Marina lança EP com quatro músicas inéditas, além de um songbook com 175 canções

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Marina Lima está de álbum novo. Ou melhor, faz sua estreia em um EP - modelo cada vez mais recorrente na indústria da música. Apenas quatro canções. Ou, como ela prefere chamar, quatro contos. Algo diferente dos álbuns tradicionais, com dez ou doze. "É um formato que eu não conhecia. Tive que acertar o alvo com essas quatro músicas. Elas têm uma razão de ser. Mesmo não sendo um romance - o disco - como no passado", diz Marina.

Junto com o EP Motim, Marina colocou em seu site o songbook Música e Letra, com 175 músicas que gravou em 21 álbuns transcritas pelo músico Giovanni Bizzotto (parceiro da cantora desde os anos 1990) e revisadas pela própria dona da obra.

Os dois lançamentos, embora apontem para direções opostas - passado e presente -, proporcionam, inevitavelmente, um passeio pela obra de Marina, hoje com 65 anos, e ajudam a entendê-la de forma mais ampla. A própria cantora e compositora, que desde o final dos anos 1970 carrega a bandeira do pop romântico brasileiro, mostra-se disposta a essa reflexão na entrevista que fez via aplicativo Zoom para o Estadão.

A música que abre o EP, Pelos Apogeus, percorre justamente esse trajeto. Nela, Marina fala de momentos importantes da vida e carreira, como a infância no Rio de Janeiro, a mudança para os Estados Unidos aos 5 anos - época em que ganhou dos pais um violão para tentar fugir do tédio -, e das "derrapadas" na meia-idade, como ela escreve em canção que assina sozinha.

Foi com o violão nos braços, em terras estrangeiras e estranha para a menina da zona sul carioca, que ela se valeu dos songbooks de nomes como Tom Jobim e Beatles - duas de suas grandes paixões. Por isso, sabe o valor desse tipo de material para quem está começando ou já é um músico.

Marina lançou seu primeiro álbum, Simples Como Fogo, em 1979. A faixa que abria o trabalho era Solidão, de Dolores Duran (1930-1959). "Ai, a solidão vai acabar comigo", dizem os primeiros e dramáticos versos do samba-canção. Recém-contratada na Warner, gravadora que chegava ao Brasil pelas mãos de André Midani (1932-2019), Marina não teve poder de escolha.

Midani, de certa forma, queria que Marina, que já compunha e iria gravar suas canções, se conectasse com a linhagem das compositoras brasileiras. Queria mais, segundo ela. O executivo fez uma lista com diversos tópicos, entre eles, figurinos, amigos e letras. "Não gostei. Fiquei brava. Brigamos e fizemos as pazes anos depois. Midani era um sábio. Eu até entendi o que ele queria quando me pediu que gravasse Dolores ou Maysa. Mas eu não me conectava com aquilo. E, ouvindo hoje, vejo que cantei Solidão de uma maneira infantil", diz.

Marina conseguiu se impor apenas no terceiro trabalho, Certos Acordes, de 1981, o que tem o sucesso Charme do Mundo. A música foi feita em parceria com o irmão Antonio Cicero, de quem ela, aos 15 anos, musicou o poema Alma Caiada. Por intermédio da empresária Lea Millon, conhecida no meio como Tia Lea - e que era, de fato, tia de Marina -, o poema chegou às mãos de Maria Bethânia, que a gravou para o disco Pássaro Proibido, de 1976. A gravação, no entanto, foi proibida pela censura federal da época.

"Eu adoro acorde de violão. A harmonia é o que distingue quem você é no meio musical. A música é o que você sabe que existe entre e no meio das sete notas musicais. É esse o mistério. E Motim é isso. Os dois primeiros acordes fazem dela ser o que é. O resto é natural", diz Marina, agora falando da canção que dá nome ao EP, assinada em parceria com Giovanni Bizzotto e Alvin L., e que carrega sua marca de pop romântico.

Marina também gosta das incertezas. E, no novo trabalho, essa condição aparece em Kilimanjaro, outra em parceria com Alvin L., compositor que deu a ela, em 1991, a canção Não Sei Dançar, com a adesão de Alex Fonseca, produtor do EP ao lado de Marina.

"Como virginiana com ascendente em virgem, acho que ninguém me pega de surpresa. Eu estava quieta fazendo uma música com Alvin e chega o tema do Alex. Mandei para o Alvin e eles criaram outra música. Não queria abrir mão dela, mas não tinha como juntar. O Alex juntou. Deu certo. Quando vem uma tijolada assim, eu fico louca", conta, sobre a faixa que usa elementos eletrônicos, algo com que ela flerta desde 1984, no álbum Fullgás.

Pop ou rock?

