Velório reúne mais de 90 mil; delegações de 130 países estarão em funeral

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Até as 19 horas desta quinta-feira, 23, cerca de 90 mil pessoas já haviam passado pela Basílica de São Pedro para se despedir do papa Francisco, segundo informações do Vaticano. O velório será encerrado nesta sexta, 25, e o funeral ocorre no sábado. 26, com a presença já confirmada de 130 delegações internacionais.

O segundo dia de despedidas teve um fluxo menos intenso de peregrinos e filas mais organizadas. Fiéis relataram ter enfrentado apenas 15 minutos de espera ao fim da tarde na capital italiana. Mas houve picos no fluxo de visitantes em alguns horários.

O dia anterior teve relatos de até cinco horas de fila, e gente entrando na basílica até as 5h30 de ontem. As visitas foram suspensas por 1h30, apenas para realizar a limpeza na igreja.

Muitos grupos de jovens marcaram presença no velório. Eles estavam em Roma para a canonização de Carlo Acutis, que ocorreria no domingo, 27, mas foi cancelada após a morte do pontífice. "Vínhamos para a canonização, mas fomos surpreendidos com a morte do papa. De todas as formas, estamos felizes de poder nos despedir do papa Francisco, e estaremos no funeral no sábado", afirmou a hondurenha Suyapa Yanes, coordenadora de um grupo de adolescentes que veio da diocese de Wilmington (EUA).

Na fila, uma vestimenta frequente é a da seleção argentina. "É muito forte para um argentino viver isso aqui. Acompanhamos de perto a saúde do papa e é muito inspirador ver como ele foi muito forte, que sempre ia adiante e vivia tudo com senso de amor. Nós, argentinos, temos muito a aprender com ele", afirma a psicóloga Rosario Romero.

O mesmo sentimento era visto entre brasileiros. "Estamos ansiosos por participar deste momento", disse o capixaba Tiago Ventura. "Chegamos em Roma há dois dias e ontem não encaramos a fila, mas hoje estamos dispostos a esperar duas horas para vê-lo."

Hoje, o Vaticano espera uma quantidade maior de pessoas por causa do feriado na Itália (Dia da Liberação), do tempo menor para a visitação e da concentração de quem chega para participar do funeral.

Família

Um dos sobrinhos de Francisco, Mauro Bergoglio, viajou da Argentina para Roma para estar presente no funeral de seu tio graças a uma doação privada. "Nunca pedi um favor, me ofereceram e a verdade é que aceitei porque era a única possibilidade que eu tinha para me despedir dele", disse o filho do falecido Oscar Bergoglio, à Radio Mitre da Argentina.

Mauro, um enfermeiro que reside em Buenos Aires, havia expressado na segunda-feira, 21, em um programa do canal de televisão A24 que queria viajar, mas não podia pagar. Após a entrevista, uma empresária doou as passagens, segundo a imprensa local. "Nunca pude vir à Roma", disse emocionado o sobrinho.

O caso criou uma polêmica com a comitiva oficial argentina, que será liderada pelo presidente Javier Milei, e viajou ontem. Nahuel Sotelo, secretário de Culto (cargo para a relação da Argentina com a Santa Sé) disse no X que ofereceu viagem ao sobrinho do papa, mas este recusou a oferta. Na verdade Sotelo estava se referindo a José Bergoglio, outro sobrinho de Francisco.

Evento internacional

O Vaticano confirmou até ontem o registro de 130 delegações estrangeiras para o funeral do papa Francisco. Segundo a Secretaria de Estado, a lista inclui 50 chefes de Estado e dez reis.

Entre as principais autoridades que estarão na Praça de São Pedro estão: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa; o primeiro-ministro da Inglaterra, Keir Starmer; o rei da Espanha, Felipe VI; o príncipe Albert II, de Mônaco; o presidente da Alemanha, Frank Walter Steinmeier; o presidente da França, Emmanuel Macron; o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky; e o secretário-geral da ONU, António Guterres.

Entre os casos curiosos está o do Peru. O Congresso local recusou o pedido da presidente Dina Boluarte para assistir ao funeral. Pela lei peruana, o presidente não pode deixar o país sem autorização. Foram 45 votos contrários, 40 a favor e uma abstenção. O chanceler Elmer Schialer representará o Peru no lugar da presidente. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O mais novo filme da franquia Homem-Aranha, intitulado Homem-Aranha: Um Novo Dia, ganhou um teaser nesta sexta-feira, 1º, data em que se também celebra o Dia do Homem-Aranha. O vídeo, com cerca de 10 segundos, revela detalhes do novo uniforme do herói. Veja abaixo:

Anunciado em 2023, o quarto filme da saga conta com o retorno de Tom Holland e Zendaya aos papéis principais. A atriz Sadie Sink (Stranger Things) também foi confirmada no elenco da nova produção, cujas gravações devem se iniciar em breve.

Até o momento, os detalhes da trama seguem em sigilo, mas a história deve se concentrar no núcleo urbano de Nova York, cidade natal do herói. As filmagens já estão em andamento em Glasgow, na Escócia, que foi ambientada para representar o cenário nova-iorquino.

