'Salve-se Quem Puder' em nova etapa

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Prepare seu coração. Neste sábado, 15, você poderá reviver as emoções do capítulo que encerrou a primeira fase da novela Salve-se Quem Puder, o folhetim das 19 h da Globo. Encontram-se, face a face, Fiona/Luna e a vilã Dominique. Na segunda, 17, começa a segunda fase da novela de Daniel Ortiz, com os capítulos inéditos gravados durante a pandemia. A emissora adotou todos os protocolos de segurança. Beijinhos e abraços só através da tela de acrílico, que foi eliminada na pós-produção. Em entrevista ao Estadão, Juliana Paiva, que faz Luna/Fiona, conta: "Daniel caprichou. A Dominique me sequestra e o capítulo tem muita ação, correria, perigo. O público vai adorar!". E o que mais? "Você quer saber se eu escapo?"

Claro, né. Afinal, a partir da segunda, 17, a novela terá mais nove semanas, ou 53 capítulos, mais o último, que sempre reprisa. Salve-se Quem Puder fica no ar até julho. Juliana brinca: "Estou me sentindo com transtorno de personalidade. Não sei mais quem sou". A brincadeira faz todo sentido. Juliana virou a queridinha da Globo, que, nesse período de pandemia, com as gravações suspensas, recolocou na grade várias novelas com ela - Totalmente Demais, A Força do Querer, etc. - e agora inicia a fase inédita de Salve-se Quem Puder. Ainda tem muita trama para desenrolar na história das três amigas que testemunham o assassinato de um juiz brasileiro em Cancún, no México, sobrevivem à perseguição dos criminosos e a um furacão, e entram para o programa de proteção a testemunhas no Brasil.

Desenrola - muitos anos atrás, foi nesse filme de Rosane Svartman que Juliana iniciou sua ligação com o cinema. Com Rosane, na Globo, teve participação pontual em Malhação e fez a louquinha Cassandra de Totalmente Demais. Felipe Simas, com quem Juliana faz agora par romântico, também é cria de Rosane. Além da Malhação no ar, em que faz o lutador Cobra, foi o Jonatas de Totalmente Demais e, agora, na trama de Daniel Ortiz, é Téo. Felipe tem um carinho especial por Jonatas. "É a expressão do jovem brasileiro batalhador. Faz tudo por amor, para melhorar de vida com integridade. Me toca."

Filho e irmão de ator (Beto Simas e Rodrigo Simas), Felipe começou na capoeira, como o pai. Tirou de letra a fisicalidade do Cobra e gosta do Téo porque o coloca à prova. "Representar alguém com a mobilidade reduzida, como ele, não é fácil." Os personagens têm alguma coisa em comum, além dele? "O Cobra se ressente da falta de um pai, o Téo tem um pai distante. A carência é comum aos dois." De paternidade ele entende. Aos 28 anos, Felipe é pai de três filhos - o primeiro nasceu quando tinha 21.

Como Cassandra, Juliana tinha, talvez, as cenas mais engraçadas de Totalmente Demais, e você sabe como as novelas das 7 tendem a ser mais leves. Era meio palhaça, mas, de repente, até a Cassandra revelou seu eu interior. "Gosto de misturar humor e drama. Para quem atua, é colocar-se à prova." Salve-se é uma novela sobre amizade feminina.

"Luna, Kyra e Alexia são muito diferentes entre si, mas foram unidas pelas circunstâncias." Adquiriram novas personas - Fiona, Cleyde e Josimara. "A primeira fase foi de encontro com a Vitória (Strada) e a Deborah (Secco). Na retomada, e por causa dos protocolos (de segurança), a gente evitou a aglomeração, o abraço, mas criamos uma ligação muito forte."

Na engenhosa trama de Salve-se Quem Puder, cada uma delas está envolvida em um triângulo amoroso, e a situação tende a complicar na nova fase. O ator português José Condessa, que fazia Juan, teve de se desligar do elenco e Felipe vai disputar a Luna/Fiona com seu irmão, na vida real, Rodrigo Simas, o Alejandro. "Foi inesperado para mim. Rodrigo é um ano mais velho. Moleques, dividíamos o mesmo quarto.

Joguei futebol, e a união no vestiário é que faz a força do time em campo. E agora estamos em campos opostos. Foi muito interessante gravar." Por conta da pandemia e a exemplo de Amor de Mãe, a Globo só está colocando Salve-se Quem Puder no ar com todos os capítulos gravados.

Ops! Vamos saber então com qual dos irmãos Simas a Luna vai ficar? Juliana confessa que não sabe. "Gravamos dois finais, e também estou louca para saber como essa história vai terminar." Sem beijo? "Ah, não, fizemos testes especialmente para os beijos finais, só não sei qual será o escolhido." Para terminar, vamos falar de uma coisa que une Juliana e Felipe Simas fora da telinha. "Hoje em dia, até frequento uma igreja, mas minha espiritualidade veio de uma experiência visceral na natureza. Cheguei naquela cachoeira na Mantiqueira e, de repente, já estava tirando a roupa, para me atirar nu naquela água gelada. Ressurgi outro homem."

