Filmes que São a salvação dos pais

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Arrumar o que fazer com as crianças durante a pandemia é um desafio e tanto para pais e familiares, ainda mais com o atual descontrole que levou a cidade de São Paulo a antecipar feriados. Faça sua parte e fique em casa. Não vão faltar atrações - algumas até de graça, como a série Cuide-se com a Peanuts, com vídeos curtos educativos em português, disponíveis no YouTube, acompanhados de atividades para baixar para crianças de duas faixas etárias (no site www.peanuts.com, sob a aba Activities, dá para escolher "Brazilian Portuguese"). Veja algumas das atrações fresquinhas:

The Snoopy Show

A amizade de Snoopy e Woodstock, criados por Charles M. Schulz para suas tirinhas, agora ganha uma série só sua - com participação especial dos outros personagens da turma, como Charlie Brown, Lucy, Lino e Patty Pimentinha. "Meu marido pôs tudo de sua vida, da infância à fase adulta, naquelas tirinhas", disse Jean Schulz, viúva do quadrinista e presidente do museu dedicado a ele, em entrevista ao Estadão.

Jean Schulz recorda que, para além da sensibilidade e inspiração em sua própria vida, Charlie M. Schulz era um grande estudioso. "Para fazer uma tirinha com patinação, ele registrou e estudou os movimentos de um patinador olímpico." Mas, no fim, o segredo para criar personagens tão eternos foi um só. "Eles são realistas, têm falhas, mas também traços que reconhecemos e admiramos. Os personagens representam a humanidade."

O próprio criador de Peanuts costumava dizer que gostaria de ter um amigo como Charlie Brown, um menino comum com um coração generoso. Mas, para Jean Schulz, todos nos dão uma grande lição: têm capacidade de perdoar as falhas dos amigos e sempre estão lá para apoiá-los. "Charlie Brown e Snoopy, Snoopy e Woodstock, Lino e Charlie Brown, Lucy e Lino, todos têm suas separações, mas acabam unidos no final."

Onde ver: Apple TV+. Faixa etária: a partir de 4 anos. Tente se sua criança gostar de: Tigrão e Pooh, Turma da Mônica. Assista depois: Waffles + Mochi (Netflix), Snoopy no Espaço (Apple TV+)

PJ Masks

Os pequenos Connor, Amaya e Greg são crianças normais durante o dia. Mas, à noite, transformam-se em Menino Gato, Lagartixo e Corujita e combatem vilões. Na 4.ª temporada, no ar no Disney Junior, eles contam com a ajuda de Newton Star, que ama livros e protege o espaço.

"Nós nos inspiramos no público para criar novos episódios", explicou Olivier Dumont, presidente de Entertainment Family Brand da eOne e um dos produtores executivos, em entrevista ao Estadão. "As histórias são fantasiosas, mas sempre baseadas na realidade." Por exemplo, nesta 4.ª temporada um dos novos vilões é o Pharaoh Boy, que tem um quê de megalomaníaco e emerge de um portal dentro do museu. "O Egito é fascinante para as crianças, então escolhemos esse tema."

Por causa da concorrência com redes sociais e principalmente YouTube, os produtores também pensaram em outros tipos de conteúdo, como jogos e vídeos de caracterização (www.pjmasks.com.br). Outras temporadas também podem ser vistas na Netflix e TV Cultura.

Onde ver: Disney Junior. Faixa etária: 3 a 8 anos. Tente se sua criança gostar de: Patrulha Canina. Assista depois: Kamp Koral: SpongeBob's Under Years (Paramount+), Vampirina (Disney+)

Upside Down Magic - Escola de Magia. Elinor (Izabela Rose), mais conhecida como Nory, e Reina (Siena Agudong) são melhores amigas. As duas garotas de 13 anos descobrem ter poderes mágicos - a primeira consegue se transformar em animais, e a segunda controla o fogo. Elas ficam animadas de ir para a Academia Sage, onde vão aprender a desenvolver suas habilidades, mas, chegando lá, são separadas. Com seus instáveis talentos, Elinor acaba no grupo dos que têm "magia de cabeça para baixo".

"O filme tem uma mensagem ótima sobre o poder das amizades verdadeiras, da identidade própria e conhecer seu valor", disse Rose em entrevista coletiva com a participação do Estadão. "Muitas pessoas estão separadas dos amigos neste momento de pandemia, mas sempre há maneiras de manter o apoio aos amigos." Mesmo separadas, Nory e Reina tentam se manter conectadas. "Acho poderoso ver a maneira que uma sempre checa como a outra está", disse Agudong.

Onde ver: sábado, 3, às 20h, no Disney Channel, e a qualquer hora no Disney+. Faixa etária: 8 a 14 anos. Tente se sua criança e pré-adolescente gostar de: Harry Potter, Descendentes. Assista depois: Fada Madrinha (Disney+).

Flora e Ulisses

Produção para toda a família da Disney é baseada no livro de Kate DiCamillo, fala de Flora (Matilda Lawler), uma menina de 10 anos inteligente e esperta, apaixonada por quadrinhos. Seu pai George (Ben Schwartz) é um autor fracassado e se separou da mãe de Flora, Phyllis (Alyson Hannigan), com quem a menina tem uma relação difícil. Entra um esquilo com superpoderes, Ulisses. "Foi um desafio interpretar com um animal que não estava lá, até porque a Flora tem uma relação tão especial com Ulisses", contou Matilda Lawler em entrevista ao Estadão.

