Queda de adesão na 2ª dose da vacinação faz prefeituras de SP 'caçarem' idosos

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Depois de constatar a ausência elevada de idosos na aplicação da segunda dose de vacina contra a covid-19, prefeituras do interior de São Paulo passaram a buscar esses pacientes em suas casas. Em cidades como Ourinhos, um em cada quatro idosos com mais de 90 anos deixou de comparecer à segunda aplicação no prazo.

O esquema de imunização contra o coronavírus prevê duas doses, tanto para a vacina do Butantan quanto para a da Fiocruz, as duas que estão sendo aplicadas. O intervalo de tempo entre a primeira e a segunda dose é de até 28 dias para a do Butantã e de 12 semanas para a da Fiocruz. Conforme a Sociedade Brasileira de Imunizações, as duas doses são necessárias para a proteção esperada.

Levantamento da Secretaria de Saúde de Ourinhos, divulgado no último dia 8, mostrou que dos 1.049 idosos que receberam a primeira dose, 276 (26,3%) não compareceram para a segunda aplicação. O prefeito Lucas Pocay (PSD) usou as redes sociais para alertar sobre a situação. "No balanço, é possível observar que mais de um quarto dos idosos não retornaram para a segunda dose da vacina. É importante salientar que sem a segunda dose, a eficácia na imunização contra a covid-19 não atingirá as porcentagens recomendadas pelos laboratórios fabricantes", advertiu.

Para evitar a perda na imunização, a secretaria iniciou a busca ativa dos casos e passou a mandar equipes de vacinação à casa dos não vacinados para aplicar a segunda dose. "Montamos um plano de recall telefônico e presencial para acompanhar as pessoas que não retornaram para a segunda dose e conseguimos reduzir a ausência dos 26% para 12%", disse o secretário Donay Neto. A ausência na segunda dose, segundo ele, aconteceu por vários motivos, como desinformação, desinteresse ou pelo idoso achar que uma única dose seria suficiente.

A idosa Otila Correia de Camargo Lima, de 94 anos, recebeu a segunda vacina em sua residência. A filha, Dinorah de Camargo Lima, de 71, contou que sua mãe estava com dificuldade de locomoção, por isso não voltou ao local onde a vacina era aplicada no sistema drive-thru. "Ela tem artrose e não tivemos como levar, então a equipe veio até aqui e deu tudo certo. Graças a Deus ela está bem, sem nenhuma complicação", disse.

Em São Manuel, a procura dos idosos pela segunda dose da vacina também foi baixa, segundo a prefeitura, mas o problema se deveu principalmente à confusão em relação ao calendário de aplicação. "A gente agendou a aplicação da segunda dose durante a semana, mas os mais idosos acharam que seria em um único dia. Assim, tivemos de reorganizar a aplicação e muitos acabaram não voltando", disse a enfermeira Ana Lúcia Brasílio.

Segundo ela, os idosos que tomaram a primeira dose e não voltaram nos dias agendados estão sendo procurados. "As equipes vão até as casas, inclusive aos sábados e, normalmente, o idoso aceita bem a segunda dose." De acordo com a profissional de saúde, muitos faltosos alegaram que não tinham carro disponível para ir à vacinação. "Temos o cadastro deles e, se demorarem para agendar a vacinação, vamos atrás", explicou.

Em São José dos Campos, a quantidade de idosos acima de 90 anos que não tomaram a segunda dose no prazo caiu de 498 no dia 5 de março para 231 nesta terça, 16. Nessa faixa etária, 1.894 receberam a primeira dose e 1.663 a segunda. Conforme a prefeitura, a vacinação é contínua, seguindo a ordem decrescente de idade, ou seja, primeiro os idosos de 90 anos ou mais, depois os acima de 80 anos e, em seguida, os de 75 ou mais. "Isso quer dizer que, se o idoso com 90 anos ou mais não foi até uma UBS (Unidade Básica de Saúde) tomar a vacina do seu grupo por motivos particulares, ele pode ir à vacinação do grupo com 75 anos ou mais e completar a vacinação", disse a prefeitura.

Em Franca, idosos com mais de 85 anos que receberam a vacina no final de fevereiro tiveram dificuldade de acesso à segunda dose do imunizante. Pessoas que tinham agendado a vacinação foram informadas de que não deveriam comparecer ao posto porque as doses estavam em falta. A prefeitura chegou a suspender a aplicação da segunda dose em idosos com idade entre 85 e 89 anos, mantendo apenas para aqueles acima de 90 anos. Conforme o município, os lotes enviados pelo Estado tinham sido insuficientes para atender toda a demanda, mas a situação já foi normalizada.