E Juliana: "Estou lendo o livro de Sri Prem Baba, Transformando o Sofrimento em Alegria. Normalmente, não sou ansiosa, mas a experiência de isolamento na pandemia força a gente a encarar certos medos e atitudes". Nenhum dos dois pensa só em si. "Acompanho com muita preocupação tudo o que acontece no Brasil. Acho necessário apontar os erros do governo na condução da crise, mas isso não nos isenta de responsabilidade. Temos de fazer a nossa parte", diz Felipe. Juliana também acha que o momento não é de pensar só em si. "O livro de Sri Prem está me deixando com vontade de abraçar o mundo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Último Azul, filme de Gabriel Mascaro (Divino Amor) que disputou o Urso de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2025, teve sua data de estreia divulgada em um teaser lançado nesta terça-feira, 6. Estrelado por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, o longa estreia nos cinemas brasileiros em 28 de agosto.

De acordo com a sinopse oficial, o filme se passa em um Brasil quase distópico em que cidadãos idosos são transferidos compulsoriamente para uma colônia habitacional para que "desfrutem" de seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio forçado, Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos, embarca em uma viagem pelos rios e afluentes da Amazônia em busca de realizar seu último desejo.

Embora não tenha vencido o Urso de Ouro em Berlim, O Último Azul conquistou o Grande Prêmio do Júri no festival, também conhecido como "Urso de Prata". O Festival aconteceu em fevereiro deste ano, com o norueguês Dreams (Sex Love) vencendo o principal prêmio do evento.

Além de dirigir, Mascaro também assina o roteiro ao lado de Tibério Azul (Som Brasil). Murilo Hauser e Heitor Lorega, ambos de Ainda Estou Aqui, serviram como consultores do script.

O elenco de O Último Azul conta ainda com Adanilo (Oeste Outra Vez) e Miriam Socarrás (Violeta).

Confira o trailer aqui

Daniel Erthal usou suas redes sociais na segunda-feira, 5, para revelar que o seu carrinho de bebidas foi roubado no Rio de Janeiro.

Atualmente, o ex-galã de Malhação trabalha como empreendedor e é dono de um bar em Botafogo, na zona sul da capital. O veículo estava estacionado na calçada do local quando foi levado.

"Estamos vivendo tempos sombrios no que diz respeito à segurança no Rio. Ninguém aqui pode ter nada. Cheguei para trabalhar e não encontrei meu carrinho de bebidas. É a extensão do meu bar, faz parte do meu plano de negócio", lamentou.

Ele ainda disse que se sustenta com o carrinho há cerca de um ano e meio. "O meu único bem. Como eu estava sem garagem, ele ficou exposto por duas semanas, e agora não está mais."

No ano passado, Daniel Erthal havia viralizado com imagens em que aparece com o seu carrinho em frente à queima de fogos do reveillón em Copacabana, no Rio de Janeiro. Desde então, ele conseguiu abrir um bar em Botafogo, mas voltou a circular com o veículo durante o carnaval.

Conhecido do público por ter feito parte do elenco do folhetim teen em 2005, Erthal também gravou Belíssima, de 2006, e a versão brasileira de Rebelde, em 2011. Ele tem um perfil no Instagram apenas para divulgar seu trabalho como vendedor, e voltou a aparecer com o carrinho durante os blocos de rua, transitando para vender as bebidas entre os foliões.

Nos últimos anos, em meio à pressão estética da sociedade, Paolla Oliveira se tornou uma representante do chamado "corpo real" - embora não goste do termo, por acreditar que todos os corpos são reais. Em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira, 5, a atriz falou com franqueza sobre o tema e relembrou o período em que acreditava que as críticas ao seu corpo eram justificadas.

"As críticas ao meu corpo, para mim, eram completamente corretas. Passei muito tempo achando que eu que estava errada", declarou a atriz, ao pontuar como os comentários nas redes sociais influenciaram sua autopercepção. Segundo ela, o processo de entender e desconstruir essas imposições foi gradual.

A artista afirmou que, mesmo sem se identificar com o rótulo, acabou sendo vista como uma representante do tal "corpo real". O incômodo com perguntas recorrentes sobre emagrecimento para papéis específicos também a fez repensar sua posição. "Percebi que estavam me empurrando para um lugar que não me cabia", disse. "Mas eu achava ainda que a errada era eu."

Ao ganhar consciência dessa situação, Paolla conseguiu se libertar da cobrança e passou a enxergar a questão de outra forma. "Entendi que não era sobre mim. Era sobre um lugar para o qual a maioria das mulheres é empurrada, pra caber e servir", afirmou.

Por fim, a atriz destacou seu processo de amor-próprio e como isso influenciou sua percepção sobre outras mulheres: "Aprendi a me gostar e que a minha beleza é possível. Também aprendi a reparar em outras mulheres com outras belezas possíveis. O que eu luto hoje é basicamente pra existir e querer que as pessoas existam à minha volta."