Procurador de SP quer 'ação autônoma' para confiscar todo patrimônio de facções do crime

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Em meio ao desafio do crime organizado que se alastra pelo País e convencida de que não basta apenas prender as lideranças, a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo elaborou um anteprojeto que pode representar um golpe importante contra facções que multiplicam seu patrimônio móvel e imóvel aqui e no exterior. O texto, entregue na semana passada ao ministro Ricardo Lewandowski (Justiça), prevê a adoção da ação civil autônoma de perdimento de bens ou extinção de domínio - na prática, o Ministério Público e também a União, Estados e municípios poderão pleitear à Justiça a perda de patrimônio do crime organizado.

O anteprojeto foi levado ao Ministério da Justiça na semana passada pelo chefe do Ministério Público paulista, procurador Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. Sua meta é sufocar as finanças do crime, uma aspiração antiga dos investigadores.

A proposta do Ministério Público foi coordenada pelo Núcleo de Apoio Especializado em Organizações Criminosas, Lavagem de Dinheiro e Corrupção, ligado ao Centro de Apoio Operacional Criminal da Procuradoria. Ela contém pontos a serem alterados na Lei 12.850/2013, a Lei de Organizações Criminosas, aumentando o poder de fogo do aparato estatal contra as facções.

Oliveira e Costa esclarece que o objetivo é incluir na legislação mecanismo de extinção dos direitos de posse e propriedade e de todos os demais direitos, reais ou pessoais, sobre bens de qualquer natureza ou valores, que sejam produto ou proveito, direto ou indireto, de atividade ilícita ou com a qual estejam relacionados.

Frequentemente, promotores que combatem grupos marginais - inclusive com ousado poder de infiltração em setores da administração pública -, ingressam em juízo com pedidos de confisco de bens, mas esbarram em uma legislação frágil e, não raro, na benevolência de tribunais que, em diversos casos, autorizam a devolução de carros de luxo, fortunas em dinheiro e até lanchas e helicópteros adquiridos via tráfico internacional e outros delitos.

A ação civil autônoma de perdimento de bens ou extinção de domínio é uma ferramenta que mira diretamente o sequestro de ativos do crime. O Ministério Público e entes governamentais poderão recorrer ao Judiciário pela "perda de patrimônio que proceda de atividade ilícita, seja utilizado para a prática de crime, esteja relacionado ou destinado ao delito, sirva para a ocultação de bens obtidos indevidamente e resultem de qualquer negociação a partir de acumulação delituosa".

O alcance do texto é amplo e cerca atividades criminosas em seus mais variados campos de atuação. Veja quais:

- Extorsão mediante sequestro

- Tráfico internacional de pessoa com fins de exploração sexual

- Tráfico interno de pessoa com fins de exploração sexual

- Peculato

- Inserção de dados falsos em sistema de informações

- Concussão, corrupção passiva, corrupção ativa

- Exploração de prestígio, tráfico de influência

- Corrupção e concussão de funcionários do Fisco

- Comércio ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de arma de fogo

- Delitos previstos na Lei de Tóxicos, Lei de Organização Criminosa, Lei de Lavagem de Dinheiro e os de natureza ambiental

O procurador-geral de Justiça de São Paulo avalia que a proposta da ação, se aprovada, levará os autores desses crimes a amargarem "um risco muito maior de perder o que foi acumulado a partir da prática de ilícitos".

Na semana passada, Oliveira e Costa foi a Brasília e se reuniu com Lewandowski e com o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo. O procurador-geral pediu que o governo federal patrocine a tramitação da proposta no Congresso.

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Solteira desde o final de maio e agora oficialmente divorciada de Zé Felipe, Virginia Fonseca estaria se aproximando de Vini Jr., camisa 10 da seleção brasileira e jogador do Real Madrid. Ao menos é o que especulam os fãs da influenciadora que a acompanham diariamente nos stories do Instagram, onde ela posta sua rotina.

Os boatos começaram depois que Virginia se despediu dos seguidores às 21h do último sábado, 19, dizendo que já iria dormir. No dia seguinte, domingo, 20, o comportamento da influenciadora em uma live de sua empresa de cosméticos, a WePink, levou fãs a especularem que ela estava de ressaca. A data coincidiu com a festa de aniversário de 25 anos de Vini Jr., que aconteceu no Rio de Janeiro.