Lembrete por mensagem

A Secretaria da Saúde do Estado informou que o governo paulista redistribui as doses de vacina de forma igual para todas as regiões, levando em conta os públicos-alvo da campanha com as respectivas orientações de aplicação. O governo envia lembretes por mensagens de texto às vésperas da aplicação da segunda dose. "Cabe aos municípios executar a imunização e também contatar os ausentes para aplicar a segunda dose em tempo oportuno", disse, em nota.

Segundo a pasta, a execução da campanha, com organização e distribuição das doses, bem como sua aplicação, é de responsabilidade dos municípios. "Estes também são responsáveis por cadastrar devidamente todos os vacinados na plataforma VaciVida, justamente para dar transparência à população e ajudar no monitoramento do ritmo de vacinação", disse.

Eficácia das vacinas

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), os dados de eficácia conhecidos e comprovados em relação às vacinas usadas no País contra o coronavírus referem-se a esquemas com duas doses, "portanto, não podemos nos considerar protegidos com apenas uma dose". As vacinas estimulam o corpo a produzir células de defesa e anticorpos contra o vírus, mas isso não acontece de forma instantânea. No caso da covid-19, as vacinas demoram cerca de duas semanas após a segunda dose para surtir todo o efeito.

Para garantir a eficácia documentada nos estudos, as vacinas devem ser aplicadas de acordo com os intervalos estipulados para cada uma, mas não é preciso recomeçar o esquema em caso de atraso. Basta tomar a dose que falta. "É preciso lembrar que não temos conhecimento sobre a proteção conferida entre as doses, por isso as medidas de prevenção devem ser mantidas", alerta a entidade. Os esquemas de vacinação - primeira e segunda dose - devem ser completados com a mesma vacina.

Em outra categoria

Diogo Defante disse que foi ele, e não Lady Gaga, que teria comprado pizzas para os fãs que esperavam na porta do Copacabana Palace, em 1º de maio. O comediante publicou um vídeo nas redes sociais nesta terça-feira, 6, em que diz ter feito a ação para uma "pegadinha".

Procuradas pelo Estadão, a administração do Copacabana Palace e a assessoria de Diogo Defante não se pronunciaram. O espaço segue em aberto.

No vídeo do YouTube, ele supostamente liga para a recepção do hotel e pede para que entreguem pizzas para os fãs que estivessem na porta do Copacabana Palace, na zona sul do Rio, esperando por Lady Gaga.

Defante também filma os pedaços sendo entregues aos fãs e afirma que pagou por eles para a câmera. Ele é conhecido por pegadinhas e situações similares, em seu quadro "Repórter Doidão".

Anteriormente, ele havia postado nas redes sociais que a cantora que teria enviado as pizzas aos fãs, com a legenda: "A Gaga entregou a pizza, eu entreguei o molho."

Na frase, "molho" é uma gíria que significa alguém com "personalidade" e que se destaca. O humorista se referia à aparição que fez na sacada do hotel, em 1º de maio. Na ocasião, ele cumprimentou alguns fãs que esperavam a cantora no local.

Entretanto, a informação de que as pizzas foram pedidas por Defante não foi confirmada oficialmente. Também pelas redes sociais, internautas destacaram que Gaga teria interagido com vídeos de fãs comendo a pizza e que a própria administração do hotel confirmou que o alimento foi um pedido da cantora.

Ao Gshow, o Copacabana Palace afirmou, na ocasião, que o pedido foi realizado por Gaga.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais.

Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, foi processado pelo compositor Jake Holmes por suposta infração de direitos autorais e quebra de contrato envolvendo a música Dazed and Confused. A ação foi movida na segunda-feira, 5, na Corte Distrital Central da Califórnia, nos Estados Unidos. A editora Warner Chappell e a Sony Pictures também são citadas como rés no processo. A informação é da agência Reuters.

Holmes afirma que Page e Warner violaram um acordo firmado em 2011 ao lançarem versões de arquivo de apresentações ao vivo da música, nas quais apenas Page aparece creditado como autor. Ele também contesta o uso da canção no documentário Becoming Led Zeppelin, distribuído pela Sony Pictures, alegando que não autorizou a reprodução da faixa nem foi remunerado por ela.

