Justiça determina que Google quebre sigilo de usuário que ameaçou Felca

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou neste domingo, 17, que o Google quebre em 24 horas o sigilo de um usuário do serviço de e-mail da empresa que ameaçou de morte o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. O Estadão procurou o Google e aguarda o posicionamento da empresa. Os e-mails têm os seguintes dizeres: "prepara pra morrer vc vai pagar com a sua vida" e "vc vai morrer se prepara por sua vida vc corre risco e vc vai pagar com a vida".

O juiz Pedro Henrique Valdevite Agostinho determina que sejam repassados "os dados de identificação vinculados à conta de e-mail, contemplando os IPs de acesso dos últimos 6 (seis) meses, portas lógicas de origem, data, hora, minutos, segundos e milésimos de segundos, bem como quaisquer dados cadastrais aptos a identificar o usuário responsável." O magistrado fixou ainda multa diária no valor de R$ 2 mil, limitada a R$ 100 mil, para o caso de descumprimento.

O tema da adultização entre crianças e adolescentes nas redes sociais ganhou força depois que o influenciador digital Felca publicou, no último dia 6, um vídeo com denúncias após observar o crescimento desse tipo de conteúdo nas redes sociais - um assunto, segundo ele, "pouco falado por quem tem alcance". Após a publicação do vídeo, o assunto também entrou em discussão entre parlamentares e autoridades, que, pressionados a reagir diante de um tema tão importante, prometem definir com urgência uma proposta de regulamentação das redes sociais.

Em 50 minutos, o youtuber mostrou na prática como o algoritmo funciona para entregar conteúdos com crianças e adolescentes para pedófilos e entrevistou uma psicóloga especializada para falar sobre o perigo da exposição nas redes sociais para as crianças e adolescentes.

As denúncias apresentadas por Felca apontaram que o influenciador Hytalo dos Santos sexualiza os conteúdos envolvendo os menores, publicados nas redes, além de manter uma convivência apontada como imprópria com os adolescentes em sua casa. Após o vídeo de Felca, o influenciador e o marido, Israel Nata Vicente - conhecido como Euro -, foram presos na sexta-feira, 15, em Carapicuíba, na Região Metropolitana de São Paulo, acusados pelos crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. A defesa do casal afirma que ambos são inocentes e "sempre se colocaram à disposição das autoridades". Consideram também que a decisão de prisão é uma medida "extrema".

Pelo Código Penal brasileiro, caracteriza-se como tráfico de pessoas quando a vítima é aliciada, comprada ou acolhida por outra pessoa, com propósitos que podem incluir remoção de órgãos, servidão, submissão a trabalho análogo à escravidão, adoção ilegal ou exploração sexual.

Hytalo e Euro são investigados pelo Ministério Público da Paraíba pela suspeita de explorar menores de idade nas redes sociais por meio de vídeos virais que mostram crianças e adolescentes de forma sexualizada, seminuas e ingerindo bebidas alcoólicas em festas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o influencer pagava às famílias dos adolescentes cerca de três salários mínimos para abrigá-los em sua casa. Os menores, sob a tutela de Hytalo, eram chamados de "cria" pelo influenciador. Ainda segundo o MP, o influencer apreendia os celulares das vítimas para garantir que apenas o seu perfil nas redes sociais fizessem postagens, estratégia que concentrava a audiência em suas plataformas.

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A HBO Max divulgou a data de estreia de Meu Ayrton por Adriane Galisteu, série documental que apresenta pela primeira vez a perspectiva da apresentadora sobre o relacionamento com o piloto Ayrton Senna. A série chega à plataforma no dia 6 de novembro, com dois episódios de 45 minutos lançados simultaneamente.

A produção estreia após internautas apontarem que Adriane Galisteu teria sido deixada em segundo plano na série Senna, da Netflix. Nas redes sociais, a apresentadora divulgou a série e comentou: "Depois de 30 anos, esta história também merece ser contada…"

Olhar inédito sobre uma história conhecida

Mais de três décadas após a morte de Senna, Galisteu assume o protagonismo para revisitar um dos relacionamentos mais comentados dos anos 1990. Ao longo dos episódios, ela compartilha lembranças, bastidores e sentimentos que marcaram a convivência com o tricampeão mundial de Fórmula 1, oferecendo um relato pessoal e inédito sobre o período.

A série também conta com depoimentos de amigos e personalidades que acompanharam de perto os últimos anos de vida do piloto, além de imagens de arquivo e momentos pouco conhecidos do público.

De acordo com a plataforma, a proposta da série é permitir que Galisteu apresente sua versão dos fatos com autonomia e sob sua própria narrativa, em um formato documental que mistura entrevistas, reconstituições e passagens por locais marcantes da relação entre os dois.

Criada por Ryan Murphy, Monstro: A História de Ed Gein segue no topo das séries mais vistas da Netflix desde sua estreia, no último dia 3. Inspirada na história real do serial killer estadunidense, a produção é apenas uma das várias adaptações de histórias reais disponíveis na plataforma.

