'O Som e a Sílaba', que marca o encontro de mulheres distintas, volta em cartaz

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A atriz Alessandra Maestrini gosta de comparar seus trabalhos a jogos de videogame: a cada fase vencida, surge outra mais exigente. Estaria, portanto, em um imaginário nível 3 de dificuldade a volta ao palco para uma apresentação presencial depois de vários meses de reclusão promovida pela pandemia. Ao lado de Mirna Rubim, ela retorna com a comédia musical O Som e a Sílaba, no Teatro Santander. Serão apenas seis apresentações, a partir desta sexta, 6, e em dois finais de semana, com ingressos limitados a 60% da capacidade da casa.

"Retornar ao palco faz a alma vibrar novamente, as moléculas do corpo se agitam", comenta, eufórica, Alessandra que, como Mirna, vive uma personagem que exige muito da intérprete. Escrito e dirigido por Miguel Falabella, O Som e a Sílaba trata da relação entre Sarah Leighton (Alessandra) e Leonor Delise (Mirna), duas mulheres de comportamentos distintos.

A primeira é jovem e com dificuldades em se enquadrar na sociedade, mas se revela uma jovem única, por conta do diagnóstico da síndrome de Asperger, que torna a pessoa sensível a determinados assuntos de seu interesse, ao mesmo tempo que permite a ela desenvolver habilidades incomuns, como afiada memorização e um cuidado extremado com o canto - na verdade, Sarah é uma Savant: possui um autismo altamente funcional que, por um lado, lhe permite habilidades em algumas áreas, entre elas números e música; e que, por outro, faz com que ela se comunique com o mundo de uma maneira inusitada, gerando situações engraçadas.

Já Leonor é professora de canto que foi uma diva internacional da ópera durante 50 anos. Hoje, parece ser uma mulher, além de elegante, bem resolvida - mas só na aparência. "A música vai unir essas duas mulheres e esse encontro mudará a vida de ambas", comentou Mirna quando da estreia do espetáculo, em 2017. "Leonor já percebe sinais de que sua carreira está decaindo e quer fechar. Sarah, por outro lado, quer mostrar seu talento para todos." É a partir do encontro dessas duas mulheres com necessidades distantes, mas complementares, que nasce uma bela amizade.

"É uma peça delicada, que prega a inclusão, além de falar de sonhos o que, agora, em uma situação tão adversa, ganha mais destaque", observa Falabella. "A pandemia nos fez olhar mais para dentro, o que torna Sarah uma personagem ainda mais necessária."

Ele escreveu o texto especialmente para explorar a virtuosidade vocal de Alessandra - cantoras líricas, ela e Mirna são um assombro com suas interpretações de árias como Vissi d'Arte e O Mio Babbino Caro, ambas de Giacomo Puccini. Alessandra, aliás, é uma soprano absoluta, ou seja, é capaz de exibir uma tessitura vocal que atinge quatro oitavas, o que se encaixa no perfil de Sara, cuja natureza múltipla foi inspirada em versos da poeta americana Emily Dickinson (1830-1886), especificamente esses: "A mente pesa tanto quanto Deus. / Se a pesagem é feita com instrumento bom, / A diferença, se houver, / É da sílaba para o som".

Como se exercitaram vocalmente durante o período de reclusão, as atrizes se sentem confortáveis para retomar a peça. "Todos os dias, fiz treinos de canto e de voz falada", conta Alessandra, esperançosa de receber visitas de espectadores após o espetáculo, como aconteceu no início da temporada. "Vinham emocionadas, com histórias pessoais que combinavam com a das personagens."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A informação foi confirmada pela família nas redes sociais e pelo hospital onde estava internada.

A garota teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Millena teve diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

Por conta de dores de cabeça e no corpo, a atriz precisou ser hospitalizada.

O boletim médico do hospital desta sexta-feira afirma a menina deu entrada em "estado gravíssimo" no dia 29, transferida da Unidade de Pronto Atendimento Maria Antonieta (UPA). "Desde a sua chegada, a paciente recebeu cuidados intensivos e todo o empenho da equipe médica e assistencial, que não mediu esforços para preservar sua vida", afirma a nota assinada por Thiago Rizzo, gerente médico.

Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue, mas, após uma piora no quadro, os médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros, informou o SBT. Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas.

A situação de Millena se agravou durante esta semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A família começou uma vaquinha na internet para ajudar no tratamento da menina. No início da noite, no entanto, postou nos stories da conta de Millena do Instagram a frase "nossa menina se foi".

O caso causou comoção nas redes sociais, principalmente pela menina ter tido diversas paradas cardíacas. Depois da morte, milhares de pessoas deixaram condolências em mensagens no perfil de Millena.

