Saúde orienta suspensão de vacinação de adolescentes sem comorbidades

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Ministério da Saúde tirou adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades da lista de grupos cuja vacinação contra a covid-19 é recomendada. Por meio de nota informativa divulgada na noite desta quarta-feira, 15, a pasta pede que sejam vacinados só os adolescentes com comorbidades ou privados de liberdade. O uso da vacina da Pfizer nesta faixa etária foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Parte das cidades, como Salvador e Natal, já mandou parar a imunização nessa faixa etária. Já a capital paulista, por exemplo, informou que não vai suspender. O governo federal não esclareceu qual será a orientação para quem já tomou 1ª dose.

Na nota, o ministério elenca seis pontos para justificar a decisão. O primeiro item diz que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a imunização de crianças e adolescentes com ou sem comorbidades. Na verdade, não há orientação contrária da entidade internacional para a vacinação dessa faixa etária. A recomendação da OMS é para que os menores de idade só sejam imunizados depois que todas as pessoas dos grupos de maior risco estejam vacinadas. No Brasil, a vacina já foi ofertada a pessoas mais vulneráveis à covid, como idosos, profissionais de saúde e pessoas com doenças crônicas, como transplantados, pacientes de câncer, diabéticos, entre outros.

O documento do ministério, assinado por Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, afirma que a maioria dos adolescentes sem comorbidades são assintomáticos ou apresentam poucos sintomas. No entanto, especialistas dizem que vacinar os mais jovens é uma estratégia importante para frear a transmissão do vírus.

Outro trecho da nota do ministério diz que "os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos". A vacina da Pfizer, único imunizante autorizado no Brasil para uso em adolescentes, já foi amplamente testada nessa faixa etária. Outros países como Estados Unidos, Chile, Canadá, França e Israel também usam a Pfizer em adolescentes.

Rosana Leite de Melo assumiu a pasta de Enfrentamento à Covid-19 após a saída de Luana Araújo, que ficou poucos dias no cargo. Ela era defensora da vacinação em massa, crítica do uso da cloroquina (remédio sem eficácia contra o coronavírus) e chegou a falar em pressão política do governo Jair Bolsonaro. Nesta quarta-feira, 15, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que há "excesso de vacinas" no Brasil, após uma série de Estados enfrentarem crise de abastecimento do imunizante da AstraZeneca.

Estados criticam decisão

Nésio Fernandes, secretário de Saúde do Espírito Santo e vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) na região Sudeste, disse, no Twitter, que a nota é "vaga" porque não suspende nem contra-indica a vacinação de adolescentes. Ele falou também que a competência para autorizar ou não o uso de imunobiológicos é da Anvisa.

De acordo com Fernandes, o Conass e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviaram uma nota conjunta ao presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, pedindo um posicionamento ao órgão. Ele afirmou que o Conass não pediu a suspensão da vacinação de adolescentes ao ministério, mas a priorização da dose de reforço aos idosos.

Em nota, o governo de São Paulo disse lamentar a decisão do Ministério da Saúde, "que vai na contramão de autoridades sanitárias de outros países". "A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles", declarou a gestão do governador João Doria (PSDB).

O Estado disse ainda que "coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público". "Três a cada dez adolescentes que morreram com covid-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais."

Em São Paulo, a vacinação de adolescentes começou no dia 18 de agosto. De lá para cá, foram imunizadas 2,4 milhões de pessoas, 72% do público, informou o Estado. "Infelizmente, e mais uma vez, as diretrizes do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso."

Em outra categoria

Sempre controladora, Odete Roitman (Debora Bloch) acreditava que seria fácil fazer Solange (Alice Wegmann) lhe obedecer, mas a empresária perceberá que a nora está longe de ser manipulada. Nos próximos capítulos de Vale Tudo, as duas protagonizarão um embate direto, sem rodeios ou sutilezas.

Odete aproveitará o jantar na casa da nora para pedir um tour pelo local em sua companhia. A ideia, entretanto, é apenas um pretexto para ter uma conversa a sós com Solange e propor à jovem um emprego em Paris, com todas as vantagens possíveis - desde que consiga convencer Afonso (Humberto Carrão) a deixar o Brasil e desistir do trabalho na TCA.

