Morre Tom Verlaine, guitarrista da banda Television, que influenciou a cena punk

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Tom Verlaine, guitarrista e cofundador da seminal banda protopunk Television, que influenciou muitas bandas enquanto tocava no CBGB, uma casa de shows no centro de Nova York, ao lado dos Ramones, Patti Smith e Talking Heads, morreu. Ele tinha 73 anos. Verlaine morreu no sábado, 28, na cidade de Nova York, cercado por amigos próximos após uma breve doença, disse Cara Hutchison, da Lede Company, uma empresa de relações públicas.

"Tom Verlaine passou para o além que sua guitarra sempre insinuou. Ele foi o melhor guitarrista de rock and roll de todos os tempos e, como Hendrix, podia dançar das esferas do cosmos ao rock de garagem. Isso exige uma grandeza especial", tuitou Mike Scott, do The Waterboys.

Embora o Television nunca tenha obtido muito sucesso comercial, a maneira inventiva de Verlaine tocar como parte do ataque de duas guitarras da banda influenciou muitos músicos. Television lançou seu inovador álbum de estreia Marquee Moon em 1977 - incluindo a faixa-título de quase 11 minutos e Elevation - e o segundo álbum Adventure um ano depois.

"Marquee Moon se tornou uma espécie de santo graal do rock independente desde então. Foi uma influência clara em artistas como Pavement, Sonic Youth, Strokes e Jeff Buckley", escreveu a revista Billboard em 2003.

A crescente tensão entre Verlaine e seu colega guitarrista Richard Lloyd levou o Television a se separar após seu segundo álbum Adventure. O grupo se reuniria para um álbum em 1992 para a Capitol Records e apresentações esporádicas ao vivo.

"Queríamos despir tudo ainda mais, longe da teatralidade do showbiz das bandas de glitter e do blues e do boogie", escreveu o cofundador da Television Richard Hell em sua autobiografia I Dreamed I Was a Very Clean Tramp. "Queríamos ser rígidos e despedaçados, do jeito que o mundo era."

Verlaine lançou oito álbuns solo, sendo seu maior sucesso comercial seu segundo, de 1981, Dreamtime, que alcançou a posição 177 na parada de álbuns da Billboard. Ele frequentemente atuou como acompanhante da ex-companheira Patti Smith.

Homenagens online incluíram as de Susanna Hoffs e Billy Idol, que disseram que Verlaine fez música que influenciou a cena punk dos Estados Unidos e do Reino Unido. Smith compartilhou uma homenagem no Instagram, postando uma fotografia dos dois juntos.

Ele nasceu Tom Miller - mais tarde adotando o sobrenome do poeta francês do século 19 Paul-Marie Verlaine depois que conheceu Hell, nascido Richard Meyers, em uma escola preparatória de Delaware. Eram garotos altos e magros que desistiram e foram para o East Village, onde trabalharam em livrarias e escreveram poesia juntos.

"Ele era conhecido por seu lirismo angular e líricos pontiagudos, uma inteligência astuta e uma capacidade de sacudir cada corda em sua emoção mais verdadeira", disse um comunicado de sua assessoria. "Sua visão e sua imaginação farão falta."

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Neste sábado, 3 de maio de 2025, a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, será palco de um dos maiores shows da carreira de Lady Gaga. A cantora retorna ao Brasil após sete anos e traz ao país sua turnê mundial “Mayhem”, com um espetáculo gratuito que promete reunir até 2 milhões de pessoas.

O evento integra o projeto “Todo Mundo no Rio”, uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com a produtora Bonus Track, que visa consolidar o mês de maio como um período de grandes celebrações culturais na cidade. Inspirado pelo sucesso do show de Madonna em 2024, que atraiu 1,6 milhão de pessoas, o projeto busca transformar a orla de Copacabana em um palco para grandes atrações musicais internacionais. 

Lady Gaga, que havia cancelado sua apresentação no Rock in Rio em 2017 devido a problemas de saúde, expressou entusiasmo por retornar ao país. A cantora, que lançou seu oitavo álbum de estúdio, “Mayhem”, em março deste ano, promete um espetáculo visualmente deslumbrante, com coreografias elaboradas e uma produção que dialoga com a energia única do Rio de Janeiro.

A expectativa é que o show movimente significativamente a economia local. Segundo dados da Booking.com e da Decolar, houve um aumento expressivo na procura por hospedagens e passagens aéreas para o Rio de Janeiro entre os dias 1º e 4 de maio, em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

O espetáculo será transmitido ao vivo pela TV Globo, Globoplay e Multishow, permitindo que fãs de todo o mundo acompanhem esse evento histórico.

Para aqueles que desejam participar presencialmente, é recomendável chegar cedo, pois o evento será realizado por ordem de chegada. A organização do evento orienta os participantes a se prepararem para um dia de muita música, emoção e, claro, a energia contagiante de Lady Gaga.

Prepare-se para uma noite inesquecível na orla carioca. Lady Gaga está de volta ao Rio de Janeiro, e a festa promete ser épica!

Nana Caymmi foi casada com Gilberto Gil por dois anos, entre 1967 e 1969. Uma das mais importantes cantoras brasileiras, ela morreu nesta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos.

O relacionamento com o cantor começou após o retorno de Nana da Venezuela, onde morou com o médico Gilberto José, com quem foi casada e teve duas filhas, Stella e Denise. Separada, ela retornou ao Brasil e começou o namoro com Gil.

Naquele período, Nana enfrentava o preconceito do pai, Dorival Caymmi, por ter se separado e tentava emplacar algum sucesso na música brasileira. Ela chegou a vencer o Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros, composta pelo irmão, Dori, mas foi vaiada ao ser anunciada a vencedora da competição.

Gil e Nana se separaram quando o cantor foi passar um período em exílio em Londres, por conta da ditadura militar. Os dois escreveram juntos a canção Bom Dia, que Nana apresentou no III Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, em 1967.

O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.