CFM proíbe o uso de anestesia geral e sedação para realização de tatuagem

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta segunda-feira, 28, uma resolução que proíbe médicos de realizarem sedação, anestesia geral ou bloqueios anestésicos periféricos para a realização de tatuagens. A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União.

De acordo com o documento, a proibição vale para procedimentos de todos os tamanhos e em todas as regiões do corpo. A exceção são os casos de tatuagens reparadoras e com indicação médica, como a micropigmentação para reconstrução de mamilo e aréola. A regra já está valendo para todo o País.

Nos últimos anos, cresceu o número de relatos nas redes sociais de pessoas que se submeteram à anestesia geral para fazer grandes tatuagens de uma só vez. Embora pareça uma solução prática, especialistas alertam que há riscos. Em janeiro, o influenciador Ricardo Godoi morreu após ser submetido a um procedimento anestésico geral para a realização de uma tatuagem.

"Este é o principal objetivo (da resolução): não podemos banalizar um procedimento anestésico para a realização de um procedimento que não tem indicação médica", diz o relator da resolução do CFM, o conselheiro federal Diogo Sampaio.

O que ainda está permitido?

A nova norma não afeta o uso de anestésicos tópicos, como pomadas analgésicas, que seguem liberadas e são amplamente utilizadas por tatuadores para atenuar a dor. O uso de anestesia local também continua sendo uma alternativa permitida, desde que respeitadas as orientações de uso.

O CFM estabelece condições mínimas de segurança para a prática anestésica, e determina que tais procedimentos ocorram exclusivamente em estabelecimentos assistenciais de saúde que disponham de infraestrutura adequada para o atendimento imediato de eventuais intercorrências.

Quais os riscos das tatuagens com anestesia?

Sampaio lembra que a própria anestesia oferece riscos. "São pequenos, mas existem", resume. Por isso, só devem ser realizadas com indicação médica.

Entre os efeitos adversos da anestesia geral estão náuseas, vômitos e reações alérgicas. Em casos mais graves - e mais raros - pode ocorrer parada respiratória ou cardíaca, especialmente em pessoas com doenças preexistentes.

"Para um ato anestésico ser justificado, o benefício precisa superar claramente o risco", reforça Sampaio.

Além disso, a tinta usada nas tatuagens levanta preocupações. "Tatuagem tem risco? Não. A prática existe há séculos e, até hoje, não se comprovou um perigo significativo relacionado às substâncias utilizadas", pondera Sampaio. O problema é que esses químicos possuem elementos prejudiciais, como metais pesados.

Entre os componentes encontrados estão chumbo, cádmio, cromo e níquel. Eles estão presentes em baixas quantidades, mas, em altas doses ou com absorção repetida, podem se acumular no organismo e causar efeitos tóxicos. As reações vão de inflamações persistentes, alergias de manifestação tardia e formação de granulomas até um possível risco carcinogênico.

"Hoje, a dor impõe um limite natural: ninguém tatua o corpo inteiro de uma vez", explica Sampaio. "O que os tatuadores chamam de 'fechar o corpo' costuma ser feito em várias sessões, espaçadas ao longo de meses." Quando se usa anestesia geral, essa barreira desaparece. O resultado são sessões muito mais longas - com o paciente sedado por até dez horas - e o risco de aplicar grandes volumes de pigmento de uma só vez.

O que dizem os tatuadores?

Segundo Esther Gawendo, presidente da Associação Nacional de Tatuadores - Tattoo do Bem, a decisão do CFM é compreendida pela maior parte da categoria. Segundo ela, menos de 5% dos tatuadores utilizam práticas como sedação ou anestesia geral, principalmente por se tratar de um recurso caro e pouco acessível.

"A gente acata a decisão pensando na maior parte da nossa comunidade e entende que ela protege o cliente. Já havia um debate sobre isso na nossa comunidade desde o início do ano, e a grande maioria - mais de 90% - não faz uso desse tipo de anestesia", afirma.

Ela também reforça que o manejo da dor faz parte da própria essência do processo de tatuar. "A dor protege o cliente, porque permite que ele se manifeste quando algo está incomodando", conclui. Ainda segundo a presidente da Tattoo do Bem, mesmo a anestesia local não é recomendada pela associação, diferentemente das pomadas anestésicas, que são mais utilizadas.

