Telescópio James Webb, da Nasa, capta imagens inéditas das auroras de Netuno

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O telescópio espacial James Webb, da Agência Espacial dos Estados Unidos, a Nasa, conseguiu captar, pela primeira vez, imagens das auroras de Netuno. Os registros inéditos foram feitos em junho de 2023, mas divulgados nesta quarta-feira, 26, pela entidade e transformado em estudo divulgado na revista científica Nature Astronomy.

As auroras acontecem quando partículas energéticas, geralmente originadas do Sol, ficam presas no campo magnético de um planeta e, eventualmente, atingem a atmosfera superior. O encontro dessas partículas com esse magnetismo faz surgir o brilho característico que marca as auroras.

"A detecção inovadora das auroras de Netuno nos ajudará a entender como o campo magnético de Netuno interage com partículas que saem do Sol para os confins distantes do nosso sistema solar, uma janela totalmente nova na ciência atmosférica dos gigantes de gelo", disse a Nasa, em nota.

Os astrônomos já tinham conseguido captar auroras em outros planetas gigantes do Sistema Solar, como Júpiter, Saturno e Urano, e tinham apenas indícios do fenômeno em Netuno, captados em 1989 durante sobrevoo da sonda Voyager 2, da Nasa. Ou seja, uma detecção bem sucedida de aurora deste planeta ainda faltava aos pesquisadores.

Com o James Webb, isso foi possível, graças ao espectógrafo que capta luz infravermelha presente no supertelescópio, explica o pesquisador Henrik Melin, da Northumbria University (Reino Unido) e autor principal do estudo. "Imaginar a atividade auroral em Netuno só foi possível com a sensibilidade infravermelha próxima de Webb", disse. "Foi tão impressionante não apenas ver as auroras, mas o detalhe e a clareza realmente me chocaram."

Nas imagens apresentadas pela Nasa, as auroras são representadas pela cor ciano (verde), resultado da combinação com um registro aprimorado feito pelo telescópio espacial Hubble, também da Nasa.

Com o registro, os astrônomos passaram a ter dados que ajudam a entender a composição da ianosfera (a atmosfera superior do planeta). Pela primeira vez, os pesquisadores encontraram a presença do cátion tri-hidrogênio (H3+), que pode ser criado em auroras.

"H3+ tem sido um significante claro em todos os gigantes gasosos - Júpiter, Saturno e Urano - de atividade auroral, e esperávamos ver o mesmo em Netuno enquanto investigávamos o planeta ao longo dos anos com as melhores instalações terrestres disponíveis", explicou o cientista Heidi Hammel da Association of Universities for Research in Astronomy, do James Webb e líder do programa Guaranteed Time Observation para o Sistema Solar no qual os dados foram obtidos.

Outra novidade descoberta foi também a posição onde as auroras acontecem. Em planetas como a Terra, Júpiter ou Saturno, as auroras podem ser vistas nos polos norte e sul. Mas, em Netuno, elas foram localizadas em latitudes médias geográficas. Ou seja, como se estivessem sido formadas em posição parecida onde se encontra a América do Sul na Terra.

A Nasa explica que isso acontece por conta da natureza do campo magnético de Netuno, inclinado em 47 graus em relação ao eixo de rotação do planeta (isso já tinha sido registrado pela Voyager 2, em 1989). "Como a atividade auroral é baseada onde os campos magnéticos convergem para a atmosfera do planeta, as auroras de Netuno estão longe de seus polos rotacionais", explicou a agência.

Das observações de Webb, a equipe também pode medir a temperatura do topo da atmosfera de Netuno pela primeira vez desde o sobrevoo da Voyager 2. Os resultados sugerem por que as auroras de Netuno permaneceram escondidas dos astrônomos por tanto tempo. "Fiquei surpreso - a atmosfera superior de Netuno esfriou em várias centenas de graus", disse Melin. "Na verdade, a temperatura em 2023 foi pouco mais da metade daquela de 1989."

