'Menina veneno': quem são as vítimas da estudante de Direito suspeita de matar 4 pessoas

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A estudante de Direito Ana Paula Veloso, presa em julho deste ano, é apontada como responsável pela morte de ao menos quatro pessoas durante cinco meses no Rio de Janeiro e em São Paulo, de acordo com a Polícia Civil de São Paulo.

As investigações indicam que quatro pessoas teriam sido mortas por Ana Paula por envenenamento. A estudante ficou conhecida nas redes sociais como "menina veneno".

Entre as vítimas, estariam o proprietário da casa onde ela morava, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo; uma amiga também de Guarulhos; o pai de uma amiga, no Rio de Janeiro; e um homem de nacionalidade tunisiana, que teria conhecido em um grupo de redes sociais.

Ela também teria envenenado dez cachorros com chumbinho para testar o efeito do veneno. Procurada, a defesa de Ana Paula e de sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, disse, em nota enviada ao Estadão, que tem a intenção de "colaborar com a correta apuração dos fatos e zelar pela proteção dos direitos e garantias fundamentais das investigadas".

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Ana Paula foi denunciada em setembro pelos promotores de Justiça Vania Caceres Stefanoni e Rodrigo Merli Antunes, "estando a ré em prisão preventiva e no aguardo do início de sua instrução processual".

As mortes estão sendo apuradas na Vara do Júri de Guarulhos, "uma vez que a lei processual penal prevê que a fixação da competência para processar e julgar crimes conexos da mesma categoria e com a mesma pena deve se dar no local onde o maior número de infrações foi praticado, no caso, a Comarca de Guarulhos".

Primeiro caso: Marcelo Hari Fonseca

De acordo com a Polícia Civil, Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, foi encontrado morto no dia 31 de janeiro deste ano nos fundos da casa onde Ana Paula morava em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Foi a própria estudante de Direito quem acionou a Polícia Militar após, segundo ela ter sentido um forte odor na residência em que alugava de Marcelo. O imóvel teria sido alugado por Ana Paula e por Roberta Cristina Veloso Fernandes, sua irmã gêmea, que também está presa.

Segundo caso: Maria Aparecida Rodrigues

Em 11 de abril, Maria Aparecida Rodrigues foi encontrada morta em casa, também em Guarulhos. De acordo com o MP, a suspeita de envenenamento surgiu quando a filha da vítima, Thayná Rodrigues Felipe, relatou à polícia que a mãe havia saído, na véspera, com Ana Paula. A suspeita utilizava outro nome ao se apresentar para Maria Aparecida.

Um dia antes da morte, Maria Aparecida visitou a estudante em sua casa, onde teria sido convidada para tomar um café e comer um bolo. No dia seguinte, a filha da vítima encontrou o corpo da mãe e suspeitou do encontro com Ana Paula um dia antes.

Ainda de acordo com as investigações, Ana Paula teria envenenado Maria Aparecida para tentar incriminar um policial militar casado com quem mantinha relacionamento. De acordo com as investigações do 1º Distrito Policial de Guarulhos, após envenenar Maria Aparecida, Ana Paula passou a insinuar por mensagens em redes sociais que a vítima mantinha um relacionamento com o PM.

Terceiro caso: Neil Corrêa da Silva

No dia 7 deste mês, a polícia prendeu Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, acusada de matar o próprio pai, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, com a ajuda de Ana Paula. Michelle foi detida por policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e agentes da Polícia Civil de São Paulo, quando chegava a uma universidade no bairro Engenho Novo.

As investigações apontam que o pai da suspeita morreu após ser envenenado, em abril deste ano, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O homicídio, segundo a polícia, tem relação com outros três assassinatos em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Michele teria financiado a ida de Ana Paula de Guarulhos para o Rio para que fosse cometido o crime contra Neil Corrêa.

Quarto caso: Hayder Mhazres

No dia 23 de maio, a quarta vítima, identificada como o tunisiano Hayder Mhazres, de 21 anos, com quem Ana Paula mantinha um relacionamento amoroso, passou mal em um apartamento no bairro do Brás, na capital paulista.

O corpo não foi exumado e foi transportado para a Tunísia, onde o jovem mantinha laços familiares. Para os investigadores, ele também teria sido envenenado.

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