SP anuncia criação de usina de oxigênio; média diária de mortes aumentou 35,4%

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O governo de São Paulo anunciou durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 22, que vai criar uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto, para atender a demanda de pacientes do coronavírus no Estado, que completa uma semana na fase emergencial do Plano SP. A iniciativa é uma parceria com a Ambev e com a Copagaz, com previsão de lançamento em 10 dias.

Em reunião com empresários nesta manhã, o governador João Doria teria mobilizado a iniciativa privada para aumentar a produção e distribuição de oxigênio no Estado. De acordo com o vice-governador Rodrigo Garcia, a Ambev será a responsável por criar a usina e teria se comprometido a doar integralmente a produção diária de 120 cilindros de oxigênio. Ao mesmo tempo, a Copagaz ficará responsável por usar a sua frota para o transporte e logística dos cilindros, atendendo as redes estadual, municipal, filantrópica e privada.

O governo ainda negou que haja risco de desabastecimento de oxigênio na rede estadual, e que a abertura da usina visa suprir o aumento dessa demanda. "A reunião do governador foi justamente para ampliar a visão e apoio do Estado para todas as redes de São Paulo, mesmo aquelas que não [sejam] de responsabilidade direta do governo", afirmou Garcia.

"Temos um desafio com cilindros porque passamos a ter UTIs em regiões descentralizadas e fizemos uma expansão muito grande da nossa rede, o que trouxe esse desafio de termos os oxigênios através de cilindros, e não de tanques", explicou Patrícia Ellen, secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência da Covid, ainda rebateu as afirmações do Ministério da Saúde feitas nesta manhã, de que a compra dos medicamentos para o chamado "kit-intubação" fosse obrigação dos Estados e municípios. "Mesmo os hospitais privados hoje têm dificuldade de acessar esses materiais, mas fundamentalmente é importante que o governo federal cumpra com a sua parte. O mercado nacional está desabastecido. O Ministério da Saúde, através da Anvisa e com as suas próprias prerrogativas, precisa facilitar a importação e os registros de produtos para que se possa substituir os atuais fornecedores."

No domingo, 21, o Itamaraty pediu ajuda internacional para comprar os insumos necessários ao "kit-intubação". Mas enquanto essa ajuda não chega, o secretário estadual da Saúde Jean Gorinchteyn afirmou que o Estado tem alterado os protocolos vigentes e recomendado o uso dos medicamentos diponíveis para a intubação dos pacientes. "Não faltam kits anestésicos. Temos identificado que algumas regiões chegaram ao seu limite de utilização porque foram solicitados maior número de pacientes necessitando ir para a UTI e ventilação mecânica. Por isso a sua utilização foi maior. Temos um sistema de logística no próprio Estado, que faz com que uma região acabe suprindo a outra", disse.

De acordo com ele, o governo estadual ainda tem antecipado atas de compras para suprir uma demanda emergencial, se esse for o caso. Garcia também anunciou que o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) já oficiou o Ministério da Saúde e aguarda uma resposta sobre a coordenação de insumos para o enfrentamento à pandemia.

Ainda nesta segunda, o Estado registrava uma taxa de ocupação em leitos de UTI de 91,2%, enquanto a região metropolitana da capital chegou a 91,3%. Na coletiva, Garcia reforçou a cobrança para que o governo federal obedeça a determinação do Supremo Tribunal Federal e volte a arcar com o financiamento dessas vagas na rede estadual. De acordo com ele, os repasses feitos até agora só cobrem 20% dos leitos.

"O governo federal tem deixado Estados e municípios brasileiros em uma situação asfixiante. Ele é ausente, seja no oxigênio, no financiamento de UTIs, e faz isso de maneira deliberada. O que estamos vivendo é uma negação ao SUS", afirmou o vice-governador, anunciando que o Hospital de Vila Penteado, na Zona Norte da capital, passará a atender apenas pacientes do coronavírus. Ao todo, serão 196 novos leitos, dos quais 141 são de enfermaria e os outros 55 de UTI. A unidade faz parte da expansão anunciada pelo governo no início do mês.

Avanço da pandemia

De acordo com os dados apresentados na coletiva, a média diária do Estado aumentou 17,7% em novos casos da covid-19, 18,8% nas internações e 35,4% no número de óbitos, quando comparada com a da semana epidemiológica anterior.

Entrega de vacinas

Nesta manhã, o Instituto Butantan entregou mais 1 milhão de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde, totalizando 25,6 milhões de doses repassadas até agora ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

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Lexa relembrou as dificuldades de sua gravidez que levaram à morte da filha Sofia, do relacionamento com o ator Ricardo Vianna. Durante participação no Conversa com Bial, a cantora detalhou o quadro de pré-eclâmpsia precoce - a forma mais grave da doença - que levou à falência progressiva de seus órgãos.

"O processo final da UTI, quando fui ter o parto da minha filha, os meus órgãos começaram a entrar em falência. Porque eu estava chegando no meu limite para tentar tê-la na minha barriga", relatou.

Segundo ela, os médicos insistiram em priorizar sua vida: "Temos que salvar a árvore. Óbvio que vamos tentar salvar o fruto, mas a gente precisa salvar a árvore". Mesmo em meio ao risco, a maior preocupação de Lexa era Sofia. "Ficava em pânico porque eu queria que salvassem a minha filha, mas não tinha muito o que fazer."

