TJ-SP nega recurso de professores contra a volta às aulas

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou nesta quarta-feira, 14, um recurso apresentado pelo sindicato dos professores contra a volta às aulas presenciais em São Paulo. A decisão foi tomada pelo órgão máximo do Tribunal, composto por 25 desembargadores. Segundo informou a Procuradoria Geral do Estado (PGE-SP), "as liminares que impediam a retomada das aulas em todo o Estado foram suspensas por decisões da Presidência do Tribunal".

A volta às aulas presenciais em São Paulo foi autorizada pelo governo estadual a partir de segunda-feira. Na rede estadual, as escolas reabriram para aulas presenciais a partir desta quarta. O retorno, porém, encontra resistência de professores, que temem aumento de contaminação nas escolas. Desde o ano passado, a volta às aulas vem sendo alvo de embates na Justiça.

Os sindicatos argumentavam que uma sentença de março proferida pela juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública, impedia a convocação de professores durante as fases laranja e vermelha do plano de flexibilização da quarentena. A sentença não impede a abertura de escolas, mas indica que docentes e funcionários não poderão ser chamados para aulas presenciais em colégios públicos e privados.

O Estadão apurou que escolas particulares de elite estavam sofrendo pressão de professores para não voltar às atividades presenciais, com o argumento de que a decisão de março limitava a convocação de docentes. Nesta semana, o sindicato das escolas particulares (Sieeesp) divulgou comunicado aos mantenedores afirmando que o Sieeesp não é nem réu nem parte nesta ação e, portanto, professores poderiam ser convocados normalmente. Escolas particulares da capital reabriram nesta segunda, com público menor do que o limite máximo de 35%.

Indagada se a decisão do órgão máximo do Tribunal desta quarta também suspende a sentença da juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti (e não apenas liminares), a PGE reiterou a informação de que "as liminares que impediam a retomada das aulas em todo o Estado foram suspensas por decisões da Presidência do Tribunal". O sindicato dos professores do Estado (Apeoesp), por sua vez, argumenta que a sentença que impede a convocação de professores continua em vigência.

Nina Ranieri, professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), explica que a sentença da juíza Simone Casoretti está com os efeitos suspensos até o julgamento final. O órgão especial do TJ-SP, segundo Nina, confirmou a suspensão dos efeitos da sentença na decisão desta quarta-feira. Dessa forma, os professores estariam obrigados a comparecer nas aulas presenciais em escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo.

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Heleninha Roitman, empoderamento feminino, aborto e carnaval: no Roda Viva desta segunda-feira, 5, Paolla Oliveira reviveu temas que permeiam sua carreira durante a entrevista.

"Quando a gente fala sobre as questões femininas, tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar. Parte tudo do mesmo lugar: ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira que a gente é, escolher ter filhos. Escolher fazer um aborto", explicou a atriz.

"Acho que isso é uma escolha da mulher, e eu sou a favor. É uma decisão da mulher, tem que ser. Acho um grande retrocesso a gente não pensar nisso como uma possibilidade."

A intérprete de Heleninha em Vale Tudo, personagem cuja trama gira em torno do alcoolismo, explicou algumas das motivações do trabalho: "A Heleninha, a gente tem ela quase que como um estereótipo. A mulher da crise, a mulher do escândalo, a bêbada. Para mim, ela é mais. Penso que ela é uma mulher com tantas camadas, desafios, conflitos."

"A novela é super atual [...] Procurei muito sobre as mudanças do alcoolismo de lá para cá, então eu vejo que [o Brasil] mudou bastante, mas que os estigmas continuam", disse, sobre o remake de Vale Tudo.

Paolla também abordou temas relacionados ao empoderamento da mulher, como as críticas ao seu corpo e a visão da beleza.

"De longe, não sou a única mulher a levar isso, mas eu me via nessa roupa. Nessa roupa que não cabia, nessa forma pequena. Precisei arrumar um lugar de libertação."

Questionada sobre sua decisão pessoal de não ter filhos, argumentou: "Eu não tenho mais vergonha de dizer [que não quero ter filhos]. A maternidade é uma coisa tão linda, grandiosa, especial. Tem que ser uma decisão, uma escolha."

Ela, que saiu do posto de rainha de bateria da para voltar às telas da Globo, ponderou sobre o carnaval ser uma celebração cultural e histórica. "Tenho o carnaval nesse lugar muito especial [...] O carnaval virou esse lugar de libertação do corpo."

Ela ainda palpitou sobre quem deveria substituí-la no posto. "Eu acho que deveria ser uma pessoa da comunidade [...] Muito do prestígio que eu tive lá foi por conta de eu estar perto da comunidade. Seria bacana", opinou também.

A entrevista de Paolla para o Roda Viva foi realizada por Carolina Morand, Paola Deodoro, Chico Barney, Marcia Disitzer e Nilson Xavier. A apresentação é de Vera Magalhães.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais.

Miguel Falabella, de 68 anos, recebeu alta hospitalar após passar por uma cirurgia de uma hérnia de disco na última sexta-feira, 2. O ator já está em casa, onde iniciou o processo de recuperação com sessões de fisioterapia.

"Estou em casa, estou bem, caminhando devagarinho. Queria agradecer ao Dr. Davi por ter feito a cirurgia, porque me devolveu o sorriso ao rosto", disse ele em vídeo publicado nas redes sociais. Segundo o ator, o processo de recuperação envolve repouso e acompanhamento fisioterapêutico, já iniciados.

O artista havia comunicado na quinta-feira, 1º, que precisaria se afastar das apresentações do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em cartaz em São Paulo, por conta das fortes dores causadas pela hérnia de disco. Durante sua ausência, o ator Edgar Bustamante assumiu o papel nas sessões, que seguiram até o domingo, 4.

Nas redes sociais, Falabella também agradeceu ao carinho do público e ao apoio recebido nos últimos dias. "Recebi muitas mensagens de gente que teve essa dor e sabe o que é. Obrigado pelas boas vibrações, pois tenho certeza que ajudaram muito."

Sargento Rock, filme inspirado no personagem clássico da DC Comics, foi cancelado pelo estúdio após meses de desenvolvimento. O longa seria dirigido por Luca Guadagnino (Queer) e protagonizado por Colin Farrell. O roteiro estava sendo escrito por Justin Kuritzkes, que trabalhou com o diretor italiano em produções recentes, como Queer e Rivais.

De acordo com o The Wrap, a causa do cancelamento é um mistério, mas o portal descartou qualquer motivo financeiro. Estima-se que a produção, que acompanha um soldado da Segunda Guerra Mundial, custaria menos de US$ 70 milhões, metade do orçamento normalmente disponível para adaptações de quadrinhos.

Mesmo sem Sargento Rock, o calendário de Guadagnino para os próximos anos segue lotado. O diretor comandará uma nova adaptação de Psicopata Americano, livro de Bret Easton Ellis que foi transformado em filme em 2000. Além disso, ele ainda dirige After the Hunt, já em pós-produção, Camere Separate, estrelado por Léa Seydoux (Duna: Parte 2) e Josh O'Connor (Rivais), e uma sequência de Me Chame Pelo Seu Nome, lançado em 2017.

DURÃO

Sargento Rock foi apresentado nos quadrinhos da DC Comics em 1959 e fez sua estreia na edição nº 81 da revista Our Army at War. O personagem é um soldado durão que lutou durante a Segunda Guerra, liderando a Companhia Moleza.

Uma versão de Rock foi apresentada na série animada Comando das Criaturas, escrita por James Gunn, copresidente do DC Studios, e lançada na Max em 2024. O personagem foi dublado por Maury Sterling.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.