Líder do governo e sistema de fomento articulam PL para ampliar financiamento do FNDCT

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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e instituições públicas de fomento se mobilizam no Congresso para ampliar o financiamento à inovação por meio do superávit financeiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Hoje, o estoque do FNDCT já chegou a R$ 22 bilhões e, para ser utilizado, depende de o governo enviar um projeto de crédito complementar ao Congresso. Para poupar esse volume de restrições fiscais, Wagner propôs que esses recursos não sigam a regra segundo a qual 50% do orçamento anual do FNDCT precisa ir para projetos não reembolsáveis - ou seja, operações que têm impacto no resultado primário.

Dessa forma, esses recursos adicionais também ficariam livres da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que autoriza que até 30% das receitas destinadas ao FNDCT sejam usadas no orçamento para outras finalidades.

"O resultado disso é que a desvinculação de 30% das receitas do FNDCT afeta na mesma medida as duas modalidades, ainda que a modalidade não reembolsável seja, de fato, a destinatária da regra, por ser aquela que produz efeito primário. O objetivo desta proposição legislativa é aperfeiçoar este arranjo, para que a modalidade reembolsável não seja prejudicada por uma regra que tem como destinatária a modalidade não reembolsável", argumentou o líder do governo no Senado em projeto apresentado no dia 11 de março.

A proposta entrou na lista de prioridades da Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Sistema Nacional de Fomento para o Financiamento do Desenvolvimento (FPSNF), que lançou nesta terça-feira, 01, sua Agenda Legislativa 2025. A frente tem o apoio da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que tem entre suas associadas bancos de fomento e instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que precisa dos recursos do FNDCT.

"O projeto permite acessar os recursos depositados do FNFDC. Temos que tirar o dinheiro de lá para financiar a inovação", disse o presidente da Finep e da ABDE, Celso Pansera, no evento da frente. Em entrevista ao Broadcast em fevereiro, Pansera antecipou que estava negociando com o governo formas de ampliar o acesso a recursos de financiamento à inovação. Segundo ele, o aperto monetário conduzido pelo Banco Central não esfriou a demanda por crédito nessa área.

"O que o projeto propõe é que, ao longo do exercício, possa haver créditos adicionais, canalizando recursos do Fundo arrecadados em exercícios anteriores (e que, do contrário, ficariam parados) para a modalidade reembolsável. Tendo em vista o atual arcabouço fiscal, a aprovação da presente proposta canalizaria recursos para a modalidade reembolsável, dando ao FNDCT maior capacidade para realizar operações sem comprometer regras fiscais, mantendo a regra de, no mínimo, 50% dos recursos voltados ao não reembolsável na elaboração da LOA", disse Wagner sobre a proposta.

No pacote fiscal do governo aprovado no fim do ano passado, a equipe econômica conseguiu emplacar a previsão de que o superávit financeiro de cinco fundos possa ser usado na amortização da dívida pública até 2030. O FNDCT, por sua vez, não está nesta lista.

Na Agenda Legislativa para 2025, a Frente também elencou entre outras prioridades o PL 2669/2024, da subrogação automática de créditos, o PL 7063, que estabelece um marco legal das PPPs, e o PL 5719/2023, que trata do crédito à exportação pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Justin Bieber postou no domingo, 27, algumas fotos de sua intimidade com Hailey Bieber e o filho deles, Jack Blues Bieber, de 11 meses. O casal apareceu lendo um livro infantil para o bebê, que completará 1 ano em agosto.

Discretos, eles ainda não mostraram o rosto do filho, que é o primeiro do casal. A gravidez também só foi anunciada três meses antes de Hailey dar à luz.

Casados desde 2018, Hailey e Justin Bieber anunciaram o nascimento de Jack Blues Bieber em 23 de agosto de 2024, quando o cantor publicou um registro do pezinho do bebê junto à mão da esposa e mãe.

Em seu álbum SWAG, lançado no último dia 11, Justin Bieber aborda a paternidade na música Dadz Love ("O Amor do Papai", em tradução livre). Além disso, o álbum como um todo explora temas pessoais, incluindo a relação com Hailey Bieber e a espiritualidade do cantor.

