Coren-SP condena fala de Fred Nicácio sobre atuação da enfermagem no 'BBB 23'

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Fred Nicácio protagonizou polêmica no "Big Brother Brasil 23", após expor uma situação passada com uma enfermeira. A fala repercutiu dentro e fora do programa, fez o participante Cezar Black chorar e o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) emitir nota de repúdio.

Na piscina com alguns colegas de confinamento, Fred Nicácio contou ter sofrido racismo de uma enfermeira, que duvidou de sua capacidade de se tornar médico. "Eu era fisioterapeuta e vi um médico entubando [um paciente] e falei assim: 'eu queria fazer isso aí'. Uma enfermeira branca olhou para mim e disse: 'Sai para lá, menino. Isso dai é só para médico'. Sete anos depois, eu voltei lá e ela foi minha enfermeira. É, tô aqui, doutor Fred Nicácio. Agora eu vou entubar e você vai me ajudar. É assim que a gente trata racista", relatou.

Mais tarde, em conversa com sua dupla Domitila, Cezar Black, que é enfermeiro, se disse ofendido pelo colega. Em lágrimas, ele pontuou a importância da profissão: "Isso é uma coisa que brigamos todos os dias. (...) A enfermagem vai estar do dia que você nasce, na hora da UTI, quando você tá internado, sofrendo... até quando você morreu. Quem prepara o seu corpo é a enfermagem. Nós somos a primeira passagem quando você vem ao mundo e a última. Então nossa classe é f***, trabalha mais que todas as outras classes e não tem reconhecimento".

A situação, então, chamou a atenção das redes sociais, em especial do Coren-SP. No Instagram, nesta quarta-feira, 18, o conselho emitiu uma nota de repúdio à fala de Fred Nicácio, destacando que "a enfermagem é uma profissão regulamentada e autônoma e não está subordinada a nenhuma outra, uma vez que todas as categorias da saúde têm atribuições devidamente estabelecidas".

"A enfermagem não raro é vítima de comparações que a subalternizam, mesmo depois de toda sua atuação ser amplamente divulgada nos últimos anos, devido à sua essencial atuação frente à pandemia da covid-19. Portanto, o Coren-SP condena qualquer fala ou atitude que vincule a enfermagem a uma inferioridade frente a demais profissões e defende o cuidado integrado e respeitoso das equipes multidisciplinares também como uma forma de valorização à categoria", concluiu a entidade.

Sem saber da repercussão fora da casa, Cezar e Fred Nicácio conversaram sobre o assunto. O médico disse que não teve intenção de ofendê-lo ou ofender a classe. "Jamais colocaria ela em uma posição de menor importância. O universo que se encarregou disso. Ela nunca mais vai falar que uma pessoa preta não pode realizar o sonho dela", justificou o médico.

ho dela", justificou o médico.

Em outra categoria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 2, o projeto de lei (PL) que torna a Política Nacional Aldir Blanc permanente e destina R$ 15 bilhões a Estados e municípios para fomento das culturas locais. Segundo o Palácio do Planalto, a lei permite que esse montante previsto na Aldir Blanc seja repassado em um período maior do que o atual.

Originalmente, seriam de R$ 3 bilhões ao ano por cinco exercícios (2023 a 2027). Após o repasse desse montante, a Aldir Blanc passa a ser financiada por recursos definidos em cada lei orçamentária. "Com isso, a política se torna permanente", disse o governo.

O texto aprovado pelo Congresso, agora sancionado por Lula, incorporou ainda o texto da Medida Provisória 1.280/2024, que prorroga até 31 de dezembro de 2029 o prazo para uso de benefícios fiscais do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine). Antes, o prazo terminaria ao fim de 2025.

O Recine permite desoneração de tributos federais sobre compras ligadas à implantação ou à modernização de salas de cinema, principalmente em cidades menores ou do interior, segundo o Planalto.

O cantor e compositor Danilo Caymmi publicou um vídeo nas redes sociais neste sábado, 3, falando sobre o posicionamento político de Nana Caymmi e que ele chamou de "aproveitamento" nas circunstâncias da morte da cantora.

Nana morreu na última quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Ela estava internada havia nove meses na Clínica São José, no Rio de Janeiro. A morte foi lamentada por colegas, amigos e familiares.

No vídeo, Danilo conta que a irmã não tinha acesso a e-mail e redes sociais, e afirma que seus posicionamentos políticos eram superficiais. "A gente repudia o aproveitamento político que está sendo feito com relação a ela", afirma. A cantora foi apoiadora de Jair Bolsonaro.

"Para vocês terem uma ideia, a Nana não tinha celular, não tinha e-mail, rede social nenhuma, alheia aos acontecimentos há, no mínino, 10 anos. Então, isso é muito grave", lamenta.

"A opinião política dela era completamente superficial, não tinha essa profundidade. Eu falo para as pessoas que gostam da Nana, dos artistas que ela ofendeu de certa maneira que foi muito difícil para nós. Enfim, era muito superficial. Eu acho que ela foi, de certa maneira, manipulada com relação a essas coisas", opina Danilo. "É muito difícil para mim ver esse aproveitamento político num Brasil polarizado."

Nas redes sociais, Jair Bolsonaro se manifestou e lamentou a morte de Nana. "Recebo com grande pesar a notícia do falecimento de Nana Caymmi, uma das vozes mais marcantes da nossa música. Filha de Dorival, Nana carregava em sua arte a força de uma linhagem que sempre engrandeceu a cultura brasileira", escreveu. O presidente Lula não se manifestou.

A Netflix norte-americana anunciou que Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que trouxe o primeiro Oscar da história do Brasil, vai estar disponível para streaming na plataforma nos Estados Unidos a partir de 17 de maio.

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, Ainda Estou Aqui conta a história de Eunice Paiva, que precisou reconstruir a sua vida e sustentar os filhos após seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, ser sequestrado e morto pela ditadura militar brasileira. O filme é inspirado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva.

A produção fez história ao receber três indicações ao Oscar 2025, em melhor filme internacional, melhor atriz e melhor filme, e conquistou a estatueta na categoria internacional.

No X, antigo Twitter, fãs comemoraram o anúncio do filme no catálogo americano da Netflix. "Simplesmente Oscar Winner", escreveu um. "Melhor filme do mundo", completou outra pessoa.

Ainda Estou Aqui está disponível para streaming no Brasil pelo Globoplay.