Prefeitura envia projeto para criar Parque do Bixiga, na região central de SP

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) encaminhou à Câmara Municipal o projeto de lei que cria o Parque do Bixiga, na região central da cidade. O texto foi protocolado na noite dessa segunda-feira, 8, e agora segue para avaliação de Comissões no Legislativo antes de ir ao plenário.

O terreno onde o parque deve ser criado é de propriedade do Grupo Silvio Santos e já foi alvo de disputas judiciais movidas pelo idealizador do projeto, o dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, que morreu em 2023 aos 86 anos em um incêndio. A intenção inicial dos proprietários era construir edifícios no local mas é discutida a possibilidade de venda para a Prefeitura.

A despesa de compra poderá ser coberta a partir dos valores obtidos em acordo de R$1 bilhão fechado entre Prefeitura, Ministério Público do Estado e a Universidade Nove de Julho (Uninove), em função de processo envolvendo acusações de pagamento de propinas pela instituição a fiscais municipais.

Segundo o texto apresentado à Câmara, as despesas para implementação do parque partirão de "dotações orçamentárias próprias" que, em caso de necessidade, poderão ser suplementadas.

A proposta aponta o bairro do Bixiga como local histórico em função da presença cultural plural e misturas entre povos, línguas e histórias. Destaca ainda ser território "único, fruto de luta popular que o defendeu para a criação de um parque que sirva aos moradores e visitantes da região".

De acordo com o Executivo, o projeto está alinhado a objetivos estratégicos do 7º artigo do Plano Diretor vigente na cidade, entre os quais o texto destaca a:

- Ampliação e requalificação dos espaços públicos, as áreas verdes e permeáveis e a paisagem;

- Proteção do patrimônio histórico, cultural e religioso e valorização a memória, o sentimento de pertencimento à cidade e a diversidade;

- Recuperação e reabilitação das áreas centrais da cidade.

Prefeitura chegou a vetar projeto em 2020

Em 2020, a Câmara havia aprovado a criação do Parque do Bixiga em projeto assinado por 27 vereadores e ex-vereadores de partidos diversos. A celebração foi interrompida dias depois, com o veto da gestão Bruno Covas (PSDB), que tinha Ricardo Nunes (MDB) como vice. O veto foi assinado pelo então prefeito em exercício e presidente da Câmara à época, Eduardo Tuma (PSDB).

A justificativa foi que a declaração de utilidade pública de bens particulares é "ato típico da gestão administrativa" e que o projeto não indicava a possível dotação orçamentária para viabilizar a implantação.

O veto ainda ressaltava que o espaço não está entre os parques prioritários dispostos no Plano Diretor e que não tem "vegetação significativa". A área tem cerca de 11 mil m². À época, o Oficina chamou a decisão de "covarde, autoritária e irresponsável".

Um novo projeto de lei foi levado à Câmara e aprovado em primeira discussão, em 2022, do então vereador Eduardo Suplicy (PT). O texto não foi colocado para segunda e definitiva votação. Após a morte do dramaturgo, o vereador Celso Giannazi (PSOL) apresentou um substitutivo ao texto, para que espaço seja batizado de Parque Municipal do Rio Bixiga - Zé Celso Martinez Corrêa.

História do Oficina no Bixiga e da mobilização pelo parque

O Teatro Oficina fica no Bixiga, na Rua Jaceguai, desde os anos 1960. Em 1986, ganhou o projeto atual (de Lina Bo Bardi e Edson Elito), caracterizado pelo palco-passarela e outras propostas inovadoras para a arquitetura teatral brasileira. O imóvel é tombado nas esferas municipal, estadual e federal.

Um dos argumentos de Zé Celso pela defesa do parque é que Lina e Elito já propunham uma praça pública junto ao teatro, batizada de Anhangabaú da Feliz Cidade. Além disso, os prédios poderiam obstruir a visão do janelão que ocupa grande parte de uma das fachadas laterais do imóvel, enquanto o parque traria lazer e um "respiro" à vizinhança.

A mobilização contra construções do entorno do parque cresceu especialmente após 2000, quando foi aprovado um projeto para a construção de um shopping no local. Uma outra proposta que incorporava o teatro ao shopping foi apresentada quatro anos depois, também criticada pelo Oficina e posteriormente abandonada pela iniciativa privada.

Depois do shopping, foi a vez das torres. Em 2008, um projeto da Sisan Empreendimentos Imobiliários (ligada ao Grupo Silvio Santos) propôs a construção de um condomínio de três prédios. A obra teve entraves para a aprovação, mas chegou a obter decisões favoráveis nos órgãos municipal e estadual de patrimônio ao longo daquela década e da seguinte, mas não saiu do papel.

O vaivém de decisões foi celebrado e criticado em textos de Zé Celso. "Vitória! Vitória! Vitória! Vitória!/vitória do respirodo vazioda sol !/ vitória da nossa paixão !", escreveu em um deles, com o estilo de linguagem que lhe era característico.

Em 2017, por exemplo, o conselho estadual de patrimônio cultural chegou a liberar a construção de prédios no local, reacendendo a mobilização, que foi posteriormente barrada em outras esferas. Uma reunião de mediação foi então realizada entre Zé Celso e Silvio Santos, mediada pelo prefeito à época, João Doria (então no PSDB), mas não obteve acordo.