Trajetória

No SBT, onde atuava desde 2023, Millena participou da novela A Infância de Romeu e Julieta, e estrelou também a série Sintonia, da Netflix. Ela registrou o início de sua carreira na TV: "E o sonho se tornou realidade", escreveu.

Além de atriz, Millena era modelo e influenciadora digital, e havia feito diversos trabalhos publicitários com marcas infantis. No Instagram, dizia também integrar a companhia de teatro musical Cia Artística En'Cena.

A atriz mirim Millena Brandão está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de São Paulo após sofrer sete paradas cardíacas.

Os médicos localizaram uma massa no cérebro dela, mas ainda não confirmaram se trata-se de um cisto ou de um tumor. A mãe está usando as redes sociais da criança para divulgar notícias sobre o caso e pedir orações.

Millena Brandão tem 11 anos de idade e mora em São Paulo. Além de trabalhar como atriz, ela também é influenciadora digital e modelo.

Seu trabalho como modelo começou em 2020 e já participou de algumas campanhas publicitárias.

Nas redes sociais, ela conta com mais de 155 mil seguidores. No Instagram, ela compartilha sua rotina e registros de seu trabalho como modelo.

Em 2023, ela registrou o início de sua carreira no SBT. "E o sonho se tornou realidade", escreveu. Millena fez parte do elenco de figurantes da novela A Infância de Romeu e Julieta, da emissora de Silvio Santos, e trabalhou também como figurante na série Sintonia, da Netflix.

Entenda o caso

Millena foi levada ao Hospital Geral de Grajaú no início da semana depois de reclamar de fortes dores de cabeça. Os médicos então localizaram uma massa no cérebro, mas ainda não confirmaram se trata-se de um cisto ou de um tumor.

A mãe da menina, Thays Brandão, disse ao Portal Leo Dias que a família aguarda a situação se estabilizar para tentar levá-la à casa de saúde na zona oeste paulistana. O Estadão entrou em contato com Thays e aguarda novas informações sobre o estado de saúde de Millena.

No Instagram, a mãe da atriz mirim divulgou uma vaquinha online para que a família consiga arcar com os custos de sua internação.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A situação de Millena se agravou durante a semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu as paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A prefeitura do Rio de Janeiro estima um público de 1,6 milhão de pessoas para o show gratuito de Lady Gaga neste sábado, 3. E quem passa em frente ao Copacabana Palace não duvida. Afinal, os "little monsters" tomam conta da calçada em frente ao hotel desde que a artista chegou ao País, na esperança de uma rápida aparição ou de um aceno. Mas de onde vem o apelido usado carinhosamente para se referir aos fãs de Gaga?

A ideia de monstros veio à tona enquanto Gaga trabalhava em seu segundo disco, The Fame Monster, de 2009, que é uma expansão do álbum de estreia, The Fame. Na época, a cantora começou a desenvolver o conceito para descrever seus próprios medos, e aos poucos passou a chamar os fãs de "little monsters" (ou monstrinhos) durante as apresentações da turnê.

A própria estética do álbum explorava a ideia de figuras grotescas e monstruosas para representar os problemas que vinham junto à ascensão à fama. Por isso, o termo caiu no gosto popular, e os fãs aderiram.

Em entrevista concedida à revista W Magazine, Gaga explicou como a ideia surgiu. "Eu nomeei meus fãs de 'little monsters' porque eles eram tão ferozes nos shows, e eles gritavam tão alto. Eles se vestiam com roupas maravilhosas e se divertiam muito celebrando a música."

Com a adesão, o termo ganhou algumas expansões, e a própria artista passou a ser chamada de "mother monster" (ou mamãe monstro) após um fã usar o termo durante um show da turnê Monster Ball em Chicago, em 2010. A cantora gostou tanto que aderiu ao apelido e passou a utilizá-lo para se descrever.

Outro detalhe que vem junto à temática monstruosa é o cumprimento usado pelos "little monsters". Você já viu algum fã de Gaga com as mãos em formato de garra?

O gesto também é usado para identificar o grupo de fãs da cantora. No clipe de Bad Romance, de 2009, parte da coreografia envolve os dançarinos erguendo as mãos com o dedos levemente curvados para dentro, como se estivessem replicando o formato de uma garra. A ideia rapidamente foi aderida. Por isso, o termo "paws up" (ou patas para cima) passou a ser utilizado quando os fãs de Gaga queriam cumprimentar um ao outro ou concordar com algo.

A apresentação gratuita de Lady Gaga em Copacabana, parte do projeto Todo Mundo no Rio, está marcada para começar às 21h45, e terá transmissão na TV Globo, no Globoplay e no Multishow.