O longa está sendo produzido por Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, e Amy Pascal, ex-chefe da Sony Pictures. Homem-Aranha 4 tem estreia prevista para 31 de julho de 2026.

A vida é feita de coincidências, algumas bonitas e tristes ao mesmo tempo. Quando veio à Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, em 2011, o português Valter Hugo Mãe lançava o livro O Filho de Mil Homens, muito inspirado pela sua relação com seu sobrinho, Eduardo. Em 2025, ele retorna à festa para divulgar a adaptação cinematográfica do livro em meio ao luto pelo garoto, que morreu vítima de câncer aos 16 anos.

Esse foi um dos temas da mesa com a participação do escritor, que ocorreu no início da tarde desta sexta, 1º. A morte do sobrinho, muito próxima à morte de uma amiga muito querida de Hugo Mãe, Isabel, foi catalisadora para a escrita de Educação da Tristeza, livro que ele está lançando agora no Brasil, pela Biblioteca Azul, que publica sua obra no País.

Mas, mesmo falando de luto, o escritor se recusou a deixar a conversa ser triste. Foi ovacionado em sua entrada, com direito a aplausos e assobios. Logo na primeira pergunta, que falava sobre o luto, mudou o tom, brincou sobre sua aparência na tela, fez piadas, atraiu risadas e, depois, justificou: "Não estou interessado em transformar meu patrimônio, minhas memórias, em uma coisa triste."

Hugo Mãe explicou que seu mecanismo é sempre tentar contar essas histórias de forma leve. E mesmo quando tudo estava desabando - quando a amiga morreu, o sobrinho já sabia que seu estado era terminal e a mãe, que ele cuida, sofria com toda a situação -, o escritor se segurava e guardava o choro para quando estava sozinho.

O Filho de Mil Homens

Ele lembrou sobre a inspiração para O Filho de Mil Homens. Tinha medo de ter filhos, achava que não era pra ele. Quando começou a cuidar de Eduardo, que ficava com ele todas as segundas-feiras quando era criança, tudo mudou. "Entendi que tinha sonhado tudo errado. Sempre sonhei com coisas tolas", disse.

Na trama, está Crisóstomo, um pescador solitário que, aos 40 anos, decide mudar seu destino e encontrar companhia. Sua vida muda quando ele encontra Camilo, um menino órfão que Crisóstomo decide acolher para satisfazer seu sonho de ter um filho.

O filme será lançada pela Netflix ainda este ano, com direção de Daniel Rezende e estrelado por Rodrigo Santoro. Hugo Mãe diz que não quis se envolver muito diretamente na produção. "Tinha medo de criar algum ruído", disse. Mas está satisfeito com o resultado do longa, tanto que disse, naquele tom entre a brincadeira e a verdadeira, que tem medo do livro cair no esquecimento.

Isso não deve acontecer, especialmente no Brasil, onde o livro foi tão bem recebido. "A maneira como os leitores brasileiros reagiram ao livro foi muito espantosa. Teve uma dimensão descomunal", lembrou Hugo Mãe. O escritor disse ainda que, quando está triste, recorre a essas memórias, de pessoas que o contaram como o livro mudou a vida delas.

Quando veio o anúncio de que a mesa estava chegando ao fim, a plateia lamentou. Hugo Mãe foi aplaudido de pé, comprovando o status de fenômeno que ganhou desde sua última participação na Flip.

O surfista Pedro Scooby revelou nessa quinta-feira, 30, detalhes sobre suas finanças pessoais e como sua esposa, a modelo Cintia Dicker, lhe ajudou em um momento delicado durante a pandemia. Em entrevista ao podcast do Alt Tabet, do humorista Antonio Tabet, o esportista relembrou que, no começo da pandemia de covid-19, optou por se mudar para Portugal para viver perto da namorada. Os dois estavam juntos há poucos meses.

Com as praias fechadas e o surfe mundial paralisado, a situação de Scooby não era das melhores. A modelo, então, decidiu ajudar o namorado. "Como ela ganhou a vida inteira em dólar, doía bem menos nela do que em mim. Ela foi a pessoa mais de boa do mundo, falou: 'Cara, ganho em dólar, deixa comigo'", afirmou o surfista.

"Teve uns meses que eu estava fazendo conta para caramba, e ela bancou, foi a pessoa mais parceira do mundo. Ela é, até hoje, a minha parceira. Me comprou na baixíssima", disse Scooby rindo. Os dois estão juntos desde 2019 e têm uma filha de dois anos, Aurora.

O surfista também falou sobre os comentários negativos que costuma ouvir sobre um suposto interesse maldoso da esposa. "Quando comecei a namorar ela, falavam que ela só estava comigo por interesse. Quando começamos a namorar, ela tinha muito mais dinheiro que eu. Se bobear, ainda tem."

Com uma carreira sólida no mercado de moda internacional, Cintia Dicker atua como modelo desde os 16 anos e está acostumada a fazer desfiles para grandes marcas. "Quando vi ela pela primeira vez, achei que fosse gringa, porque estava em um banner na Times Square do tamanho de um prédio, de uma marca de lingerie", brincou Scooby.