Coincidências

A suposta ressaca de Virginia foi o suficiente para os fãs conectarem alguns pontos. Ela e o jogador já estavam trocando curtidas nas redes sociais. No fim de semana da festa de Vini Jr., Virginia estava em sua mansão de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, próximo ao local onde aconteceu o aniversário do jogador.

Outra coincidência notada pelos fãs mais atentos é que Vini Jr. pediu para que os convidados da festa usassem roupas pretas, e Virginia embarcou em seu jatinho para São Paulo no domingo vestindo preto, acompanhada da amiga Duda Freire, que também vestia roupa preta. O jogador teria proibido celulares na festa.

Indiretas

Zé Felipe, ex-marido de Virginia, foi o primeiro a soltar uma suposta indireta sobre a situação. O cantor, que é nascido e vive em Goiânia, postou uma foto no Rio de Janeiro vestindo uma blusa com o número 10 nas costas e a seguinte legenda: "Em Goiânia tem o 10", uma suposta referência ao número da camisa do jogador da seleção brasileira.

Já Virginia não se pronunciou oficialmente sobre ter ido ou não à festa de Vini Jr., mas postou uma mensagem enigmática em seus stories na terça-feira, 22, após a onda de boatos. "Faça de mim, senhor, uma pessoa sábia para que eu saiba enfrentar qualquer situação por mais difícil que ela seja", dizia o texto.

'Falha' da mãe

Já Margareth Serrão, mãe de Virginia e que estava junto com a filha em Mangaratiba, curtiu - sem querer, segundo ela -, um post que sugeria a indireta do seu ex-genro ao jogador de futebol. Após a repercussão entre os fãs da influenciadora, a assessoria de Margareth soltou um comunicado. "Ela curtiu o post sem querer e não ia fazer isso nunca", dizia o texto.

Virginia voltou para Mangaratiba depois de passar o domingo em São Paulo. Ela ficou até terça-feira na mansão no Rio acompanhada da mãe, dos três filhos, de amigos e da irmã e cunhada de Zé Felipe, que estão mais próximas da influenciadora depois da separação do casal.

Francisco Gil, de 30 anos, relatou a conversa que teve com Gilberto Gil após a morte de Preta, sua mãe. Gil confortou o neto - único filho da cantora: "Que agora venham os 50 bilhões de anos." No ano passado, Preta lançou uma autobiografia intitulada Os primeiros 50.

Em suas redes sociais, Francisco completou a frase do avô: "Estenda-se infinito, mãezinha. A gente que é de axé sabe que a morte não é um fim".

Preta Gil morreu aos 50 anos no último domingo, 20, nos Estados Unidos, em decorrência de um câncer que tratava desde 2023.

O filho da cantora também reviveu seus últimos momentos na postagem: "Na nossa última noite juntos, você dormia e eu acompanhava cada respiração sua. Você segurava minha mão com força… e eu sem entender de onde você estava tirando aquela força. Já faz muito tempo que venho tentando entender de onde vem essa sua força toda... e agora entendo."

"Ter o seu amor foi um impacto grande pra qualquer um e eu nunca me incomodei de dividir ele com ninguém, porque foi você quem me ensinou que o amor não se limita", escreveu também.

Gominho compartilhou, nesta terça-feira, 22, imagens da mansão onde viveu com a amiga Preta Gil, que morreu no domingo, 20, aos 50 anos. A residência está localizada no bairro do Joá, na zona oeste do Rio de Janeiro, e possui vista privilegiada para o Cristo Redentor.

A propriedade foi lar da cantora por vários anos, antes de ela ir para os Estados Unidos em busca de um novo tratamento contra o câncer. Nas imagens publicadas, é possível ver detalhes da vista e da área externa da casa, marcada por natureza abundante e ampla iluminação natural.

No story, Gominho escreveu: "Foi intensa, mas deliciosa nossa morada por aqui!! Obrigado por me abrigar para além do seu coração."

Após a morte da cantora, o apresentador revelou que está procurando um novo local para viver. Em meio ao luto, ele também mencionou a dificuldade de encontrar um imóvel acessível na capital fluminense.

"Tá brabo de achar alguma coisa boa e em conta no RJ pra alugar! Senhor, que cidade cara! […] Marquei visita quinta num apartamento no centro! Veremos…", publicou no X (antigo Twitter).