'Pensei em terremoto': moradores de prédio evacuado na Praia Grande relatam estrondos

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Moradores do prédio residencial de 23 andares interditado nesta terça-feira, 13, na Praia Grande, no litoral de São Paulo, relataram terem ouvido estrondos quando três das colunas de sustentação apresentaram avarias. Na hora, muitos acharam que tinha havido um terremoto.

A Defesa Civil afirma que a estrutura foi escorada e que o prédio não corre risco iminente de desabar. A construtora do prédio disse que já tomou providências para reparar as colunas e dá assistência aos moradores.

Após a evacuação de funcionários e moradores, o edifício permanece interditado e sem previsão de ser reaberto. A prefeitura informou que a interdição total permanecerá até que a construtora apresente documentação técnica sobre a segurança do prédio. A Construtora JR, responsável pelo edifício, disse que deslocou engenheiros para verificar o problema e que as providências estão em andamento.

O Residencial Giovannina Sarane Galavotti, localizado na Avenida Jorg

e Hagge, no bairro da Aviação, possui 23 pavimentos, dos quais 19 são residenciais, com 133 apartamentos. Os pavimentos do subsolo são utilizados como garagem.

O prédio estava ocupado por 230 moradores fixos e algumas dezenas de visitantes ou inquilinos de veraneio. Por volta das 14 horas, moradores relataram terem ouvido estouros e perceberam trincas próximas às janelas. Assustados, eles começaram a deixar espontaneamente o prédio. O Corpo de Bombeiros foi acionado e enviou viaturas para organizar a evacuação.

A técnica de enfermagem Larissa Ribeiro tinha acabado de colocar o carro na garagem do edifício, quando ouviu um estouro. "Parecia estouro de pneu, mas senti que o pavimento tremeu. Pensei em terremoto, manobrei o carro e saí. Quando estacionei na rua, os moradores já estavam deixando o prédio." Ele passava o carnaval no apartamento de uma prima.

"Eles saíram tão correndo que deixaram a TV ligada. Depois os bombeiros deixaram que a gente subisse para retirar as coisas", contou.

Um morador que pediu para não ser identificado relatou que sua esposa dormia no sofá quando aconteceu o primeiro estrondo. "Ela pulou do sofá acreditando que o móvel tinha quebrado, mas logo percebeu que era algo com o prédio e desceu correndo com outros moradores", disse.

Técnicos da Secretaria Municipal de Urbanismo, da Defesa Civil e peritos do Corpo de Bombeiros entraram no edifício. Após uma avaliação, foi constatado que três colunas apresentavam fissuras.

"Houve um cisalhamento (ruptura por esforço, geralmente causada por excesso de peso) de três pilares. O motivo será avaliado através de laudo estrutural de emergência", disse o capitão Thiago Duarte, do 6º Grupamento de Bombeiros da Baixada Santista.

Segundo ele, a avaliação da Defesa Civil foi de que não há risco de iminente de desabamento, "mas todas as precauções foram tomadas".

Além da desocupação do prédio, foi esvaziada a caixa d'água e foram retirados todos os veículos do estacionamento. Por volta das 18 horas, a entrada foi liberada apenas para que os moradores retirassem documentos pessoais e animais domésticos que tinham ficado nos apartamentos.

Ainda segundo a Defesa Civil, já foi providenciado um escoramento de emergência com pontaletes - peças verticais que reforçam um ponto da construção que recebe muita carga - até que a construtora realize obras definitivas de reforço na sustentação da estrutura.

Os pilares que apresentaram danos ficam no andar térreo e nos subsolos, garagens 1 e 2, na parte da frente do prédio. Vídeos que circularam em redes sociais apontaram inclinação no prédio, o que foi negado pelo Corpo de Bombeiros.

Em nota, a prefeitura informou que a construção está com o alvará em dia e possui as licenças de funcionamento.

Segundo o município, o realocamento das famílias é de responsabilidade da construtora e do condomínio, mas o município acompanha esse trabalho e presta assistência quando necessário.

Segundo a prefeitura, a maioria das famílias foi para casa de parentes e os turistas do carnaval voltaram para suas cidades. "Cada família adotou medidas próprias para lidar com a situação", disse.

A Secretaria Municipal de Urbanismo acompanha as providências que são tomadas pela construtora JR, responsável pela edificação.

A construtora foi notificada pelo município para adotar as medidas recomendadas pela Defesa Civil. "O prédio ficará interditado até a construtora apresentar os documentos técnicos que comprovem a integridade do edifício", disse, em nota, o município.

