'É uma pedalada que significou mortes'

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Coordenador da área de Educação do Centro de Estudos de Administração Pública e Governo da FGV-SP, Fernando Abrucio acredita que o modelo do governo federal de buscar confronto com governadores e prefeitos pode levar o País para uma guerra civil federativa. Na opinião dele, a gestão Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao não destinar todo o dinheiro aprovado pelo Congresso ao combate à covid-19. "É pedalada que significou mortes."

Como você vê esse confronto entre governos?

Esse confronto não vem de hoje. A carta dos 16 governadores não foi a primeira. Houve uma similar no primeiro semestre do ano passado. Houve várias cartas de governadores e o País está se afundando cada vez mais na medida em que o governo federal adota táticas de confronto. O resultado líquido dessa briga tem sido mais casos e mortes.

Bolsonaro está mais uma vez jogando a culpa da crise da pandemia para terceiros?

O presidente usa o confronto para esconder as responsabilidades dele e jogar a culpa em alguém. Desde o início do governo, o presidente já havia pensado em um novo tipo de federalismo. Desde a Constituição de 1988, passando pelos governos anteriores, a gente vinha caminhando para um federalismo mais cooperativo. A gente criava sistemas de políticas públicas em saúde, assistência social, recursos hídricos, educação... que exigiam alguma medida cooperativa entre os governos.

E a afirmação do Bolsonaro de que os governadores estavam com muito dinheiro?

Não é verdade. O dinheiro destinado à covid não foi gasto por completo. Tem um modelo na cabeça do Bolsonaro que era muito parecido com o do Trump. É um tipo de federalismo que parte de uma ideia de dar mais autonomia para os Estados. Só que na verdade o que eles fazem é 'desresponsabilizar' a União. O Brasil, desse jeito, vai para o modelo de uma guerra civil federativa.

Bolsonaro está contando repasses obrigatórios, como alegam os governadores?

O que é o dinheiro para covid? Vacinas? Ele comprou? Compra de equipamentos para serem distribuídos para hospitais... Não existe posto de saúde federal. Portanto, os gastos tinham que ser feitos com Estados e municípios. O governo não destinou todo dinheiro que tinha para combate da covid. Isso deveria ser crime de responsabilidade. Isso é um tipo de pedalada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Último Azul, filme de Gabriel Mascaro (Divino Amor) que disputou o Urso de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2025, teve sua data de estreia divulgada em um teaser lançado nesta terça-feira, 6. Estrelado por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, o longa estreia nos cinemas brasileiros em 28 de agosto.

De acordo com a sinopse oficial, o filme se passa em um Brasil quase distópico em que cidadãos idosos são transferidos compulsoriamente para uma colônia habitacional para que "desfrutem" de seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio forçado, Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos, embarca em uma viagem pelos rios e afluentes da Amazônia em busca de realizar seu último desejo.

Embora não tenha vencido o Urso de Ouro em Berlim, O Último Azul conquistou o Grande Prêmio do Júri no festival, também conhecido como "Urso de Prata". O Festival aconteceu em fevereiro deste ano, com o norueguês Dreams (Sex Love) vencendo o principal prêmio do evento.

Além de dirigir, Mascaro também assina o roteiro ao lado de Tibério Azul (Som Brasil). Murilo Hauser e Heitor Lorega, ambos de Ainda Estou Aqui, serviram como consultores do script.

O elenco de O Último Azul conta ainda com Adanilo (Oeste Outra Vez) e Miriam Socarrás (Violeta).

Confira o trailer aqui

Daniel Erthal usou suas redes sociais na segunda-feira, 5, para revelar que o seu carrinho de bebidas foi roubado no Rio de Janeiro.

Atualmente, o ex-galã de Malhação trabalha como empreendedor e é dono de um bar em Botafogo, na zona sul da capital. O veículo estava estacionado na calçada do local quando foi levado.

"Estamos vivendo tempos sombrios no que diz respeito à segurança no Rio. Ninguém aqui pode ter nada. Cheguei para trabalhar e não encontrei meu carrinho de bebidas. É a extensão do meu bar, faz parte do meu plano de negócio", lamentou.

Ele ainda disse que se sustenta com o carrinho há cerca de um ano e meio. "O meu único bem. Como eu estava sem garagem, ele ficou exposto por duas semanas, e agora não está mais."

No ano passado, Daniel Erthal havia viralizado com imagens em que aparece com o seu carrinho em frente à queima de fogos do reveillón em Copacabana, no Rio de Janeiro. Desde então, ele conseguiu abrir um bar em Botafogo, mas voltou a circular com o veículo durante o carnaval.

Conhecido do público por ter feito parte do elenco do folhetim teen em 2005, Erthal também gravou Belíssima, de 2006, e a versão brasileira de Rebelde, em 2011. Ele tem um perfil no Instagram apenas para divulgar seu trabalho como vendedor, e voltou a aparecer com o carrinho durante os blocos de rua, transitando para vender as bebidas entre os foliões.

Nos últimos anos, em meio à pressão estética da sociedade, Paolla Oliveira se tornou uma representante do chamado "corpo real" - embora não goste do termo, por acreditar que todos os corpos são reais. Em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira, 5, a atriz falou com franqueza sobre o tema e relembrou o período em que acreditava que as críticas ao seu corpo eram justificadas.

"As críticas ao meu corpo, para mim, eram completamente corretas. Passei muito tempo achando que eu que estava errada", declarou a atriz, ao pontuar como os comentários nas redes sociais influenciaram sua autopercepção. Segundo ela, o processo de entender e desconstruir essas imposições foi gradual.

A artista afirmou que, mesmo sem se identificar com o rótulo, acabou sendo vista como uma representante do tal "corpo real". O incômodo com perguntas recorrentes sobre emagrecimento para papéis específicos também a fez repensar sua posição. "Percebi que estavam me empurrando para um lugar que não me cabia", disse. "Mas eu achava ainda que a errada era eu."

Ao ganhar consciência dessa situação, Paolla conseguiu se libertar da cobrança e passou a enxergar a questão de outra forma. "Entendi que não era sobre mim. Era sobre um lugar para o qual a maioria das mulheres é empurrada, pra caber e servir", afirmou.

Por fim, a atriz destacou seu processo de amor-próprio e como isso influenciou sua percepção sobre outras mulheres: "Aprendi a me gostar e que a minha beleza é possível. Também aprendi a reparar em outras mulheres com outras belezas possíveis. O que eu luto hoje é basicamente pra existir e querer que as pessoas existam à minha volta."