Saúde: Botucatu fará vacinação em massa com doses da Oxford/AstraZeneca

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Um projeto do Ministério da Saúde prevê a vacinação em massa da população de Botucatu, no interior de São Paulo, com a vacina AstraZeneca, distribuída no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O objetivo é testar os efeitos da vacina quando aplicada em massa e sua eficácia contra novas cepas do coronavírus. A cidade tem 148 mil habitantes, segundo o IBGE, mas a vacinação deve atingir apenas os maiores de 18 anos, excluindo a população que já foi vacinada e os não vacináveis.

O estudo é semelhante ao que já foi realizado em Serrana, outra cidade do interior paulista, com a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, mas abrange uma população maior. As pesquisas serão acompanhadas pela Fiocruz e pela Universidade de Oxford, que desenvolveu o imunizante. O projeto envolve ainda a prefeitura de Botucatu e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, vinculado à Universidade Estadual Paulista (Unesp), além da Fundação Gates, que apoia o desenvolvimento de vacinas em países em desenvolvimento.

O estudo foi aprovado na noite de terça-feira, 27, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e as doses da vacina serão doadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do governo federal. "Essa fase de estudos é justamente para avaliar a efetividade da vacina contra as possíveis variantes desse vírus. Então, nós vamos vacinar a população de Botucatu inteira. Essa pesquisa trará resposta acerca do que queremos saber sobre o uso da vacinação", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

De acordo com o infectologista Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, da Faculdade de Medicina de Botucatu, a vacinação deve começar em maio e a primeira dose será aplicada em 15 dias. "Descontados os menores de idade e os moradores já vacinados, vamos abranger cerca de 80 mil pessoas. A ideia é avaliar o impacto da vacinação nesse público e comparar com os grupos não vacinados." Um dos aspectos, segundo ele, é ver se a imunização dos adultos produz efeito sobre a população jovem não vacinada, sobretudo os adolescentes.

A cidade é polo regional e o Hospital das Clínicas atende pacientes de mais de 60 municípios, por isso serão feitas comparações também com esse público. A vacina da Fiocruz é aplicada em duas doses, a segunda três meses após a primeira aplicação. De acordo com o infectologista, durante estes três meses que antecedem a aplicação da segunda dose será possível saber se a primeira já é capaz de reduzir a circulação do vírus. O estudo inclui sequenciamentos genéticos do vírus e de novas cepas que já circulam na região.

A vacinação em massa implicará em uma grande mobilização na cidade, já que o plano é aplicar a primeira dose em 15 dias. A logística ficará a cargo da prefeitura. "Já fizemos isso em 2009, quando vacinamos toda a população, inclusive crianças, contra a febre amarela. Assim que chegar a vacina, que o Ministério da Saúde promete para o início de maio, em duas semanas, estarão todos vacinados", disse Fortaleza. O estudo terá duração de oito meses.

Um dos fatores que levaram à escolha de Botucatu para o projeto foi o envolvimento da população com as medidas contra a doença. A cidade já aplicou quase 100 mil testes para covid-19, índice duas vezes superior ao do Estado de São Paulo. "O grande diferencial desse projeto é o sequenciamento genético de todos os casos positivos, não só de uma amostragem. Assim, vamos saber exatamente qual é a cepa e avaliar qual a efetividade da vacina da AstraZeneca com relação a casos graves, internação, necessidade de ventilação mecânica e óbito", disse o secretário municipal de Saúde, André Spadaro.

Botucatu registrou 10.706 casos e 117 mortes pela covid-19 desde o início da pandemia. O índice de letalidade, de 1,60%, é o segundo menor do estado entre as cidades com mais de 100 mil habitantes.

Coronavac

No estudo clínico da Coronavac, coordenado pelo Instituto Butantan, 98% dos moradores de Serrana cadastrados receberam as duas doses, entre meados de fevereiro e o início de abril deste ano. A imunização atingiu 28,3 mil dos 45,6 mil habitantes, índice de 60% da população total. Os dados ainda estão em análise, já que os vacinados serão acompanhados durante um ano. Os números da covid-19 na cidade indicam queda na média móvel de casos positivos de 29 na primeira semana de março para 7 na semana de 19 a 25 de abril.

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Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, a atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A artista teve morte encefálica, de acordo com o hospital onde ela estava internada.

Também conhecida como morte cerebral, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Como o cérebro controla outros órgãos, quando é constatada sua morte, outras funções vitais também serão perdidas e o óbito da pessoa é declarado.

Millena havia sofrido diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias, recebido diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

O que configura morte encefálica?

Para funcionarem, os neurônios precisam de oxigênio e glicose, que chegam ao cérebro pela circulação sanguínea. Quando algum problema impede o fluxo sanguíneo, essas células podem morrer e as funções cerebrais são prejudicadas. Se a perda das funções é completa e irreversível, é declarada a morte cerebral.

