Reynaldo Gianecchini lembra cura de câncer: 'Me trouxe bênçãos inacreditáveis'

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Dez anos após se curar de um câncer, Reynaldo Gianecchini falou sobre as dificuldades que viveu desde seu diagnóstico até a recuperação da doença. O ator teve um linfoma e, atualmente, vê sua trajetória com orgulho.

"Foi um processo na minha vida muito bonito, na verdade. As pessoas estranham quando eu falo isso, porque parece uma coisa muito cabeluda, e de certa forma é, você encarar a morte. Mas, passar por isso me trouxe bênçãos inacreditáveis", disse ele em entrevista ao podcast Novela das 9.

"Eu saí ganhando muita coisa e tinha a percepção de que esse processo ia me trazer muito conhecimento. Eu estava muito entregue, não briguei com o que era. Eu encarei como um desafio e falei: 'Vou ver o que eu tenho para ver aqui, porque a vida deve estar querendo me mostrar alguma coisa e não vou fugir disso, não vou achar que sou amaldiçoado por estar nessa posição'", completou.

Ao relembrar as sensações que tinha na época, o artista afirma que não sentia tristeza e deu detalhes sobre os aprendizados que adquiriu. "Eu não lembro de tristeza, mas sim de medos e uma certa ansiedade, mas eu estava muito entregue para a minha cura. Basicamente, foi um ponto de mudança enorme nas minhas prioridades: onde eu estava dando importância, para quê dando importância, e, a partir dali, mudei muito".

Por fim, Reynaldo deixou um conselho não só para quem está passando por uma doença, mas todas as pessoas. "Viva o seu processo. Às vezes a gente faz um plano 'A', mas a vida fala assim: 'não, não é por aí, é por aqui'. Então aceite o que ela está te propondo e veja com o coração aberto. Você vai descobrir tanto amor nas novas possibilidades. Tudo tem muita coisa boa para a gente absorver".

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Nana Caymmi foi casada com Gilberto Gil por dois anos, entre 1967 e 1969. Uma das mais importantes cantoras brasileiras, ela morreu nesta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos.

O relacionamento com o cantor começou após o retorno de Nana da Venezuela, onde morou com o médico Gilberto José, com quem foi casada e teve duas filhas, Stella e Denise. Separada, ela retornou ao Brasil e começou o namoro com Gil.

Naquele período, Nana enfrentava o preconceito do pai, Dorival Caymmi, por ter se separado e tentava emplacar algum sucesso na música brasileira. Ela chegou a vencer o Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros, composta pelo irmão, Dori, mas foi vaiada ao ser anunciada a vencedora da competição.

Gil e Nana se separaram quando o cantor foi passar um período em exílio em Londres, por conta da ditadura militar. Os dois escreveram juntos a canção Bom Dia, que Nana apresentou no III Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, em 1967.

O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

A cantora Nana Caymmi, que morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, fez aniversário no último dia 29 de abril. Internada desde julho de 2024, Nana recebeu uma mensagem da também cantora Maria Bethânia, de quem era amiga.

Bethânia escreveu: "Nana, quero que receba um abraço muito demorado, cheio de tanto carinho e admiração que tenho por você. Querida, precisamos de você e da sua voz. Queremos você perto e cheia de suas alegrias, dons e águas do mar na sua voz mais linda que há. Amor para você, hoje, seu aniversário, e sempre. Rezo à Nossa Senhora para você vencer esse tempo tão duro e difícil. Peço por sua voz e por sua saúde. Te amo. Sua irmã, Maria Bethânia".

Nana e Bethânia tinham uma longa relação de amizade e gravaram juntas no álbum Brasileirinho, de Bethânia, lançado em 2003. Bethânia afirmou mais de uma vez que Nana era a maior cantora do Brasil.

De acordo com informações divulgadas pela Casa de Saúde São José, onde Nana estava internada há nove meses para tratar de problemas cardíacos, a cantora morreu às 19h10 desta quinta-feira, em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos.