Sob pressão do desmate recorde, militares vão voltar para a Amazônia

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Uma nova operação militar na Amazônia liderada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, deve ter início nos próximos dias. A decisão ocorre no momento em que a região volta a registrar forte alta no desmatamento. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o desmatamento na Amazônia Legal em maio foi o maior desde 2016, quando a série histórica teve início. É o terceiro mês seguido de recorde de destruição da floresta em 2021 - os militares deixaram a área em abril.

A iniciativa já está em andamento dentro das Forças Armadas e só depende agora da publicação de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para formalizar a operação, além de acordo com os Estados que serão alvo da medida, como Amazonas e Pará. Em 28 dias de maio, a região atingiu a marca de 1.180 km² de desmate, avanço de 41% em relação ao mesmo mês de 2020. Desde o início da série histórica, com a operação do satélite Deter-B, é a primeira vez que o número ultrapassa 1 mil km² para esse mês.

Segundo o Inpe, no acumulado desde agosto, vem caindo rápido a diferença entre a área recorde de alertas do ano passado e a deste ano: em janeiro o desmatamento em 2021 era 21% menor que em 2020. Agora a diferença é de 8%, e ainda pode cair mais. Procurado pelo Estadão, na semana passada, o Observatório do Clima havia afirmado que o dado de maio "é preocupante, porque o mês marca o início da estação seca, quando a devastação se intensifica, em grande parte da Região Amazônica". "A permanecer a tendência nos próximos dois meses, a taxa oficial de desmatamento de 2021 poderá terminar com uma inédita quarta alta consecutiva", disse em nota.

Esse retorno militar tenta novamente remediar um problema crônico na área ambiental, que é a falta de agentes em campo para atuar contra desmatamento e queimadas. Há um déficit crescente no efetivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) para fazer as fiscalizações necessárias.

Até o ano passado, o Ibama, que é o principal órgão do governo federal na proteção da maior floresta tropical do mundo, contava apenas com 591 agentes ambientais para enfrentar o avanço do crime ambiental, e isso não só na Amazônia, mas em todo o País. Esse quadro de agentes é 55% inferior ao que o instituto detinha dez anos atrás. Em 2010, eram 1.311 fiscais em atuação. No ICMBio, que cuida das unidades de conservação do País, o efetivo é ainda menor para esse trabalho. Na semana passada, o Ibama anunciou a contratação temporária de 1.659 brigadistas para atuarem em 18 Estados no período de seca, fazendo ações com fogo controlado, para evitar que os incêndios se espalhem.

Foco

Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, tinha anunciado em fevereiro o fim da Operação Verde Brasil 2. Na ocasião, porém, o vice-presidente havia sinalizado que, se fosse necessário, os militares seriam novamente acionados.

Nos meses seguintes, questionado em várias ocasiões pela reportagem do Estadão sobre os índices de desmatamento e a fiscalização a cargo de Ibama e ICMBio, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, delegou a responsabilidade pelo controle ao vice-presidente Hamilton Mourão, alegando que, até abril, ainda estava em vigor a chamada Garantia de Lei de da Ordem (GLO).

O efetivo militar para a nova GLO ainda está sendo calculado para aquela que deverá ser uma operação do tipo "Verde Brasil 3". Conforme apurou a reportagem, a força militar a ser utilizada deverá ser inferior àquela utilizada entre o ano passado e este ano.

Já as ações devem ser concentrar em locais onde, historicamente, ocorrem os maiores índices de queimadas e desmatamento. Nesta relação estão 11 municípios prioritários. No Estado do Pará, serão priorizados São Félix do Xingu, Altamira, Novo Progresso, Pacajá, Portel, Itaituba e Rurópolis. No Amazonas as ações se concentrarão na região de Apuí e Lábrea. No Estado de Mato Grosso, a região de Colniza deve receber reforço, assim como Porto Velho, em Rondônia.