O diagnóstico da pré-eclâmpsia precoce foi descoberto inesperadamente, durante um exame de rotina. Ao notar alterações no biomarcador, a médica recomendou internação imediata. "Eu disse: 'Só estou sentindo a minha mão dormente'. Entendi que, de uma hora para outra, acabou, o neném entra em sofrimento. Eu e o bebê estávamos em risco de vida altíssimo", relembrou.

Lexa foi internada com 23 semanas e sabia que não sairia do hospital sem passar pelo parto. A bebê nasceu prematura, com 25 semanas, e morreu três dias depois.

Ao falar sobre o luto, a cantora destacou o papel do companheiro no processo e como muitas mulheres lidam com essa dor sozinhas. "Não tem como superar um filho, é insuperável. Você aprende a conviver com essa dor. E é muito importante ter um parceiro do nosso lado. O Ricardo foi um grande parceiro, mas têm mulheres que não tem um grande parceiro do seu lado e tem que lidar com isso sozinhas."

Ela também contou que, ao saber da morte da filha, quis apagar todas as fotos de Sofia das redes sociais. A decisão veio depois pegá-la no colo pela primeira vez, após a bebê ter tido duas paradas cardíacas. "Ali eu já sabia: 'Pega a Sofia agora porque ela não vai resistir mais'. Peguei minha filha pela primeira vez, peguei para sentir o pesinho dela, e olhei para cada detalhe dela. Virei as costas, deixei minha filha para trás, e disse: 'Eu não quero ver mais nada!' Nesse momento que você perde, você não quer ver ninguém", relatou.

Mas foi a mãe da cantora, Darling, quem insistiu em guardar algumas lembranças de Sofia. Mais tarde, Lexa reconheceu a importância de preservar as memórias: "Dou graças a Deus por minha mãe ter guardado a touquinha. Isso hoje me aquece o coração."

Para lidar com o luto, ela escreveu a canção Você e Eu, que considera um abraço na filha. A música também a ajudou a encontrar forças para retomar a carreira aos poucos. "Que seja o início de um novo recomeço, agora com uma mulher mais forte, mais certa da vida", concluiu.

Lady Gaga deixou um último recado sobre sua estadia no Brasil, no Livro de Ouro do Copacabana Palace, hotel em que ficou hospedada para o show do último sábado, 3, realizado no Rio de Janeiro.

"Copacabana, obrigada por esse momento que nunca esqueceremos. Apreciamos sua gentileza e sentiremos sua falta e a de todas as pessoas do Brasil. Com amor, Lady Gaga", diz a mensagem.

O noivo da cantora, Michael Polansky, também assinou o livro, segundo a postagem das redes sociais do hotel.

Essa não foi a primeira dedicatória da "Mother Monster" para os fãs: Lady Gaga postou uma série de fotos em seu Instagram sobre a apresentação histórica para o público de 2,1 milhões de pessoas.

O Livro de Ouro é considerado um documento histórico, e existe desde 1923. Com assinaturas de Bob Marley, Orson Welles, Walt Disney e Santos Dumont, ele celebra a importância do Copacabana Palace para a cidade do Rio de Janeiro.

Madonna, que integrou o Todo Mundo no Rio em 2024, também deixou um recado no Livro de Ouro. Ela agradeceu pela hospedagem e também comentou sobre a vista para o mar.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Pela segunda vez em dois anos, a inteligência artificial levou Katy Perry ao MET Gala. Durante a edição de 2025 do evento, que aconteceu em Nova York na última segunda-feira, 5, fotos da cantora com um look preto começaram a circular nas redes, apesar de ela não estar nem no mesmo estado da noite de gala.

Em seu Instagram, Perry confirmou que não foi ao MET Gala e que as fotos foram produzidas por IA. "Estou na turnê de Lifetimes (vejo vocês em Houston amanhã na vida real!)", escreveu ela na legenda. "P.S.: este ano eu estava com a minha mãe, então ela está a salvo dos robôs, mas estou rezando por vocês", concluiu a cantora, fazendo referência à vez em que fotos produzidas por computador enganaram sua mãe, Mary Perry, durante a edição de 2024 do MET Gala.

Além de suas "fotos" no tapete vermelho, Perry também compartilhou alguns comentários de fãs que acreditaram nas imagens. "Quem cria os visuais de IA da Katy Perry arrasa toda vez", escreveu um usuário do X, antigo Twitter. "Se eu tivesse um centavo para cada vez que um look da Katy Perry no MET Gala criado por IA viralizasse, eu teria dois centavos, o que não é muito, mas é estranho que tenha acontecido duas vezes", postou outro.

"Estou tão brava que caí nessa", disse uma usuária do TikTok. "IA é perigosa demais, cara. Essa é a segunda vez que eu caí nessa."

Mesmo sem Perry, o MET Gala 2025 contou com a presença de várias estrelas. Zendaya, Demi Moore, Sabrina Carpenter, Serena Williams, Cynthia Erivo, Lewis Hamilton e mais famosos compareceram ao evento, trajando looks elegantes e posando para fotos no tapete vermelho.