Durante muito tempo, Marina recebia telefonemas do cantor Renato Russo (1960-1996), da Legião Urbana. O assunto predileto do amigo era debater se ela fazia rock ou pop. A teoria de Renato era a de que Marina era rock. Ela sempre discordou.

"O Renato amava o rock inglês. Era algo de combatente. Eu amava os Beatles, porém, por ter sido criada nos Estados Unidos, amava mais ainda a música negra americana. Era Motown (gravadora responsável por discos de nomes como Marvin Gaye, The Supremes e Jackson Five), Stevie Wonder. Foi daí que eu bebi. Daí, de Tom Jobim - e da bossa nova que virou moda entre os gringos - e dos Beatles. Dos Beatles vem o entendimento de como compor uma música pop/rock. Entender a estranheza e a beleza do que se faz", explica Marina.

A música que fecha o EP Motim é Nóis, que compôs sozinha e teve a participação de Mano Brown nos vocais. A letra flagra o momento atual em versos que falam da "onda de horror que chegou por aqui", do "vírus matador" e do "essezinho daqui que vai ruir".

E sobre como Mano chegou até Marina, anos atrás, tem a ver com a música negra e o pop. Convidada para uma premiação da MTV, a cantora viu o rapper se aproximar. Brown disse que sempre viu nela a música negra, o canto negro.

Para Nóis, Marina esperava que Mano fosse criar versos que dialogassem com o que ela havia escrito. Juntos no estúdio, ele dizia que estava sentindo que a música tinha certa tensão entre um homem e uma mulher. Ela não enxergava isso. Mano pegou o microfone e fez vocalizes. "Era algo Marvin Gaye, Cassiano, Milton Nascimento. Eu disse a ele que estava lindo, sacro. Ele, marrento, negou. Foi o que deu alma à letra e à melodia que eu criei esperando ele entrar, para o rei chegar", diz Marina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ator David Harbour passou pelo Brasil em novembro do ano passado, quando participou da conferência D23, da Disney, e falou ao Estadão sobre o que os fãs podiam esperar de Thunderbolts*, novo filme da Marvel que acaba de estrear nos cinemas brasileiros.

Contido e com medo de spoilers, o ator bateu na tecla de que o longa mudaria o rumo da Casa das Ideias - uma conversa que, no final das contas, acaba surgindo sempre em entrevistas com atores da Marvel. Mas, algo chamou a atenção: a devoção de Harbour a Florence Pugh.

Espontaneamente, o Jim Hopper de Stranger Things falou sobre a colega de elenco. Vale ressaltar que, até aquele momento, não estava claro quem seria o protagonista do filme.

"Acho que uma das coisas de que mais gosto em Thunderbolts* é que a Florence Pugh é a líder do filme. Acho que ela tem uma força e uma presença. É provavelmente a melhor atriz entre nós", afirmou Harbour, de maneira muito franca. "Fico feliz em ser ator coadjuvante para uma mulher como ela. É menos sobre diversidade e mais sobre capacidade".

Agora, com Thunderbolts* finalmente nas telonas, dá para notar duas coisas: Florence Pugh é realmente uma atriz extraordinária, elevando a qualidade do filme para outro patamar, e Harbour parece realmente uma pessoa feliz em ser a "escada" do elenco.

O papel de Guardião Vermelho

No novo longa-metragem da Marvel, ele interpreta novamente o Guardião Vermelho, herói da época da União Soviética e que também é o emocionado pai da personagem de Pugh. Aqui, ele passa a fazer parte desse time de anti-heróis ao lado de Yelena (Pugh), Soldado Invernal (Sebastian Stan), John Walker (Wyatt Russell) e Fantasma (Hannah John-Kamen).

Nessa equação toda, Harbour é o mais coadjuvante de todos. Pugh é a protagonista absoluta, Stan tem o peso de já fazer parte do universo há bons anos, Wyatt ganha pontos pelo arco dramático em Falcão e o Soldado Invernal e John-Kamen também sai um pouco à frente por já ter aparecido como vilã de Homem-Formiga e a Vespa. Já Harbour apareceu em Viúva Negra, mas nunca assumindo um posto de peso.

Ainda assim, Harbour é uma das almas de Thunderbolts* - e ajuda o filme a ser realmente bom, livrando um peso das costas da Disney. No novo filme, o norte-americano é o alívio cômico da coisa toda, interpretando esse russo exagerado e histriônico que tenta ter mais proximidade com a filha. Não há grande dramaticidade ou momentos importantes do astro.

"Não quero dar nenhum detalhe a mais. Acho que vocês deveriam ver o filme com uma mente aberta, sem expectativas, e então vão perceber que ele realmente se encaixa no universo, mas o leva para uma direção diferente, o que é divertido", explicou o ator ao Estadão, também em novembro, sem dar pistas exatas sobre seu papel de fato no filme.