A vilã pedirá discrição sobre a conversa, alegando que o filho interpretaria sua ação como uma tentativa de manipulação. O que ela não espera é a reação da nora, que, sem se intimidar, questionará abertamente se a sogra estaria tentando comprá-la com a proposta profissional.

A reação de Odete será chamar a jovem de insolente. Mas a resposta da nora será ainda mais firme: "Eu sou abusada, sou insolente... Eu sou resistência. E ninguém fala assim comigo não! Minha mãe me deu educação, mas também me ensinou a não abaixar a cabeça pra quem não se dá ao respeito".

Heleninha Roitman, empoderamento feminino, aborto e carnaval: no Roda Viva desta segunda-feira, 5, Paolla Oliveira reviveu temas que permeiam sua carreira durante a entrevista.

"Quando a gente fala sobre as questões femininas, tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar. Parte tudo do mesmo lugar: ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira que a gente é, escolher ter filhos. Escolher fazer um aborto", explicou a atriz.

"Acho que isso é uma escolha da mulher, e eu sou a favor. É uma decisão da mulher, tem que ser. Acho um grande retrocesso a gente não pensar nisso como uma possibilidade."

A intérprete de Heleninha em Vale Tudo, personagem cuja trama gira em torno do alcoolismo, explicou algumas das motivações do trabalho: "A Heleninha, a gente tem ela quase que como um estereótipo. A mulher da crise, a mulher do escândalo, a bêbada. Para mim, ela é mais. Penso que ela é uma mulher com tantas camadas, desafios, conflitos."

"A novela é super atual [...] Procurei muito sobre as mudanças do alcoolismo de lá para cá, então eu vejo que [o Brasil] mudou bastante, mas que os estigmas continuam", disse, sobre o remake de Vale Tudo.

Paolla também abordou temas relacionados ao empoderamento da mulher, como as críticas ao seu corpo e a visão da beleza.

"De longe, não sou a única mulher a levar isso, mas eu me via nessa roupa. Nessa roupa que não cabia, nessa forma pequena. Precisei arrumar um lugar de libertação."

Questionada sobre sua decisão pessoal de não ter filhos, argumentou: "Eu não tenho mais vergonha de dizer [que não quero ter filhos]. A maternidade é uma coisa tão linda, grandiosa, especial. Tem que ser uma decisão, uma escolha."

Ela, que saiu do posto de rainha de bateria da para voltar às telas da Globo, ponderou sobre o carnaval ser uma celebração cultural e histórica. "Tenho o carnaval nesse lugar muito especial [...] O carnaval virou esse lugar de libertação do corpo."

Ela ainda palpitou sobre quem deveria substituí-la no posto. "Eu acho que deveria ser uma pessoa da comunidade [...] Muito do prestígio que eu tive lá foi por conta de eu estar perto da comunidade. Seria bacana", opinou também.

A entrevista de Paolla para o Roda Viva foi realizada por Carolina Morand, Paola Deodoro, Chico Barney, Marcia Disitzer e Nilson Xavier. A apresentação é de Vera Magalhães.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais.

Miguel Falabella, de 68 anos, recebeu alta hospitalar após passar por uma cirurgia de uma hérnia de disco na última sexta-feira, 2. O ator já está em casa, onde iniciou o processo de recuperação com sessões de fisioterapia.

"Estou em casa, estou bem, caminhando devagarinho. Queria agradecer ao Dr. Davi por ter feito a cirurgia, porque me devolveu o sorriso ao rosto", disse ele em vídeo publicado nas redes sociais. Segundo o ator, o processo de recuperação envolve repouso e acompanhamento fisioterapêutico, já iniciados.

O artista havia comunicado na quinta-feira, 1º, que precisaria se afastar das apresentações do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em cartaz em São Paulo, por conta das fortes dores causadas pela hérnia de disco. Durante sua ausência, o ator Edgar Bustamante assumiu o papel nas sessões, que seguiram até o domingo, 4.

Nas redes sociais, Falabella também agradeceu ao carinho do público e ao apoio recebido nos últimos dias. "Recebi muitas mensagens de gente que teve essa dor e sabe o que é. Obrigado pelas boas vibrações, pois tenho certeza que ajudaram muito."