COP28 começa com doações de países ricos para fundo de ações contra desastres climáticos

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Um grupo de nações ricas anunciou a destinação de mais de US$ 400 milhões (quase R$ 2 bilhões) para colocar em operação o fundo climático de perdas e danos, que vai financiar medidas de adaptação dos países mais pobres ao aquecimento global. O anúncio foi feito em Dubai nesta quinta-feira, 30, no primeiro dia da 28ª Cúpula das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28).

Todos os países em desenvolvimento poderão ser beneficiados com recursos do fundo, incluindo o Brasil, mas haverá um piso para aqueles que forem menos desenvolvidos e para pequenas ilhas, que podem até desaparecer diante das aceleradas mudanças do clima.

Embora os países em desenvolvimento afirmem que seriam necessários ao menos US$ 400 bilhões, foi acordado que o fundo devera ter aporte mínimo de US$ 100 bilhões por ano até 2030. Entre as nações emergentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma das principais vozes na cobrança por dinheiro que financie essas adaptações e também a conservação de biomas.

Nesta cúpula, Brasil quer propor um novo fundo para bancar a proteção de florestas. Uma das diferenças para os modelos vigentes, como o Fundo Amazônia, é o cálculo de repasses baseado em hectares preservados, e não no volume de carbono que deixou de ser despejado na atmosfera.

Para o fundo de perdas e danos, os Emirados Árabes Unidos, país-sede da COP28, vão destinar US$ 100 milhões. O Reino Unido anunciou 60 milhões de libras, sendo 40 milhões para o fundo e os outros 20 milhões para mecanismos de financiamento. A União Europeia vai destinar 225 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,2 bilhões).

Os Estados Unidos anunciaram aporte US$ 17 milhões para o fundo, US$ 4,5 milhões para a iniciativa Pacific Resilience, e US$ 2,5 milhões para a Santiago Network. O Japão vai destinar US$ 10 milhões para o fundo de perdas e danos.

O fundo é destinado a financiar as medidas de adaptação em regiões mais vulneráveis do planeta, como sistemas de alertas de enchentes, contenção de encostas e drenagem urbana. Há o entendimento de que os países ricos devem destinar esses recursos, uma vez que concentraram o maior número de emissões de gases de efeito estufa ao longo do desenvolvimento de suas nações.

De acordo com a decisão, o fundo será alocado interinamente no Banco Mundial por quatro anos. Antes, os países beneficiados eram contra a instalação do fundo no Banco Mundial, mas acabaram cedendo para viabilizar o acordo.

O anúncio de uma decisão no primeiro dia do evento é "inédito na história das COPs", segundo o negociador-chefe do Itamaraty na reunião, o embaixador André Corrêa do Lago.

O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, afirmou recentemente que deve incluir número considerável de representantes do G77 (grupo dos países em desenvolvimento) no conselho do fundo, que terá ainda um secretariado independente.

"É um bom começo para a COP28. Esse era um dos principais pontos de negociação. Agora, o fundo precisa de fundos! Isto é, de capitalização por parte de países desenvolvidos", afirma Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, organização sem fins lucrativo em defesa de ações climáticas.

*A repórter Paula Ferreira viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade

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O festival Turá anunciou nesta segunda-feira, 5, as atrações de sua quarta edição, que acontece nos dias 28 e 29 de junho, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Seu Jorge, Raça Negra e Só Pra Contrariar são alguns nomes da programação, exclusiva de artistas nacionais, cuja proposta é a diversidade de gêneros e ritmos musicais.

No sábado, 28, line-up conta com Só Pra Contrariar, Seu Jorge, Lenine e Spok Frevo Orquestra, Pretinho da Serrinha convida Criolo e Leci Brandão, Bonde do Tigrão, Forró das Minas, e os DJs Luísa Viscardi e Trepanado.

Já no domingo, 29, o evento terá Gloria Groove, Raça Negra, Saulo convida Luiz Caldas, Samuel Rosa, Gabriel O Pensador, Samba de Dandara, e os DJs Millos Kaiser e Linda Green.