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O surfista Pedro Scooby revelou nessa quinta-feira, 30, detalhes sobre suas finanças pessoais e como sua esposa, a modelo Cintia Dicker, lhe ajudou em um momento delicado durante a pandemia. Em entrevista ao podcast do Alt Tabet, do humorista Antonio Tabet, o esportista relembrou que, no começo da pandemia de covid-19, optou por se mudar para Portugal para viver perto da namorada. Os dois estavam juntos há poucos meses.

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"Teve uns meses que eu estava fazendo conta para caramba, e ela bancou, foi a pessoa mais parceira do mundo. Ela é, até hoje, a minha parceira. Me comprou na baixíssima", disse Scooby rindo. Os dois estão juntos desde 2019 e têm uma filha de dois anos, Aurora.

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Nessa quinta-feira, 31, Paris usou o X, o antigo Twitter, para responder ao Daily Mail. "Eram lágrimas de um término. Vocês exageraram mais uma vez", comentou na postagem do jornal inglês. Nos comentários da publicação, dezenas de internautas criticaram a atitude do veículo. "Ela é um ser humano, cara. Vocês nunca choraram enquanto caminhavam sozinhos? Tentar transformar isso em uma matéria é cruel." "Caramba, as pessoas não podem mais chorar sozinhas", escreveu outra usuária. "Nem tudo é sobre o Michael Jackson", pontuou outra pessoa.

O relacionamento de Paris Jackson e Justin Long começou em 2022 e, em 2024, eles noivaram. Com o comentário na postagem do Daily Mail, a modelo acabou confirmando o fim do relacionamento. O motivo do término, no entanto, não foi revelado.

A mesa 8 da Flip 2025 não foi uma "mesa de poesia feminina", como aquelas que, há poucas décadas, separavam as poetas da conversa principal. Mas foi uma mesa sobre poesia, e de poesia feita por mulheres. A conversa entre Alice Ruiz, Claudia Roquette-Pinto e Marília Garcia, mediada por Fernando Luna, na manhã desta sexta-feira, 1º, falou sobre as convergências e divergências de três gerações de poetas e gerou diversos momentos aplaudidos pela plateia.

"É uma magia um espaço desse lotado de pessoas interessadas em poesia de mulheres às 10h da manhã de uma sexta", celebrou Alice em sua primeira fala. Logo, foi perguntada sobre a emoção de estar na Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, no ano em que o homenageado é o poeta Paulo Leminski, que foi seu companheiro e com quem teve os filhos, Miguel Ângelo Leminski, Aurea Alice Leminski e Estrela Ruiz Leminski.

"Normalmente para a mulher se pergunta da emoção, mesmo quando é trabalho. Se eu não tivesse colocado a emoção de lado, não teria conseguido trabalhar", respondeu Alice. Mais à frente na mesa, voltou à questão: "Espero não ter sido indelicada na primeira questão. É porque isso é o inferno da minha geração." Mas, de fato, Alice disse, é uma felicidade grande ver o reconhecimento da obra de Leminski, pelo qual ela e as filhas tanto trabalharam. "Essa coisa de estar vivo é por momentos como esse", disse.

Em seguida, Alice, Claudia e Marília contaram como conheceram a poesia uma da outra. "Nunca vi uma Flip com tantas poetas. Isso a gente se deve a essas pioneiras", disse a Claudia, falando da geração de Alice. "Os rapazes que me desculpem, mas em termos de quantidade e qualidade acho que já estamos na frente", completou Alice um pouco depois.

Um dos temas de convergência foi o erotismo, presente principalmente nas obras de Claudia e Alice. A veterana comentou que uma de suas grandes influências foi Clarice Lispector (1920-1977), mas também citou Gilca Machada (1893-1980), e disse que a presença do erotismo nas obras da poeta a impressionaram. Na época, ela atraiu críticas de homens do cenário cultural e literário. "Mulher escrever sobre erotismo, para mim, é político", afirmou Alice.

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