MP do Rio cria grupo que mira redução da letalidade e da violência policial

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O Ministério Público do Rio de Janeiro criou um grupo de atuação para promover ações voltadas à redução da letalidade e da violência policial no Estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, 23. Em princípio, a iniciativa está programada para durar um ano, mas pode ser prorrogada.

Na prática, o grupo vai concentrar as demandas relacionadas ao controle externo das polícias e ao monitoramento da regularidade das operações policiais durante a pandemia, que estão suspensas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Três servidores e três promotores vão se revezar em regime de plantão, 24h por dia e sete dias por semana.

Os promotores devem trabalhar em representações, inquéritos civis, termos de ajustamento de conduta, recomendações, ações civis públicas ou de improbidade administrativa, recebimento de denúncias, registro de notícias de violações de direitos fundamentais durante operações, interlocução com entidades da sociedade civil e órgãos públicos, entre outras medidas.

"Com a criação do grupo, o MPRJ reafirma que o tema da letalidade policial, a investigação de abusos cometidos por policiais, e o controle da violação de Direitos Humanos, no contexto do controle externo da política pública de segurança, são prioridades institucionais", afirma a instituição.

A resolução vem na esteira dos debates travados no STF para reformar a política de Segurança Pública fluminense. Nesta semana, foram concluídas as sessões da audiência pública convocada pelo tribunal no âmbito da ação proposta pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) pedindo a intervenção dos ministros na elaboração de um plano de redução da letalidade no Rio.

As reuniões buscaram subsidiar tanto medidas administrativas a serem tomadas pelo governo do Rio de Janeiro quanto os procedimentos para a fiscalização da atuação policial e dos órgãos do Ministério Público do Estado.

A ideia é o que o plano tenha medidas objetivas, cronogramas específicos e previsão dos recursos necessários para sua implementação. O programa deve buscar soluções para três pontos principais:

Melhoria do treinamento dos policiais;

Enfrentamento do racismo estrutural;

Protocolos para uso da força de modo proporcional e progressivo e em conformidade com a Constituição e com os parâmetros internacionais.

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Neste sábado, 3 de maio de 2025, a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, será palco de um dos maiores shows da carreira de Lady Gaga. A cantora retorna ao Brasil após sete anos e traz ao país sua turnê mundial “Mayhem”, com um espetáculo gratuito que promete reunir até 2 milhões de pessoas.

O evento integra o projeto “Todo Mundo no Rio”, uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com a produtora Bonus Track, que visa consolidar o mês de maio como um período de grandes celebrações culturais na cidade. Inspirado pelo sucesso do show de Madonna em 2024, que atraiu 1,6 milhão de pessoas, o projeto busca transformar a orla de Copacabana em um palco para grandes atrações musicais internacionais. 

Lady Gaga, que havia cancelado sua apresentação no Rock in Rio em 2017 devido a problemas de saúde, expressou entusiasmo por retornar ao país. A cantora, que lançou seu oitavo álbum de estúdio, “Mayhem”, em março deste ano, promete um espetáculo visualmente deslumbrante, com coreografias elaboradas e uma produção que dialoga com a energia única do Rio de Janeiro.

A expectativa é que o show movimente significativamente a economia local. Segundo dados da Booking.com e da Decolar, houve um aumento expressivo na procura por hospedagens e passagens aéreas para o Rio de Janeiro entre os dias 1º e 4 de maio, em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

O espetáculo será transmitido ao vivo pela TV Globo, Globoplay e Multishow, permitindo que fãs de todo o mundo acompanhem esse evento histórico.

Para aqueles que desejam participar presencialmente, é recomendável chegar cedo, pois o evento será realizado por ordem de chegada. A organização do evento orienta os participantes a se prepararem para um dia de muita música, emoção e, claro, a energia contagiante de Lady Gaga.

Prepare-se para uma noite inesquecível na orla carioca. Lady Gaga está de volta ao Rio de Janeiro, e a festa promete ser épica!

Nana Caymmi foi casada com Gilberto Gil por dois anos, entre 1967 e 1969. Uma das mais importantes cantoras brasileiras, ela morreu nesta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos.

O relacionamento com o cantor começou após o retorno de Nana da Venezuela, onde morou com o médico Gilberto José, com quem foi casada e teve duas filhas, Stella e Denise. Separada, ela retornou ao Brasil e começou o namoro com Gil.

Naquele período, Nana enfrentava o preconceito do pai, Dorival Caymmi, por ter se separado e tentava emplacar algum sucesso na música brasileira. Ela chegou a vencer o Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros, composta pelo irmão, Dori, mas foi vaiada ao ser anunciada a vencedora da competição.

Gil e Nana se separaram quando o cantor foi passar um período em exílio em Londres, por conta da ditadura militar. Os dois escreveram juntos a canção Bom Dia, que Nana apresentou no III Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, em 1967.

O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.