Ben Schwartz acha que o filme é perfeito para a quarentena. "É algo para tirar a cabeça das pessoas dos problemas, colocá-las num espaço de felicidade, fazê-las dormir melhor", disse o ator. "Dá muita felicidade tentar fazer as pessoas rirem neste momento especialmente." A atriz Alyson Hannigan, conhecida por Buffy, a Caça-vampiros e How I Met Your Mother, concordou. "Eu acho que é tudo de que as famílias precisam agora", afirmou. "O filme é cheio de esperança, e parece bobagem, mas é algo bem profundo nesta época que estamos passando. Espero que as pessoas tenham esperança de dias melhores." Onde ver: Disney+. Faixa etária: a partir dos 8 anos. Tente se sua criança gostar de: Bolt, Como Treinar Seu Dragão, O Pequeno Stuart Little. Assista depois: Pequenos Grandes Heróis (Netflix), Dia do Sim (Disney+).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Sabrina Sato leva a sério o ditado de que a melhor fase da vida começa depois dos 40. Foi quando ela viu tudo mudar. Aos 42 anos, separou-se de Duda Nagle, com quem viveu 7 anos e teve uma filha, Zoe, agora com 6 anos. Aos 43, assumiu um namoro com Nicolas Prattes. Prestes a completar seus 44, casou-se com o ator.

Mas Sabrina mal imaginava que poderia se apaixonar depois de uma relação longa e da responsabilidade de criar Zoe. O amor, é claro, vem acompanhado de estereótipos, mas a apresentadora quer provar que nenhum deles é real com Minha Mãe com Seu Pai, reality que acaba de estrear na Globoplay.

A proposta é inusitada: filhos inscreveram os pais de meia-idade para que eles tentem encontrar um novo amor. O que eles não sabiam é que teriam de atuar como "especialistas", decidindo o destino dos pais e acompanhando tudo o que acontece entre eles. Tudo mesmo.

Em entrevista ao Estadão, Sabrina garante ter sido a primeira vez que colocou tanto da sua experiência em um programa. Em Minha Mãe com Seu Pai, ela foi filha, mãe, amiga, confidente e conselheira. "Eu me intrometi até demais", brinca. Foi a atriz que, depois de ver a proposta do formato original, da rede britânica ITV Studios, pediu para assumir o programa. À época, ela estava noiva e grávida de Nicolas - e perdeu o bebê com 11 semanas de gestação.

Por ter sentido na pele o que é amar de novo, a apresentadora conta ter feito o máximo para que os participantes também "se jogassem" no romance. "Minha experiência de estar em um momento muito feliz da minha vida pessoal, de estar amando, de ter encontrado alguém especial e ter dado certo me ajudou a incentivá-los e a falar: 'Gente, vem, vem pular na piscina também, vem para esse lado'."

"Qualquer pessoa que encerra um relacionamento longo e com filhos pensa: 'Agora já era'. Você não consegue nem pensar que ainda pode voltar a amar e ser amada." O peso é ainda maior para as mulheres. No reality, ela decidiu avisar cada participante de que o objetivo é dar-lhes a oportunidade de escolher um parceiro - e não de serem escolhidas. "As pessoas precisam entender que a mulher com mais de 40, 50, 60 anos tem desejos. A mulher que quer encontrar um grande amor está mais viva do que nunca."

ROMANCE

Ao todo, seis homens e seis mulheres participam do programa. A maioria não vive um romance há muito tempo - e há algumas mulheres que chegaram a passar por relacionamentos tóxicos.

Do lado dos filhos, há ciúme. A atriz diz ter se divertido com as reações. "Os filhos viram pela primeira vez o pai ou a mãe beijar na boca. É uma loucura imaginar que a mãe queira fazer outras coisas além de maternar... É maravilhoso", comenta.

A Globo pretende que Minha Mãe com Seu Pai preencha a ausência do BBB 25 e pega carona no crescente gosto do público brasileiro por realities de namoro - como se viu com Casamento às Cegas, da Netflix.

Segundo Gustavo Baldoni, head de Conteúdo de Entretenimento Produtos Digitais da Globo, o Globoplay conseguiu um aumento de 51% de horas vistas de realities no ano passado. Túnel do Amor, reality de namoro apresentado por Ana Clara, é um dos maiores sucessos do serviço de streaming e soma 10 milhões de horas consumidas.

Para ele, o interesse do público pelo gênero envolve curiosidade e identificação. "Todo mundo se relaciona ou já se apaixonou. Há uma curiosidade em observar as questões e os conflitos. Os realities permitem explorar dinâmicas diferentes de relacionamentos, além de gerar muitas conversas", comenta.

EXEMPLOS

Para Sabrina, o gosto dos brasileiros está ligado a um "interesse em tudo que envolve o comportamento humano". "Nós temos tantos problemas e ainda achamos que conseguimos cuidar dos problemas dos outros. Nós também vamos nos baseando nos relacionamentos das outras pessoas para termos como exemplo", diz.

Sabrina não viveu apenas um pouco das experiências amorosas do elenco: ela também já esteve do outro lado da moeda e foi participante do Big Brother Brasil. Diferentemente do elenco do novo programa, ela diz ter enfrentado o receio da família para entrar na casa.

"Meus irmãos falavam: 'Pelo amor de Deus, você vai expor a família inteira. Se você quer trabalhar na televisão, ser apresentadora, nós te ajudamos a fazer algum teste. Mas não inventa de participar do Big Brother'.".

Por entender o quanto é difícil tomar a decisão de participar de um reality, ela resolveu ajudar ao máximo o elenco de Minha Mãe com Seu Pai. "Tem de ter coragem. Na minha vida, ainda mais agora, eu aprendi a valorizar o tempo que eu tenho, a viver os momentos e me preocupar menos com o que os outros vão pensar e mais com o que realmente importa: os meus sentimentos", diz.

O reality terá dez episódios. Quatro deles estão desde quarta-feira, 30, no Globoplay e outros quatro chegarão ao catálogo do streaming no dia 7. A revelação da dupla final vai ao ar no dia 14 de maio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.