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Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, a atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A artista teve morte encefálica, de acordo com o hospital onde ela estava internada.

Também conhecida como morte cerebral, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Como o cérebro controla outros órgãos, quando é constatada sua morte, outras funções vitais também serão perdidas e o óbito da pessoa é declarado.

Millena havia sofrido diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias, recebido diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

O que configura morte encefálica?

Para funcionarem, os neurônios precisam de oxigênio e glicose, que chegam ao cérebro pela circulação sanguínea. Quando algum problema impede o fluxo sanguíneo, essas células podem morrer e as funções cerebrais são prejudicadas. Se a perda das funções é completa e irreversível, é declarada a morte cerebral.

Apesar de alguns órgãos poderem continuar funcionando, o cérebro já não consegue controlá-los. Assim, embora ainda haja batimentos cardíacos, por exemplo, eles tendem a parar. A respiração também não acontecerá sem a ajuda de aparelhos.

O que pode causar a morte encefálica?

Qualquer problema que cesse a função cerebral antes de encerrar o funcionamento de outras partes do organismo causa a morte encefálica. Entre as causas mais comuns estão:

- Parada cardiorrespiratória;

- Acidente vascular cerebral (AVC);

- Doença infecciosa que afete o sistema nervoso central;

- Tumor cerebral;

- Traumas.

Quando a morte encefálica é declarada?

No Brasil, a resolução nº 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece critérios rigorosos para a declaração de morte encefálica. De acordo com especialistas, o protocolo brasileiro é um dos mais criteriosos do mundo.

O CFM determina a realização de uma série de exames para comprovar a perda do reflexo tronco encefálico, aquele responsável por controlar funções autônomas do organismo, como a respiração.

Essa análise deve ser feita por dois médicos que examinam o paciente em horários diferentes, e os resultados precisam ainda ser complementados por um exame - um eletroencefalograma ou uma tomografia, por exemplo.

Morte encefálica e doação de órgãos

A "Lei dos Transplantes" (Lei nº 9.434/1997) estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando constatada a morte encefálica.

Quando isso acontece, as funções vitais do paciente são mantidas de maneira artificial até que a remoção dos órgãos seja feita.

Miguel Falabella atualizou o estado de saúde após revelar em suas redes sociais que estava com hérnia de disco. O ator e diretor publicou um vídeo nesta sexta-feira 2, gravado e compartilhado direto do hospital em que precisou ficar internado para fazer uma cirurgia.

"Quero agradecer muito as literalmente milhares de mensagens que recebi de força, carinho, de afeto", declarou no vídeo, contando já está se recuperando.

"Me operei hoje às 9h da manhã e o médico disse para mim: 'Você vai acordar sem dor'. Eu não acreditei, mas ele tinha razão."

Falabella comunicou na última quinta-feira, 1º, que estava afastado das apresentações desta semana do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em São Paulo, por estar com muita por conta da hérnia de disco.

O ator Edgar Bustamante substitui Falabella nas sessões que vão até este domingo, 4.

No novo vídeo, Falabella comemora estar melhor. Segundo ele, a cirurgia ocorreu sem intercorrências.

"Sem dor, já acordei, já fui ao banheiro, eu estou andando. Esperando alta para ir para casa. Depois dou notícias. Muito obrigado, um beijo enorme, agora é fisioterapia e vida que segue."

Ela veio, apareceu e deu um presente: a passagem de som, que foi praticamente uma 'apresentação extra'. Nesta sexta-feira, 2, depois de quatro dias de espera, Lady Gaga surgiu aos fãs que já estão na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, aguardando o mega show da diva pop que acontece neste sábado, 3.

O ensaio não foi surpresa, ainda assim pegou os fãs desprevenidos. Uma multidão, ansiosa para reencontrar aquela que não via desde 2012, correu em direção ao palco ao ouvir a voz da cantora.

A artista dançou, tocou piano e ficou a poucos metros dos fãs. Aos gritos de "Gaga, eu te amo", a cantora se emocionou e levou a plateia ao delírio com canções como "Abracadabra", "Shallow" e "Garden of Eden".

A passagem de som, iniciada pouco depois das 20h, teve cerca de uma hora de duração, mais de dez músicas apresentadas e troca de figurino - praticamente um show completo depois da sua quase vinda ao Rock In Rio de 2017, cancelada devido a fortes dores causadas pela fibromialgia, mas que rendeu os inesquecíveis memes "Ela não vem mais!" e "Brazil, I'm devastated."

Durante o ensaio de "Vanish Into You", música de seu novo álbum intitulado "Mayhem", o público quase derrubou a barreira de contenção, mas a artista seguiu com a passagem de som sem interrupções.

Ao que tudo indica, a tão esperada apresentação terá um setlist similar ao do Coachella 2025, já que os hits 'Alejandro', 'Paparazzi' e 'Bloody Mary' também marcaram presença na passagem de som.

O show de sábado, gratuito e previsto para começar às 21h45, deve reunir mais de 1,5 milhão de pessoas na orla carioca.

A TV Globo irá transmitir a apresentação ao vivo, que também poderá ser assistida no Multishow e no Globoplay. A expectativa é de um espetáculo histórico, marcando o retorno de Gaga ao Brasil após doze anos.