Em nota, a Construtora e Incorporadora de Imóveis JR Ltda., por meio de seus representantes, disse que tão logo tomou conhecimento da ocorrência com o Residencial Giovannina Sarane Galavotti, prontamente deslocou engenheiros e técnicos para identificar as causas.

"Tão logo os laudos sejam emitidos, a construtora não se eximirá de prestar assessoria aos condôminos", disse. A reportagem procurou o síndico do condomínio e aguarda retorno.

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A Max exibiu nesta sexta-feira, 21, o último capítulo de Beleza Fatal. A novela criada por Raphael Montes para o streaming se encerrou depois de 40 capítulos, colocando um fim à jornada de vingança de Sofia (Camila Queiroz) contra Lola (Camila Pitanga).

Após a morte de Benjamin (Caio Blat), a polícia tem aceso às câmeras de segurança, e vê que uma mulher usando um lenço na cabeça chega pela entrada de trás da clínica Argento, próximo à hora da morte do médico. Posteriormente, esta mesma mulher é vista enterrando a arma do crime no jardim. A arma em questão está registrada no nome de Lola.

Após ser incriminada, a influenciadora vai atrás de Sofia na Lolaland, e acaba atendo fogo na clínica para tentar matar sua inimiga. Sofia é resgatada por Gabriel e Lola vai presa. Ela é julgada e condenada culpada pela morte de Benjamin, por homicídio triplamente qualificado, e sentenciada a 34 anos de prisão.

Com Lola presa, Sofia tenta conseguir o perdão de Gabriel e de Elvira, Lino e Alec, mas seus esforços são em vão. Ela implora pelo perdão do amado, mas ele diz que ela é igual a Lola.

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Mesmo presa, a mãe de Gabriel dá um jeito de humilhar Sofia, dizendo que, apesar de ter conseguido executar sua vingança, ela terminou sozinha. Em sua última fala, Lola declara: "Até o inferno, capirota!"

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A atriz, que dá vida a Lola, a icônica vilã na trama de Raphael Montes, foi recebida pelo público aos gritos. Assista ao momento aqui.

Beleza Fatal conta a história de vingança de Sofia contra Lola. Quando criança, Sofia viu sua mãe, Cléo (Vanessa Giácomo), ser presa injustamente por um crime que não cometeu, e cresceu prometendo fazer vingança contra a mulher que a colocou atrás das grades. A história se cruza com a de Elvira (Giovanna Antonelli) e Lino Paixão (Augusto Madeira), que perdem a filha após erro médico em uma cirurgia plástica clandestina realizada por Rog (Marcelo Serrado) e Benjamin Argento (Caio Blat).

Os 40 capítulos da trama estão disponíveis na Max.

Roberta Rodrigues usou suas redes sociais nesta quinta-feira, 20, para confirmar que venceu o processo movido contra a Rede Globo por racismo e assédio moral durante as gravações da novela Nos Tempos do Imperador.

"Eu estou aqui muito emocionada para dizer para vocês que essa notícia que saiu é verdade. Vencemos, vencemos, vencemos. Eu, enquanto pessoa pública, precisava dar uma satisfação para vocês, que são as pessoas que me seguem, as pessoas que sabem da minha vida luta diária enquanto artista, mulher, preta, nesse País", começou.

O Estadão entrou em contato com a Globo, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

No vídeo, ela aparece ao lado de seus advogados, Cinthia Carvalho e Carlos Nicodemos, que explicaram melhor a situação, que não foi concluída. A atriz afirmou que a vitória no processo não é apenas uma conquista pessoal, mas sim uma conquista de todas as pessoas negras que vivenciam experiências parecidas com a dela diariamente.

"Nós ainda estamos avaliando a viabilidade técnica da sentença, nós estamos analisando também a questão de valores e posicionamento. Em breve devemos apresentar o recurso", disse Cinthia.

Nicodemos explicou que estão analisando a conjugação dos elementos que compõem uma condenação.

"Nós estamos falando de reparação. Porque o que está colocado aqui é um divisor de águas em relação ao combate ao racismo estrutural colocado no meio artístico. Você faz história, você abre um capítulo e traz, para toda a sociedade, um debate. Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista", finalizou.

Na quinta-feira, Monica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo divulgou que a Rede Globo foi condenada a R$ 500 mil a atriz. O processo correu em segredo da justiça, mas as informações da coluna indicam que o ambiente de trabalho durante as gravações foi marcado por práticas discriminatórias.