Governo de SP repassa informações à Anvisa e reafirma segurança de doses

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O Instituto Butantan encaminhou na manhã desta quarta-feira, 8, informações adicionais à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre 12,1 milhões de doses de Coronavac que estão suspensas no País desde o fim de semana, segundo o governo de São Paulo. "Não há mais nenhuma pendência", afirmou o governador João Doria (PSDB), em anúncio de medidas contra a covid-19 nesta quarta-feira, 8. As vacinas seguem interditadas cauterlamente pela agência.

A Anvisa suspendeu 25 lotes da Coronavac, vacina fabricada pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Butantan, no último sábado, 4. A determinação, válida por 90 dias, foi tomada após o órgão constatar que o envasamento das doses aconteceu em uma linha de produção inaugurada na China durante a pandemia. O novo local não passou por inspeção de equipes sanitárias brasileiras e, portanto, não conta com certificado reconhecido no Brasil.

O Estado, no entanto, defende o procedimento de produção dos lotes e afirma que essas doses seriam tão seguras quanto as doses de Coronavac que foram aplicadas desde o início da campanha vacinal no País. "A vacina tem controle de qualidade rigoroso, assim como todo o resto da fábrica", disse Rui Curi, diretor do Butantan. "É uma questão de formalização."

Após o anúncio da suspensão, o governo de São Paulo informou que já havia usado 4 milhões de doses pertencentes a esses lotes. Segundo a gestão Doria, nenhuma intercorrência ou efeito adverso relacionado ao uso foram registrados até o momento. A expectativa é "acelerar" o processo de liberação das vacinas suspensas.

É uma mensagem tranquilizadora às pessoas que tomaram a vacina do Butantan. A qualidade da Coronavac é incontestável e a própria Anvisa já se pronunciou (anteriormente) nesse sentido", disse Doria. "Aguardamos a liberação deste novo lote para aplicação na população do País."

Secretário Estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn afirmou que "todas as doses passaram por rígido controle de qualidade" na China e no Brasil. Segundo o titular da pasta, o procedimento teria sido feito pelo Butantan e também por órgão vinculado à Fiocruz, antes da distribuição para as cidades.

"Ainda assim, orientamos os municípios para acompanhar o evolutivo dos pacientes nos próximos 30 dias", disse Gorinchteyn. "Nenhum dos pacientes que recebeu apresentou qualquer reação mínima."

De acordo com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, um relatório de inspeção, feito pela vigilância sanitária chinesa, deve chegar à Anvisa até o fim da semana. Em defesa da Coronavac, Covas disse, ainda, que o imunizante já foi usado em mais de 60 milhões de crianças e adolescentes daquele país. No Brasil, a agência reguladora recusou o uso para os grupos.

"É importante dizer que é a vacina mais segura do mundo. Já tem um perfil de segurança avaliado em mais de 1 bilhão de pessoas", afirmou Covas, que disse ter "confiança na Anvisa" para liberar os lotes suspensos.

O Estadão procurou a Anvisa, por meio de assessoria de imprensa, às 13h46, para confirmar o recebimento de dados pendentes e se há expectativa de análise para liberação dos lotes. A agência não respondeu até o momento.

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Uma pintura de Mark Rothko avaliada em US$ 56 milhões (R$ 318 milhões na cotação atual) foi danificada após uma criança "riscá-la" durante uma visita a um museu na Holanda.

O caso aconteceu na semana passada. O quadro era exibido como peça de destaque no Museu Boijmans Vans Beuningen, em Roterdã.

À BBC, um porta-voz do museu descreveu o dano como superficial. "Pequenos arranhões são visíveis na camada de tinta sem verniz na parte inferior da pintura", explicou.

"Foram requisitados especialistas em conservação na Holanda e no exterior. Atualmente, estamos pesquisando os próximos passos para o tratamento da pintura", completou.

A gerente de conservação da Fine Art Restoration Company, Sophie McAloone, disse ao veículo que pinturas modernas sem verniz, como a de Rothko são "particularmente suscetíveis a danos" por causa da "combinação de materiais modernos e complexos, da ausência de uma camada de revestimento tradicional e da intensidade dos campos de cores planas, que tornam até as menores áreas de danos instantaneamente perceptíveis."

"Nesse caso, arranhar as camadas superiores de tinta pode ter um impacto significativo na experiência de visualização da peça", concluiu.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Manoel Carlos, de 92 anos, reapareceu nas redes sociais nesta terça-feira, 29, em uma foto publicada pela filha, a atriz e empresária Júlia Almeida.

A imagem, que mostra pai e filha no apartamento onde vivem no Rio de Janeiro, marca a primeira aparição pública do autor desde que enfrentou uma piora no estado de saúde.

Conhecido por novelas como Laços de Família, Por Amor e Mulheres Apaixonadas, Manoel Carlos sofre de Parkinson e passou por uma cirurgia em dezembro.

Desde então, mantém uma rotina mais reservada. Em janeiro, Júlia negou rumores de que o pai estaria isolado e afirmou que o recolhimento foi uma escolha dele próprio.

"Ele é uma pessoa discreta, que pediu para ficar mais recluso. Está bem cuidado, com equipe médica e ao lado da minha mãe, como ele escolheu estar", declarou na ocasião.

Na legenda da publicação mais recente, Júlia compartilhou uma reflexão sobre pausas, simplicidade e criação com propósito. Sem mencionar diretamente o estado de saúde do pai, ela escreveu: "Pausar não é se afastar. É voltar pro corpo, pro que é simples, pro que já está aqui".

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O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) anunciou nesta quarta-feira, 30, uma seleção de artistas que vão se apresentar na 8ª edição do Prêmio Sim à Igualdade Racial. A iniciativa tem o propósito celebrar pessoas negras e indígenas, empresas e iniciativas que se destacam na luta pela igualdade racial no País.

João Gomes, Sandra de Sá, Belo, Gaby Amarantos e Djonga se unem a JotaPê, Majur e Os Garotin e vão se apresentar durante a cerimônia, que será realizada no próximo dia 7 de maio, quarta-feira, no Rio de Janeiro. Os melhores momentos serão transmitidos na Globo no dia 25, após o Fantástico.

Completam o line-up Altayr Veloso, cantor e compositor carioca; Dom Filó, DJ, produtor cultural e ativista do Movimento Negro; Maria Preta, rapper e poeta; Zaynara, cantora e compositora paraense; Kena Maburo, artista indígena, e Ilê Aieyê, primeiro bloco afro do Brasil, além das finalistas Djuena Tikuna e Kaê Guajajara, artistas e ativistas indígenas

"Nesta edição, reunimos artistas que representam a alma da música brasileira e que, com sua arte, reforçam a urgência da igualdade racial. Cada show é uma manifestação de afeto, ancestralidade e resistência", afirma o diretor Tom Mendes.

Além de premiar os destaques nos três segmentos principais, cultura, educação e empregabilidade, o prêmio neste ano também promete levantar questões relativas à mudança climática e a pautas de gênero, e buscar diálogos direcionados às regiões Norte e Nordeste do País.