Os ingressos para o Turá já estão a venda no site da Tickets For Fun ou na bilheteria física oficial (sem taxa), no Teatro Renault. A entrada para apenas um dos dias do festival custa entre R$ 228 (meia) e R$ 456. O passaporte (combo de entradas para os dois dias), R$ 330 (meia) e R$ 660. Clientes Banco do Brasil Ourocard Visa têm desconto de 15% na compra e possibilidade de parcelamento em até 10 vezes sem juros.

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A A24 e a Apple lançaram, nesta segunda-feira, 5, o primeiro trailer de Highest 2 Lowest, novo filme de Spike Lee estrelado por Denzel Washington. No longa, o vencedor do Oscar vive um magnata da indústria musical, conhecido por ter "os melhores ouvidos do negócio", que é envolvido em uma trama com reféns e se vê dividido em um dilema de vida ou morte.

Inspirado em Céu e Inferno, filme de 1963 dirigido por Akira Kurosawa, Highest 2 Lowest é o quinto trabalho de Lee estrelado por Washington. Os dois trabalharam juntos em Mais e Melhores Blues (1990), Malcolm X (1992), Jogada Decisiva (1998) e O Plano Perfeito (2006).

O elenco de Highest 2 Lowest conta ainda com Jeffrey Wright (Ficção Americana), Ilfenesh Hadera (Godfather of Harlem), Aubrey Joseph (Manto e Adaga) e o cantor A$AP Rocky.

O longa será lançado nos cinemas norte-americanos em 22 de agosto e estreia no Apple TV+ em 5 de setembro.

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Desde o lançamento da primeira prévia de Superman, fãs do personagem têm se mostrado extremamente ansiosos para ver mais de Krypto, o Supercão, mascote histórico do Homem de Aço. Diretor do longa, James Gunn revelou em postagem nas redes sociais que o agitado cãozinho foi criado usando seu próprio cachorro, um vira-lata chamado Ozu, como modelo.

Em um vídeo que mostra Ozu latindo para uma televisão que exibia o teaser mais recente do filme, Gunn disse que "Krypto foi modelado tridimensionalmente a partir do corpo de Ozu". "Fizemos a captura em 3D de Ozu e o transformamos em Krypto, deixamos ele branco, [e agora] toda vez que ele se vê na tela, ele tenta se assassinar", contou o cineasta.

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Em uma postagem de outubro de 2024, Gunn já havia contado um pouco sobre a relação entre Krypto e Ozu, que ele adotou no começo do processo de escrita do roteiro de Superman. Segundo ele, o cachorro, que foi encontrado em meio a dezenas de outros cachorros abandonados, nunca havia interagido com humanos e teve adaptação difícil à nova casa. "Ele imediatamente entrou e destruiu nossa casa, nossos sapatos, nossos móveis - ele até comeu meu laptop. Demorou muito para ele nos deixar tocá-lo. Lembro de pensar 'Deus, quão difícil seria a vida se Ozu tivesse superpoderes?' - e assim, Krypto entrou no roteiro e mudou o curso da história como Ozu estava mudando minha vida", escreveu ele.

Escrito e dirigido por Gunn, Superman estreia nos cinemas brasileiros em 11 de julho. O elenco conta com David Corenswet (Twisters) como Clark Kent/Superman, Rachel Brosnahan (Marvelous Mrs. Maisel) como Lois Lane, Nicholas Hoult (Jurado Nº 2) como Lex Luthor, Skyler Gisondo (The Righteous Gemstones) como Jimmy Olsen e Milly Alcock (A Casa do Dragão) como a Supergirl. Nathan Fillion (Recruta), Anthony Carrigan (Barry), Isabela Merced (The Last of Us) e Edi Gathegi (For All Mankind) completam o elenco como Lanterna Verde, Metamorfo, Mulher-Gavião e Sr. Incrível, respectivamente.