Especialista em papéis secundários memoráveis

Harbour construiu uma carreira sólida aparecendo em papéis secundários que, invariavelmente, roubam a cena. Antes de seu grande momento como Jim Hopper, ele já havia demonstrado esse talento em obras como O Segredo de Brokeback Mountain (2005), onde interpretou um personagem pequeno mas marcante.

Na TV, Harbour apareceu em séries aclamadas como The Newsroom, onde interpretou Elliot Hirsch, e Manhattan, como Dr. Reed Akley. Em ambos os casos, mesmo sem ser o protagonista, conseguiu entregar performances que ficaram na memória dos espectadores.

Em Hellboy, de 2019, finalmente ganhou um papel protagonista, mas ironicamente não conseguiu o mesmo brilho que tem em papéis menores. Foi em Viúva Negra que ele realmente mostrou sua vocação para ser o complemento perfeito em grandes produções, roubando as cenas como o Guardião - mesmo dividindo tela com Scarlett Johansson.

"Eu acho que há algo no DNA de alguns atores que os torna especialmente bons em papéis de apoio. É preciso ter capacidade de criar algo memorável em pouco tempo", disse o ator em entrevista à Entertainment Weekly em 2023, questionado sobre ser coadjuvante. "Não é sobre quanto tempo você está na tela, mas o que você faz com esse tempo."

Vale lembrar que, recentemente, Harbour também deixou sua marca em filmes como Sem Remorso, ao lado de Michael B. Jordan, e em Agente Oculto, da Netflix - todos como coadjuvante. Neste ano, também está em um pequeno papel em Resgate Implacável, filme com Jason Statham - ele interpreta um colega da época do exército com problemas de visão.

"Acho que posso não ser a estrela principal em muitos projetos, mas sou aquela peça do quebra-cabeça que ajuda a dar forma ao todo", confessou o ator ao The Hollywood Reporter em uma entrevista de 2022. "E, honestamente, isso me agrada muito. Há uma liberdade criativa em papéis coadjuvantes que nem sempre se tem como protagonista."

Reconhecimento além das câmeras

Mesmo com esse destaque como coadjuvante, porém, Harbour se consagrou e fez seu nome. É querido, reconhecido e tietado. Ao Estadão, falou sobre essa relação com os fãs e a relação com a fama.

"Há dias bons e ruins. É bonito quando seu trabalho toca tanto as pessoas que elas sentem no coração e te amam por isso", reflete o ator, que provocou grande euforia ao aparecer em eventos recentes. Mas ele pondera: "Às vezes pode ser difícil, porque uma das coisas que eu realmente gosto é a sensação de anonimato. No fim, esse é um preço que estou disposto a pagar".

Sabrina Sato publicou um texto em homenagem ao marido, Nicolas Prattes, por conta de seu aniversário de 28 anos de idade, comemorado neste domingo, 4. A postagem foi feita junto a um vídeo com diversos momentos do casal em família.

"Viva você! Viva essa sua alma cheia de luz, propósito e uma vontade quase teimosa de viver tudo intensamente. Como eu admiro tudo isso. Estar ao seu lado é como estar num filme que mistura romance, comédia e aventura e você, claro, é o protagonista gato, forte, sensível, inteligente", escreveu.

Em seguida, Sabrina Sato prosseguiu: "Você me faz sair da minha realidade. Quando estou com você, esqueço dos problemas, das crises existenciais e que eu já tinha 16 anos e estava entrando na faculdade quando você nasceu. Porque você transforma tudo em leveza".

"Obrigada por compartilhar essa vida comigo. Você me faz viver algo único. Surreal. Quase um sonho. Só que com beijo bom, risada boba e amor de verdade. Te amo com tudo o que sou e com tudo o que você é e vem. Feliz aniversário, amor da minha vida."

Confira a publicação de Sabrina Sato em homenagem a Nicolas Prattes aqui.

O Dia do Star Wars - também conhecido como Star Wars Day - é comemorado pelos fãs da série neste domingo, 4 de maio. Em homenagem à data anual, um vídeo foi lançado.

Divulgado pelo canal oficial da franquia no YouTube, o material mostra trechos de personagens clássicos dos filmes originais, como Luke Skywalker, C3PO e Chewbacca, alguns da safra dos anos 2000, como Darth Maul, até os mais recentes, como o 'Baby Yoda'. Algumas frases marcantes de personagens também aparecem ao fundo.

Por que 4 de Maio é o Dia do Star Wars?

Para entender o motivo da escolha do Star Wars Day, é necessário observar que na versão original, em inglês, uma das frases mais marcantes do filme: "May the force be with you" ("Que a força esteja com você"). A pronúncia é muito semelhante à do dia 4 de maio, que é "May the fourth". Daí surgiu a referência, feita por fãs até hoje.

Assista aqui