Na ação, Holmes pede uma indenização de pelo menos US$ 150 mil (R$ 858 mil na cotação atual) por cada violação, conforme previsto pela lei de direitos autorais dos Estados Unidos. Procuradas pela Reuters, tanto a Warner Chappell quanto a Sony Pictures não comentaram o processo. O advogado de Holmes também preferiu não se manifestar.

Jake Holmes compôs Dazed and Confused em 1967. Mais tarde naquele ano, a canção foi adaptada pela banda Yardbirds, da qual Jimmy Page fazia parte. Em 1969, o guitarrista passou a apresentá-la também com o Led Zeppelin, sem atribuir crédito a Holmes. O primeiro processo entre os dois foi aberto em 2010 e encerrado com um acordo extrajudicial no ano seguinte.

O novo processo sustenta que o guitarrista descumpriu os termos do acordo ao continuar usando a música sem os devidos créditos ou compensação financeira.

A discussão entre as influenciadoras teen Antonela Braga e Duda Guerra, namorada de Benício Huck, tomou as redes sociais com pronunciamentos e desdobramentos que ocorreram nesta terça-feira, 6. As adolescentes se desentenderam após uma viagem que fizeram em grupo, com a participação de outras influenciadoras do ramo.

Segundo os depoimentos de ambas, os maiores desentendimentos foram causados por duas situações em separado. A primeira seria a aproximação de Duda Guerra com Liz Macedo e Júlia Pimentel, que também eram influenciadoras presentes na viagem.

Antonela afirmou que estaria sendo excluída por outras integrantes do "squad", apelido do grupo de viagem das influenciadoras. "Aconteceu a segunda edição do 'squad' que foi essa semana. O pessoal me excluiu. Tenho clareza que quando chego perto de uma pessoa e ela e o grupo dela me olha com cara de nojo, faz desfeita de mim, me ignora, estou sim sendo excluída."

"Lá no 'squad', a Duda se fortaleceu, tomou o lado dela, começou a gravar e criar uma relação com a Júlia Pimentel e com a Liz Macedo", completou.

Outro desentendimento entre ambas ocorreu depois que Antonela pediu para seguir o Instagram privado de Benício Huck, filho de Luciano Huck e Angélica que está em um relacionamento com Duda Guerra.

"A Duda veio de uma forma super grosseira brigar comigo. Falou: 'Por que você está seguindo o meu namorado?'. O namorado dela é filho de pessoas conhecidas, ele é uma pessoa conhecida", justificou Antonela.

Duda Guerra rebateu os argumentos de Antonela em suas redes sociais: "Tudo começou no primeiro dia de viagem, quando meu namorado me mandou print que a Antonela tinha solicitado o 'dix' dele com o dela. Essa conta é privada, só para melhores amigos, coisas que você não postaria em um Instagram normal."

O "dix" é, normalmente, uma conta privada em redes sociais como o Instagram, que é utilizada por pessoas para postagens mais 'intimistas" e com informações pessoais.

"Ela não tem essa intimidade. Eu poderia ter relevado essa situação, mas soube de situações em que ela desrespeitou o relacionamento de outras meninas", completou Duda.

A influenciadora também rebateu o argumento de que teria se aproximado de Liz Macedo e Júlia Pimentel por interesse. Para ela, por ser a influenciadora menos seguida no grupo, qualquer amizade que tivesse seria assim classificada. Ela afirmou, por fim: "Optei por ficar com pessoas com quem me identifico mais. A gente tem que ficar do lado de quem a gente se sente bem."

A mãe de Antonela, Nathalia, também se pronunciou sobre a briga da filha. Ela rebateu os comentários da mãe de Liz Macedo, que supostamente teria evitado se despedir da adolescente após o fim da viagem: "Esta senhora falou que minha filha, Antonela, foi maldosa, agiu de maneira pensada, articulou situações e que só visa marketing e mídias. Ela não estava falando de um adulto, estava falando de uma criança."

"Minha filha foi aconselhada a se despedir de todo mundo. Até que chegou nesta senhora e, quando, foi se despedir, [a senhora] falou: 'Não consigo me despedir'. Minha filha foi recusada. Como você ficaria se isso acontecesse com o seu filho? A adulta negligenciou a minha filha."

Nathalia ressaltou que tanto Antonela quanto as outras influenciadoras envolvidas na situação são adolescentes e que ela, como adulta, não comentaria sobre as atitudes de menores de idade.