Além de títulos já disponíveis como O Grito, Inacreditável, Enfermeira, Selena: A Série e as outras duas temporadas de Monstro focadas nos irmãos Menendez e em Jeffrey Dahmer, a Netflix prepara para os próximos dias outros lançamentos inspirados em histórias reais. Confira:

Medo Real (série)

Produzida pelo famoso diretor de terror James Wan (Jogos Mortais), Medo Real é uma série documental que recria eventos paranormais assustadores que tomaram conta de tabloides estadunidenses. Usando entrevistas de testemunhas e filmagens que recriam esses momentos de forma imersiva, a série promete sustos e momentos empolgantes tanto para fãs de terror quanto para aqueles que acreditam no sobrenatural.

Medo Real estreia na Netflix nesta terça-feira, 7 de outubro.

Meu Pai, o Assassino BTK (filme)

Meu Pai, o Assassino BTK é um documentário sobre a história diabólica de Dennis Rader, que por anos aterrorizou a área de Wichita e Park City, no Kansas. Apelidado de Assassino BTK por causa de seus métodos sádicos (bind, torture, kill, ou "amarrar, torturar, matar", em português), o serial killer evadiu a polícia por anos, se escondendo no meio de sua comunidade como um respeitado pai de família. Além de especialistas no caso, o longa conta com depoimentos de uma das filhas de Rader, Kerri Rawson, que relata ainda os abusos sexuais que o pai cometeu contra ela na infância.

Meu Pai, o Assassino BTK estreia em 10 de outubro na Netflix.

Ninguém Nos Viu Partir (série)

Inspirada no livro homônimo de Tamara Trottner, Ninguém Nos Viu Partir conta a história real da mãe da autora e sua saga por diversos países para encontrar os filhos após eles serem sequestrados de sua casa no México pelo pai. Motivado por uma traição, o patriarca abre um processo de divórcio e foge para a Europa, e eventualmente para a África do Sul, com os dois filhos do casal sem avisar à mãe. Desesperada, ela aciona diversas autoridades nacionais e internacionais para encontrar o ex-marido e os filhos.

Ninguém Nos Viu Partir estreia em 15 de outubro.

A Vizinha Perfeita (filme)

Usando filmagens adquiridas a partir de câmeras corporais de policiais, A Vizinha Perfeita segue o caso do assassinato de Ajike Owens, de 35 anos, pela vizinha, Susan Lorincz, de 58 anos, em 2023. Mulher branca, Lorincz tinha histórico de intimidação e xingamentos racistas a crianças negras do bairro, fazendo seguidas ligações para a polícia toda vez que os jovens brincavam na rua.

O caso acendeu uma onda de protestos pedindo a revisão da lei de direito à defesa pessoal nos Estados Unidos e maior fiscalização de crimes de ódio.

A Vizinha Perfeita estreia em 17 de outubro.

Taís Araújo tomou café da manhã com Ana Maria Braga na edição desta segunda-feira, 6, do Mais Você. Durante o papo com a apresentadora, a atriz se emocionou ao recordar a trajetória de Raquel em Vale Tudo e comemorou o simbolismo do tapa que deu em Odete Roitman (Debora Bloch) após uma fala racista da vilã.

'Vale Tudo': Quem são os cinco principais suspeitos de matar Odete Roitman?

"É uma realidade do Brasil e do mundo", reflete a atriz ao falar sobre os atos racistas de Odete. "Temos um histórico de colonizadores sequestrando e escravizando pessoas, e a continuidade disso. Se olharmos hoje onde está a maioria da população negra do País, e como ela é tratada e vista, não é muito diferente do que acontecia. O que vivemos hoje é uma herança e um retrato de um País escravocrata. O tempo inteiro a gente precisa se reeducar, como nação."

A cena em questão é considerada uma das mais icônicas do remake. Raquel e Poliana (Matheus Nachtergaele) confrontam Odete após o envenenamento da maionese da Paladar, e a bilionária sugere que a cozinheira saia pela porta de trás após ameaçá-la.

"Não sei se eles aceitam pessoas como você na porta da frente", ela diz, fazendo um gesto com as mãos e referindo-se ao tom de pele da mãe de Fátima (Bella Campos). Raquel desfere um tapa contra o rosto da vilã, e a chama de "racista nojenta".

Taís também chorou durante a entrevista ao relembrar toda a trajetória de Raquel e as questões que a atravessam como mulher brasileira. Para a atriz, a personagem é uma representação da luta de classes sociais e da dificuldade do acesso a oportunidades.

"Ela é uma mulher que me emociona. As questões da Raquel me emocionam, essa mulher que a gente reconhece, que está aí, na base da pirâmide do Brasil, batalhando para criar seus filhos apesar de toda adversidade que esse País proporciona pras pessoas que estão na base da pirâmide", comenta. "Me emociona mais ainda ela não perder a alegria."

Recentemente, Taís adiantou que estava feliz com o desfecho da história de Raquel, após demonstrar descontentamento quando a cozinheira voltou a vender sanduíches na praia. É um final bonito. É, acho que o final que ela merecia ter. Não posso dizer muita coisa, mas estou feliz", disse à Quem.