Promotoria acusa 'Tuta', 'Dezinho' e mais 24 do PCC por lavagem de dinheiro do tráfico

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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) levou à Justiça denúncias contra supostos núcleos de lavagem de dinheiro ligados a três grandes líderes do PCC: Marcos Roberto de Almeida, o "Tuta"; Odair Lopes Mazzi Júnior, o "Dezinho"; e Marcelo Rodrigues da Costa, o "Dente" (já falecido). Ao todo, a Promotoria acusa 26 investigados - incluindo "Tuta" e "Dezinho" - de ocultarem recursos do tráfico, especialmente com a compra de imóveis, até de alto padrão.

No PCC, "Tuta" ocupou a função de "sintonia final da rua", sendo responsável pelo controle dos setores da facção ligados ao tráfico de drogas. Já "Dezinho" e "Dente" foram, em diferentes momentos, o "sintonia final do progresso", controlando a logística do tráfico assim como a movimentação financeira da facção - que, somente entre 2018 e 2019, girou em torno de mais de R$ 1 bilhão.

As denúncias foram protocoladas no último dia 25 e versam sobre crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e organização criminosa. As peças são subscritas por sete promotores na esteira da Operação Sharks - ofensiva aberta em 2020 na mira de líderes do PCC.

Os documentos narram como os líderes do PCC teriam usado familiares e laranjas para lavar o dinheiro dos lucros do tráfico operado pela facção. "Dente" não foi denunciado, em razão de sua morte, mas a acusação do Ministério Público atinge doze pessoas que o teriam ajudado a ocultar o dinheiro ganho com a facção, inclusive sua irmã e sua ex-companheira.

De acordo com o MP, os 12 ligados a "Dente" teriam operado entre 2016 e 2021, com a compra de sete imóveis em São Bernardo do Campo e Diadema, na Grande São Paulo, e também em Santo Amaro, na zona sul da capital, além da movimentação de R$ 700 mil.

Também conhecido como "Tiririca", "Dentão", "Doido" e "Austrália", "Dente" coordenava "diretamente o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes, gerenciando a chegada das drogas e a distribuição delas", segundo o MP. Além disso, Marcelo Rodrigues da Costa "exercia a liderança sobre diversos setores do PCC, emitindo ordens em relação a diferentes assuntos".

Segundo a denúncia, o "sintonia final do progresso" teve apoio de "pessoas de seu círculo íntimo, tanto familiares como amigos, que se reuniram a ele para que os frutos da criminalidade organizada fossem ocultados, dissimulados e movimentados e, com isso, adquirissem aspecto de licitude".

"Dezinho", por sua vez, tinha o menor núcleo de lavagem dos três líderes do PCC citados. Além dele, foram denunciados três investigados - sua mulher e cunhados - por lavar dinheiro da facção com a compra de um Kia Sportage, uma casa em Praia Grande (SP), o financiamento de imóvel em Santana (na zona norte da capital), compras no cartão de crédito e a reforma de uma casa em Indianápolis.

De acordo com a denúncia, "Dezinho" é uma das "principais lideranças do PCC" e "organizou e liderou, paralelamente às suas atividades na facção, uma associação criminosa com o objetivo precípuo de ocultar e dissimular os valores e bens auferidos a partir de suas atividades criminosas".

Já "Tuta" foi alvo não só da denúncia do MP de São Paulo, mas também de um pedido de prisão preventiva. A Promotoria o acusa, junto com mais nove - sua companheira, cunhado e laranjas -, da lavagem de dinheiro do tráfico com a locação de uma casa de alto padrão em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo, a compra de duas casas em Peruíbe (SP), a aquisição de três imóveis em São Paulo, além da compra de uma chácara em Araçatuba (SP) e de apartamentos em Santos, no litoral paulista.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

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Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.