CNJ abre ação disciplinar contra desembargador que fez declarações misóginas

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira, 14, por unanimidade, instaurar um processo administrativo disciplinar contra o desembargador Luis César de Paula Espindola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O colegiado também deliberou pela manutenção do afastamento do magistrado, que já havia sido determinado anteriormente de forma cautelar.

A decisão tem como base declarações misóginas feitas por Espindola durante uma sessão do tribunal em julho de 2024, que analisava um caso de assédio envolvendo um professor e uma menina de 12 anos. Na ocasião, o desembargador afirmou que "as mulheres estão loucas atrás dos homens".

"Se Vossa Excelência sair na rua hoje, quem está assediando, quem está correndo atrás de homens são as mulheres, porque não tem homem. Hoje em dia, o que existe é que as mulheres estão loucas atrás dos homens, porque são muito poucos. A mulherada está louca atrás de homem", disse o magistrado durante a sessão.

Diante das falas, o CNJ considerou que o comportamento do desembargador pode configurar violação aos deveres funcionais e à dignidade do cargo, além de contrariar princípios da Lei Maria da Penha. O processo disciplinar pode resultar em sanções que vão de advertência à aposentadoria compulsória.

O caso chegou ao Conselho Nacional por meio de uma reclamação disciplinar apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR). Durante sustentação oral nesta terça-feira, o presidente da entidade, Luiz Fernando Casagrande Pereira, relatou uma série de comportamentos e declarações de Espindola desde a década de 1990, e afirmou que o episódio de 2024 "não é um caso isolado".

"É assustador. São várias manifestações misóginas e repugnantes. É caro ter o desembargador em casa, remunerado, mas caro mesmo é ter ele julgando no TJ do Paraná", disse o presidente da OAB paranaense.

Durante o voto, o corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, destacou a gravidade do caso e afirmou que o desembargador Espindola demonstra um "descaso para com o combate à desigualdade de gênero e à violência contra mulheres e meninas".

O corregedor também apontou que o magistrado apresenta "um padrão de comportamento incompatível com a função pública", com práticas reiteradas de assédio e uma "postura agressiva e discriminatória contra mulheres".

Apesar de estar afastado das funções, Espindola continuou recebendo salário e benefícios. Em setembro, sua remuneração líquida ultrapassou R$ 61 mil, segundo informações disponíveis no portal de transparência do próprio CNJ.

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Jennifer Aniston explicou a decisão de não adotar uma criança. Na semana passada, a atriz afirmou que passou 20 anos tentando engravidar.

"Eu não quero adotar. Quero o meu próprio DNA em uma pessoinha. É a única opção; egoísta ou não, seja lá o que isso for considerado, era o que eu queria", afirmou no podcast Armchair Expert.

Ela passou por um tratamento de FIV (fertilização in vitro), mas não se magoa com o fato de não ter filhos. "Literalmente não há nada que eu possa fazer a respeito."

Apesar disso, a atriz afirmou que o momento em que os médicos lhe informaram que não havia nada que pudesse fazer com que ela tivesse filhos foi muito difícil.

"É algo muito emotivo [...] Há um momento estranho quando isso acontece", finalizou.

Na semana passada, Jennifer Aniston falou sobre boatos de que ela escolheu não ser mãe para poder priorizar sua carreira como atriz.

"As pessoas não sabiam da minha história, nem do que eu vinha enfrentando nos últimos 20 anos tentando formar uma família , porque eu não saia por aí contando meus problemas médicos. Isso não é da conta de ninguém. Mas chega um ponto em que você não consegue mais ignorar", disse à Harper's Bazaar britânica.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A Netflix anunciou que Caramelo, novo drama estrelado por Rafael Vitti e pelo cão Amendoim, chegou ao top 3 global de filmes mais assistidos, sendo o top 1 de língua não-inglesa. O longa ficou entre os preferidos dos assinantes da plataforma em cerca de 81 países.

"Caramelo é uma história 100% criada no Brasil (...) que virou um dos filmes mais vistos no mundo em sua semana de estreia", celebrou Elisabetta Zenatti, vice-presidente de Conteúdo da plataforma no País. "É uma prova de que quando contamos histórias de forma autêntica, elas podem ganhar o mundo."

No novo filme dirigido por Diego Freitas, conhecemos a história da amizade entre Pedro (Vitti), um obstinado chef de cozinha prestes a realizar um sonho, e um vira-lata caramelo que cruza seu caminho para transformar sua visão de mundo bem no momento em que ele recebe um diagnóstico de câncer.

"Eu acho que esse filme foi o maior desafio que eu já tive até hoje, não só pelo fato de eu estar contracenando 90% do tempo com um cachorro", contou Rafael Vitti, em entrevista ao Estadão. "Isso para mim é muito interessante porque ele está sempre me trazendo novos estímulos, não tem como repetir. Eu adoro trabalhar através dessa perspectiva do que pode surgir, e isso acaba sendo inevitável de acontecer quando a gente tem um cachorro em cena."

Além do filme, a Netflix lançou uma campanha de adoção de animais, em parceria com o Instituto Caramelo e 12 ONGs de 15 diferentes estados do Brasil. Saiba mais.

Mel Gibson encontrou um substituto para Jim Caviezel em A Ressurreição de Cristo, sequência de A Paixão de Cristo (2004). O ator finlandês Jaakko Ohtonen foi escolhido para interpretar Jesus na continuação. A informação é da Variety.

Além dele, a cubana Mariela Garriga (Missão: Impossível - O Acerto Final) foi escolhida para viver Maria Madalena, personagem que foi de Monica Bellucci no primeiro filme. Maria, mãe de Jesus, será interpretada pela polonesa Kasia Smutniak, que entra no lugar de Maia Morgenstern.

As filmagens de A Ressurreição de Cristo já começaram, em Roma, na última semana. O longa chega mais de 20 anos depois do filme original, que conquistou uma das maiores bilheterias entre longas independentes da história do cinema. Ainda não há uma data de estreia definida.

A trama começa na Sexta-Feira Santa, três dias após a crucificação de Jesus. De acordo com uma fonte da produção, entrevistada pela Variety, a decisão de escalar novos atores para os personagens principais é coerente por este motivo.

"Eles teriam que fazer tudo isso com CGI, toda essa coisa digital de rejuvenescimento que seria bem custosa", afirmou, uma vez que os atores estão mais velhos e precisariam aparentar ter a mesma idade que tinham em 2004. Caviezel, por exemplo, atualmente está com 57 anos, e a produção teria que deixar seu rosto com aparência de 33.

Anteriormente, Gibson havia informado que o filme seria feito, de fato, com rejuvenescimento digital, em entrevista ao podcast de John Rogan.

Na ocasião, o diretor definiu o filme como uma "viagem de ácido", dizendo que a trama pode mostrar Jesus explorando o Hades, lidando com anjos caídos e vagando pelo Inferno antes de sua ressurreição. "É uma guerra", disse Caviezel sobre voltar ao papel. "Não estou interpretando Jesus, estou pedindo para que ele trabalhe através de mim."