Recursos

Na operação Verde Brasil 2, que ocorreu entre maio de 2020 e abril de 2021, foram aplicados R$ 410 milhões, segundo Hamilton Mourão. Quando a iniciativa foi encerrada, o governo anunciou o Plano Amazônia 21/22, que já previa uma continuidade de operações em áreas prioritárias.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O principal representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, viajará para Genebra, na Suíça, ainda esta semana, onde terá encontro com seu homólogo da China para discutir questões comerciais, informou o escritório de Representação do Comércio americano (USTR, na sigla em inglês) nesta terça-feira. O comunicado não citou o nome da autoridade chinesa que participará da reunião.

Greer também se reunirá com a missão da Representação Comercial dos EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC). A viagem prevê ainda encontro com a presidente da Suíça, Karin Ketter-Sutter, para discutir negociações sobre comércio recíproco.

"Sob a orientação do Presidente Trump, estou negociando com os países para reequilibrar nossas relações comerciais, a fim de alcançar reciprocidade, abrir novos mercados e proteger a segurança econômica e nacional dos Estados Unidos", disse Greer no comunicado.

"Espero ter reuniões produtivas com alguns dos meus colegas", pontuou.

High in the Clouds, livro infantil de Paul McCartney publicado em 2005, será adaptado em animação com elenco de voz composto por nomes famosos. Os personagens principais serão dublados por Celine Dion, Himesh Patel (protagonista do longa Yesterday) e Hannah Waddingham. A informação é da revista Variety, que também cravou participação do ex-Beatle Ringo Starr no filme.

Idris Elba, Lionel Richie, Jimmy Fallon, Clémence Poésy, Pom Klementieff e Alain Chabat também estão entre os que emprestarão suas vozes à trama de McCartney. O livro foi escrito pelo astro junto do britânico Philip Ardagh, e ilustrado por Geoff Dunbar.

A animação será dirigida por Toby Genkel, de Epa! Cadê o Noé? e O Fabuloso Maurício. O roteiro é de Jon Crocker, de Paddington 2, e o design de produção é de Patrick Hanenberger, de A Origem dos Guardiões.

Ainda segundo a Variety, o filme contará com composições originais de McCartney e trilha sonora de Michael Giacchino, ganhador do Oscar por Up: Altas Aventuras.

A Warner oficializou nesta terça-feira, 6, a sequência de Da Magia à Sedução, clássico cult de 1998 estrelado por Sandra Bullock e Nicole Kidman. O estúdio confirmou o retorno de ambas as atrizes. Akiva Goldsman, um dos roteiristas do filme original, escreve a sequência, que terá direção de Susanne Bier (O Casal Perfeito).

Inspirado no livro de Alice Hoffman, Da Magia à Sedução acompanha Sally e Gillian Owens, duas irmãs bruxas criadas em uma pequena cidade de Massachusetts que tentam quebrar uma maldição ancestral que as impede de encontrar um amor. Além de Bullock e Kidman, o elenco contava ainda com Dianne Wiest, Stockard Channing e Evan Rachel Wood.

Em seu lançamento original em 1998, Da Magia à Sedução não teve sucesso, arrecadando apenas US$ 68,3 milhões nas bilheterias mundiais, valor bem abaixo de seu orçamento, estimado em US$ 75 milhões. Além disso, o filme foi mal recebido pela crítica especializada da época. A produção, no entanto, ganhou status cult após seu lançamento em home video e, mas recentemente, sua chegada ao streaming.

O novo filme adaptará O Livro da Magia, capítulo final da saga de fantasia de Hoffman lançado em 2021. A história mostrará a família Owens voltando para a Europa, onde sua ancestral conjurou a maldição que as afeta há séculos, descobrindo segredos e testando os limites de seus poderes.

A sequência de Da Magia à Sedução estreia em 18 de setembro de 2026 nos Estados Unidos. O filme original está disponível para streaming na Max.