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Gilberto Gil optou por adiar o próximo show da turnê Tempo Rei, que aconteceria no dia 9 de agosto, um sábado, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. A data cairia um dia depois do aniversário de Preta Gil. A filha de Gil faria 51 anos em em 8 de agosto, mas morreu no último dia 20 de julho, em Nova York, aos 50 anos, vítima de câncer.

"O show precisou ser adiado devido à recente perda da querida Preta Gil, filha do artista", esclarece o comunicado divulgado nas redes sociais. O texto ainda informa que as outras datas da turnê de despedida de Gilberto Gil dos palcos estão mantidas.

O cantor de 83 anos ainda vai se apresentar em Porto Alegre (6/9), São Paulo (17 e 18/10), Rio de Janeiro (25 e 26/10), Fortaleza (15 e 16/11) e Recife (22 e 23/11). A turnê deve acabar oficialmente em dezembro, com um show em alto mar no Navio Tempo Rei, que parte de Santos (SP) em 1/12 em uma viagem de três dias, até 4/12, com Gil e convidados.

"A 30e e a equipe de Gilberto Gil estão trabalhando juntos para que a capital paraense possa receber a tão esperada apresentação da última turnê do cantor e compositor. Assim que tivermos novidades sobre a nova data e mais informações comunicaremos pelos canais oficiais da 30e e da turnê", conclui o texto.

A última vez que Preta Gil esteve em um palco foi justamente na turnê de despedida de seu pai. Ela cantou com ele em São Paulo, no dia 26 de abril, e emocionou o público presente na turnê Tempo Rei. Pai e filha escolheram cantar Drão, canção escrita por Gilberto Gil em 1981 para Sandra Gadelha, mãe de Preta Gil e de outros dois filhos dele.

A escritora e artista plástica Jacira Roque de Oliveira, também conhecida como Dona Jacira, morreu nesta segunda-feira, 28, aos 60 anos. A artista é mãe dos músicos Emicida e Evandro Fióti.

"É com profunda tristeza que informamos o falecimento de Jacira Roque Oliveira, a Dona Jacira, aos 60 anos de idade", afirmou uma nota divulgada nesta segunda-feira, no perfil do Instagram de Jacira. A causa da morte não foi divulgada pela família, mas Jacira vivia com Lúpus e estava hospitalizada em São Paulo há alguns dias.

"Mãe, avó, escritora, compositora, poeta, artesã e formada em desenvolvimento humano, como gostava de ser reconhecida. Dona Jacira foi uma mulher detentora de tecnologias ancestrais de sobrevivência e resistência que construíram um legado enorme para as artes e para a cultura afrobrasileira", continuou o comunicado.

"Esse legado será levado adiante por sua família e todas as pessoas que tiveram suas vidas impactadas e transformadas por sua presença de cuidado, amor, luz e fé neste plano", finalizou a nota, assinada pelos quatro filhos de Dona Jacira - Evandro, Katia, Katiane e Leandro.

Além de ser mãe de dois dos nomes mais importantes do cenário do rap nacional, Dona Jacira também atuou como escritora e artista plástica. Em 2018, lançou sua autobiografia Café e, alguns anos depois, criou uma linha de bonecas artesanais. Ela também apresentava os podcast Café com Dona Jacira e Estórias de Família.

Justin Bieber postou no domingo, 27, algumas fotos de sua intimidade com Hailey Bieber e o filho deles, Jack Blues Bieber, de 11 meses. O casal apareceu lendo um livro infantil para o bebê, que completará 1 ano em agosto.

Discretos, eles ainda não mostraram o rosto do filho, que é o primeiro do casal. A gravidez também só foi anunciada três meses antes de Hailey dar à luz.

Casados desde 2018, Hailey e Justin Bieber anunciaram o nascimento de Jack Blues Bieber em 23 de agosto de 2024, quando o cantor publicou um registro do pezinho do bebê junto à mão da esposa e mãe.

Em seu álbum SWAG, lançado no último dia 11, Justin Bieber aborda a paternidade na música Dadz Love ("O Amor do Papai", em tradução livre). Além disso, o álbum como um todo explora temas pessoais, incluindo a relação com Hailey Bieber e a espiritualidade do cantor.