Apesar de alguns órgãos poderem continuar funcionando, o cérebro já não consegue controlá-los. Assim, embora ainda haja batimentos cardíacos, por exemplo, eles tendem a parar. A respiração também não acontecerá sem a ajuda de aparelhos.

O que pode causar a morte encefálica?

Qualquer problema que cesse a função cerebral antes de encerrar o funcionamento de outras partes do organismo causa a morte encefálica. Entre as causas mais comuns estão:

- Parada cardiorrespiratória;

- Acidente vascular cerebral (AVC);

- Doença infecciosa que afete o sistema nervoso central;

- Tumor cerebral;

- Traumas.

Quando a morte encefálica é declarada?

No Brasil, a resolução nº 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece critérios rigorosos para a declaração de morte encefálica. De acordo com especialistas, o protocolo brasileiro é um dos mais criteriosos do mundo.

O CFM determina a realização de uma série de exames para comprovar a perda do reflexo tronco encefálico, aquele responsável por controlar funções autônomas do organismo, como a respiração.

Essa análise deve ser feita por dois médicos que examinam o paciente em horários diferentes, e os resultados precisam ainda ser complementados por um exame - um eletroencefalograma ou uma tomografia, por exemplo.

Morte encefálica e doação de órgãos

A "Lei dos Transplantes" (Lei nº 9.434/1997) estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando constatada a morte encefálica.

Quando isso acontece, as funções vitais do paciente são mantidas de maneira artificial até que a remoção dos órgãos seja feita.

Miguel Falabella atualizou o estado de saúde após revelar em suas redes sociais que estava com hérnia de disco. O ator e diretor publicou um vídeo nesta sexta-feira 2, gravado e compartilhado direto do hospital em que precisou ficar internado para fazer uma cirurgia.

"Quero agradecer muito as literalmente milhares de mensagens que recebi de força, carinho, de afeto", declarou no vídeo, contando já está se recuperando.

"Me operei hoje às 9h da manhã e o médico disse para mim: 'Você vai acordar sem dor'. Eu não acreditei, mas ele tinha razão."

Falabella comunicou na última quinta-feira, 1º, que estava afastado das apresentações desta semana do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em São Paulo, por estar com muita por conta da hérnia de disco.

O ator Edgar Bustamante substitui Falabella nas sessões que vão até este domingo, 4.

No novo vídeo, Falabella comemora estar melhor. Segundo ele, a cirurgia ocorreu sem intercorrências.

"Sem dor, já acordei, já fui ao banheiro, eu estou andando. Esperando alta para ir para casa. Depois dou notícias. Muito obrigado, um beijo enorme, agora é fisioterapia e vida que segue."

Ela veio, apareceu e deu um presente: a passagem de som, que foi praticamente uma 'apresentação extra'. Nesta sexta-feira, 2, depois de quatro dias de espera, Lady Gaga surgiu aos fãs que já estão na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, aguardando o mega show da diva pop que acontece neste sábado, 3.

O ensaio não foi surpresa, ainda assim pegou os fãs desprevenidos. Uma multidão, ansiosa para reencontrar aquela que não via desde 2012, correu em direção ao palco ao ouvir a voz da cantora.

A artista dançou, tocou piano e ficou a poucos metros dos fãs. Aos gritos de "Gaga, eu te amo", a cantora se emocionou e levou a plateia ao delírio com canções como "Abracadabra", "Shallow" e "Garden of Eden".

A passagem de som, iniciada pouco depois das 20h, teve cerca de uma hora de duração, mais de dez músicas apresentadas e troca de figurino - praticamente um show completo depois da sua quase vinda ao Rock In Rio de 2017, cancelada devido a fortes dores causadas pela fibromialgia, mas que rendeu os inesquecíveis memes "Ela não vem mais!" e "Brazil, I'm devastated."

Durante o ensaio de "Vanish Into You", música de seu novo álbum intitulado "Mayhem", o público quase derrubou a barreira de contenção, mas a artista seguiu com a passagem de som sem interrupções.

Ao que tudo indica, a tão esperada apresentação terá um setlist similar ao do Coachella 2025, já que os hits 'Alejandro', 'Paparazzi' e 'Bloody Mary' também marcaram presença na passagem de som.

O show de sábado, gratuito e previsto para começar às 21h45, deve reunir mais de 1,5 milhão de pessoas na orla carioca.

A TV Globo irá transmitir a apresentação ao vivo, que também poderá ser assistida no Multishow e no Globoplay. A expectativa é de um espetáculo histórico, marcando o retorno de Gaga ao Brasil após doze anos.