreveu Leite. Ao todo, ao menos 265 municípios e 351,6 mil pessoas foram afetados.

Coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, Coronel Luciano Chaves Boeira falou que um dos principais focos é levar ajuda humanitária a regiões mais impactadas neste fim de semana. "Tem pessoas que já estão no limite: provavelmente tenhamos pessoas que estão há 72 horas, talvez mais horas, sem acesso à alimentação, à água", relatou.

Na coletiva, também se agradeceu pela assistência ofertada por outros Estados e o governo do Uruguai. A Defesa Civil pediu que doações de alimentos não sejam encaminhadas ao Rio Grande do Sul neste momento, pois há mantimentos para os atendimentos iniciais e, principalmente, dificuldade logística para a distribuição por enquanto. A prioridade é de receber colchões, roupa de cama e travesseiros.

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Heleninha Roitman, empoderamento feminino, aborto e carnaval: no Roda Viva desta segunda-feira, 5, Paolla Oliveira reviveu temas que permeiam sua carreira durante a entrevista.

"Quando a gente fala sobre as questões femininas, tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar. Parte tudo do mesmo lugar: ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira que a gente é, escolher ter filhos. Escolher fazer um aborto", explicou a atriz.

"Acho que isso é uma escolha da mulher, e eu sou a favor. É uma decisão da mulher, tem que ser. Acho um grande retrocesso a gente não pensar nisso como uma possibilidade."

A intérprete de Heleninha em Vale Tudo, personagem cuja trama gira em torno do alcoolismo, explicou algumas das motivações do trabalho: "A Heleninha, a gente tem ela quase que como um estereótipo. A mulher da crise, a mulher do escândalo, a bêbada. Para mim, ela é mais. Penso que ela é uma mulher com tantas camadas, desafios, conflitos."

"A novela é super atual [...] Procurei muito sobre as mudanças do alcoolismo de lá para cá, então eu vejo que [o Brasil] mudou bastante, mas que os estigmas continuam", disse, sobre o remake de Vale Tudo.

Paolla também abordou temas relacionados ao empoderamento da mulher, como as críticas ao seu corpo e a visão da beleza.

"De longe, não sou a única mulher a levar isso, mas eu me via nessa roupa. Nessa roupa que não cabia, nessa forma pequena. Precisei arrumar um lugar de libertação."

Questionada sobre sua decisão pessoal de não ter filhos, argumentou: "Eu não tenho mais vergonha de dizer [que não quero ter filhos]. A maternidade é uma coisa tão linda, grandiosa, especial. Tem que ser uma decisão, uma escolha."

Ela, que saiu do posto de rainha de bateria da para voltar às telas da Globo, ponderou sobre o carnaval ser uma celebração cultural e histórica. "Tenho o carnaval nesse lugar muito especial [...] O carnaval virou esse lugar de libertação do corpo."

Ela ainda palpitou sobre quem deveria substituí-la no posto. "Eu acho que deveria ser uma pessoa da comunidade [...] Muito do prestígio que eu tive lá foi por conta de eu estar perto da comunidade. Seria bacana", opinou também.

A entrevista de Paolla para o Roda Viva foi realizada por Carolina Morand, Paola Deodoro, Chico Barney, Marcia Disitzer e Nilson Xavier. A apresentação é de Vera Magalhães.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais.

Miguel Falabella, de 68 anos, recebeu alta hospitalar após passar por uma cirurgia de uma hérnia de disco na última sexta-feira, 2. O ator já está em casa, onde iniciou o processo de recuperação com sessões de fisioterapia.

"Estou em casa, estou bem, caminhando devagarinho. Queria agradecer ao Dr. Davi por ter feito a cirurgia, porque me devolveu o sorriso ao rosto", disse ele em vídeo publicado nas redes sociais. Segundo o ator, o processo de recuperação envolve repouso e acompanhamento fisioterapêutico, já iniciados.

O artista havia comunicado na quinta-feira, 1º, que precisaria se afastar das apresentações do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em cartaz em São Paulo, por conta das fortes dores causadas pela hérnia de disco. Durante sua ausência, o ator Edgar Bustamante assumiu o papel nas sessões, que seguiram até o domingo, 4.

Nas redes sociais, Falabella também agradeceu ao carinho do público e ao apoio recebido nos últimos dias. "Recebi muitas mensagens de gente que teve essa dor e sabe o que é. Obrigado pelas boas vibrações, pois tenho certeza que ajudaram muito."

Sargento Rock, filme inspirado no personagem clássico da DC Comics, foi cancelado pelo estúdio após meses de desenvolvimento. O longa seria dirigido por Luca Guadagnino (Queer) e protagonizado por Colin Farrell. O roteiro estava sendo escrito por Justin Kuritzkes, que trabalhou com o diretor italiano em produções recentes, como Queer e Rivais.

De acordo com o The Wrap, a causa do cancelamento é um mistério, mas o portal descartou qualquer motivo financeiro. Estima-se que a produção, que acompanha um soldado da Segunda Guerra Mundial, custaria menos de US$ 70 milhões, metade do orçamento normalmente disponível para adaptações de quadrinhos.

Mesmo sem Sargento Rock, o calendário de Guadagnino para os próximos anos segue lotado. O diretor comandará uma nova adaptação de Psicopata Americano, livro de Bret Easton Ellis que foi transformado em filme em 2000. Além disso, ele ainda dirige After the Hunt, já em pós-produção, Camere Separate, estrelado por Léa Seydoux (Duna: Parte 2) e Josh O'Connor (Rivais), e uma sequência de Me Chame Pelo Seu Nome, lançado em 2017.

DURÃO

Sargento Rock foi apresentado nos quadrinhos da DC Comics em 1959 e fez sua estreia na edição nº 81 da revista Our Army at War. O personagem é um soldado durão que lutou durante a Segunda Guerra, liderando a Companhia Moleza.

Uma versão de Rock foi apresentada na série animada Comando das Criaturas, escrita por James Gunn, copresidente do DC Studios, e lançada na Max em 2024. O personagem foi dublado por Maury Sterling.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.