Conhecida do grande público por interpretar Flávia na temporada de 2004 de Malhação, da TV Globo, a atriz Thaís Vaz, atualmente com 44 anos, usa a trajetória para dar visibilidade a temas como violência de gênero, capacitismo e superação. Ela relembrou um episódio que mudou sua vida: a perda da visão do olho esquerdo, aos 19 anos, em consequência de uma agressão dentro de um relacionamento abusivo.

A atriz descreve que, na época, pouco se falava sobre relacionamentos tóxicos. "A gente não falava sobre esse assunto. Não havia acesso à informação, a internet ainda não era como hoje", disse em entrevista à Marie Claire.

Segundo Thaís, os primeiros sinais vieram em forma de controle, ciúmes e comentários agressivos. O namoro se oficializou após um episódio marcante: ao participar de um desfile de biquíni, o então namorado reagiu com reprovação e impôs que ela não deveria fazer esse tipo de trabalho. "Meu pedido de namoro já foi feito assim", contou.

Com o passar do tempo, o relacionamento evoluiu para episódios de violência verbal e física. "Teve um dia que ele me deu um soco na costela no meio da rua. E eu ainda fui atrás dele, porque já não tinha mais amor-próprio", relembrou.

A agressão que resultou na perda da visão aconteceu durante o carnaval, em Cabo Frio, há cerca de 25 anos. Durante uma briga, o então namorado socou uma janela de vidro, que quebrou e atingiu o rosto de Thaís. O impacto causou uma série de lesões no olho esquerdo, incluindo deslocamento de retina, catarata traumática e corte na córnea. Após mais de um ano e meio de cirurgias, ela perdeu a visão do olho afetado.

O atendimento hospitalar também foi traumático. Segundo Thaís, ela e o agressor foram levados ao mesmo hospital e ficaram esperando atendimento. "Me colocaram numa maca gelada, o pessoal me atendeu super mal. Foi muito difícil", relatou.

Apesar das dificuldades, ela não desistiu da carreira artística. Após a recuperação, Thaís ingressou em cursos de teatro e, um ano e meio depois, foi aprovada para Malhação. Ainda assim, enfrentou barreiras no mercado audiovisual. "Depois da novela, só fiz um teste. Meu cadastro tinha uma anotação: 'Reparar no olho esquerdo'. Nunca mais me testaram", revelou.

Hoje, a atriz transforma sua experiência em arte. Ela está à frente da peça Hiena: o riso sobre o tóxico, baseada em sua própria vivência. A montagem, ainda em fase de captação de recursos, pretende circular por comunidades fora do eixo Rio-São Paulo e incluir rodas de conversa com ONGs locais. "Quero fazer algo transformador. A informação salva vidas", afirmou.

Thaís também desenvolve o documentário Mulher Coragem, que reúne histórias de artistas com deficiência. "É difícil captar verba, mas é um tema relevante. Já entrevistei mulheres incríveis. É uma representatividade importante."

Desde que passou a falar abertamente sobre sua história, ela relata ter recebido mensagens de outras mulheres impactadas por situações semelhantes. "Uma me contou que foi deixada na cadeira de rodas por um ex. Outra, amiga minha, largou o namorado depois que ouviu meu relato. Se eu mudar a vida de uma pessoa, já vale. O teatro tem esse poder."

Preta Gil, que morreu no domingo, 20 de julho, será homenageada na missa de sétimo dia que ocorre nesta segunda-feira, 28, no Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria da cantora, a missa está marcada para às 19h na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, e será aberta ao público. A celebração religiosa para a filha de Gilberto Gil ocorreu também em Salvador, no sábado, 26, no Santuário Santa Dulce dos Pobres.

O velório de Preta ocorreu na última sexta-feira, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em cerimônia aberta ao público, familiares, amigos e fãs compareceram ao evento. Após o velório, o corpo da cantora seguiu para Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio, onde foi cremado.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

Preta morreu em decorrência de um câncer colorretal que tratava desde 2023. Em busca de métodos alternativos para o tratamento da doença, passou suas últimas semanas de vida em Nova York, nos Estados Unidos, onde morreu.