Atores são baleados após serem confundidos com criminosos na Bahia

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Dois atores amadores foram baleados enquanto gravavam uma websérie no bairro de Cosme de Farias, em Salvador, na tarde do último domingo, 9. Os jovens, que estavam em um grupo de 10 homens, portavam simulacros de armas usadas em cena quando foram atingidos na Rua São Domingos, uma região residencial. As vítimas estão internadas no Hospital Geral do Estado.

A dupla atingida pelos tiros faz parte do grupo Fatos de Favela, que organiza uma série homônima publicada nas redes sociais desde 2019. Os episódios reproduzem histórias sobre criminalidade em favelas de Salvador. Nas gravações, os criadores de conteúdo - em sua maioria moradores do bairro de Cosme de Farias - portam réplicas de armas.

Poucas horas antes da gravação em que dois jovens foram atingidos por disparos policiais, o perfil no Instagram do Fatos de Favela publicou um vídeo em que quatro homens sobem uma escada com réplicas de armas nas mãos. A Polícia Militar da Bahia (PM) informou, em nota, que a ocorrência começou quando policiais avistaram "10 pessoas portando supostas armas de fogo" enquanto prestavam apoio a um atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Ainda de acordo com a versão da PM, os policiais dispararam "diante da aproximação do grupo" - a corporação, no entanto, não detalhou esse momento. Os jovens gravavam, no último domingo, com 25 réplicas de armas de fogo, como pistolas, submetralhadoras, fuzis e carregadores, além de um rádio comunicador. Os simulacros foram apreendidos por, segundo a PM, não terem pontas em coloração laranja, o que indica que são réplicas.

O diretor da filmagem, Rodrigo Batista, se pronunciou sobre o caso. Em um vídeo publicado no Instagram, ele afirma que "a produção errou", já que a agenda de gravações não foi comunicada ao poder público, e que "os policiais não tiveram culpa".

Batista narrou que os jovens guardavam os simulacros das armas quando a polícia apareceu na rua, o que provocou correria, seguida pelos disparos da polícia. Nesse momento, os dois jovens foram baleados (um no rosto, outro no glúteo) e socorridos ao HGE. O estado de saúde deles não foi divulgado.

Um dos homens detidos pelos policiais foi quem esclareceu a situação, o uso de simulacros de armas e o tumulto aos PMs: o grupo realizava uma filmagem de vídeo para as redes sociais.

"A polícia não tem culpa de nada. Foi um desacerto da gente. Infelizmente, fomos guardar as armas em uma via de passagem. Faltou atenção nisso nossa", defendeu Rodrigo Batista, diretor do Fatos de Favela.

Nem a PM nem Rodrigo confirmaram a identidade do homem abordado. Ele e o material apreendido foram encaminhados para o registro da ocorrência junto à Polícia Civil.

O advogado criminalista Leandro Santos não vê "erro" na produção do Fatos de Favela. Ele afirma que o Estatuto do Desarmamento regula "registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição". "Arma de fogo", frisa Santos, "nenhum simulacro se enquadra na legislação".

"Quais foram as reais circunstâncias no caso concreto? Me parece que os policiais agiram com extrema violência. E, por outro lado, os atores talvez não tivessem autorização dos órgãos competentes (Prefeitura e PM, etc.). Os atores cometeram algum crime? Não, não, não... Os policiais cometeram crime? Algo que deveria ser investigado", completa.

O porte de simulacros, na avaliação dele, poderia até ser enquadrado como uso de grave ameaça em assaltos (se fosse o caso), mas não é um qualificador do tipo penal, ou seja, não determina a existência de um crime.

Questionada, a PM da Bahia não informou se a Corregedoria da corporação investigará a conduta dos policiais na ação que feriu dois integrantes do Fatos de Favela.

No YouTube, plataforma em que lança seus vídeos, o grupo tem 15,3 mil inscritos e já produziu conteúdos com mais de 100 mil visualizações. O episódio mais recente, publicado há 11 dias, tem 35 mil visualizações. Em uma chamada recente por novos atores amadores, o grupo escreveu em uma postagem: "não aceitamos pessoas que têm envolvimento, pessoas que ficam levantando bandeira de facção".

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O músico vencedor de dois Grammy Awards, Chuck Mangione, que alcançou sucesso internacional em 1977 com seu single de jazz Feels So Good e mais tarde se tornou dublador na comédia animada de TV O Rei do Pedaço, morreu. Ele tinha 84 anos.

Mangione faleceu em sua casa em Rochester, Nova York, na terça-feira, 22, enquanto dormia, disse seu advogado, Peter S. Matorin, da Beldock Levine & Hoffman LLP.

O músico estava aposentado desde 2015. Talvez o seu maior sucesso - Feels So Good - seja uma constante na maioria das rádios de smooth jazz e tem sido uma das melodias mais reconhecidas desde Michelle dos Beatles.

Atingiu o nº 4 na Billboard Hot 100 e o topo da parada adult contemporary da Billboard. "Isso identificou para muitas pessoas uma canção com um artista, mesmo que eu tivesse uma base de público bastante forte que nos manteve em turnês sempre que queríamos, essa música simplesmente se destacou e levou a outro nível", disse Mangione ao Pittsburgh Post-Gazette em 2008.

Ele seguiu esse sucesso com Give It All You Got, encomendada para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1980 em Lake Placid, e ele a apresentou na cerimônia de encerramento.

Mangione, trompetista e compositor de jazz, lançou mais de 30 álbuns durante uma carreira em que construiu uma grande base de fãs depois de gravar vários álbuns, fazendo todas as composições. Ele ganhou seu primeiro Grammy Award em 1977 por seu álbum Bellavia, que foi nomeado em homenagem à sua mãe.

O corpo de Preta Gil já chegou ao Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, onde será realizada a cerimônia de cremação, conforme desejo da cantora.

O cortejo saiu do Theatro Municipal, no centro da cidade, onde foi realizado o velório da cantora na manhã desta sexta-feira, 25. Aberta ao público até às 13h20, a despedida teve presença de amigos, familiares e admiradores de Preta.

O caixão deixou o local sob aplausos, carregado por Francisco Gil, único filho de Preta, Otávio Muller e o músico baiano Carlinhos Brown. Em seguida, foi levado por um carro do Corpo de Bombeiros pelo circuito do carnaval, que ganhou o nome da cantora, até o cemitério.

Na chegada do corpo ao cemitério, segundo a revista Quem, um violinista tocava Drão, canção de Gilberto Gil inspirada pelo relacionamento com Sandra Gadelha, mãe de Preta. A música, além de ser considerada um clássico nacional, marcou a emocionante despedida de Preta Gil dos palcos, quando a cantou ao lado do pai durante uma apresentação da turnê Tempo Rei em São Paulo.

Cerimônia de cremação é restrita a família e amigos

A cerimônia de cremação é restrita a familiares e amigos íntimos da cantora. José e Flor Girl, irmão e sobrinha de Preta, estavam entre os primeiros a chegar. Otávio Muller, Carolina Dieckmmann, Ivete Sangalo, Regina Casé também foram vistos no local.

Família teve momento íntimo no velório

Uma comitiva com os pais, Gilberto Gil e Sandra Gadelha, a madrasta Flora Gil e a irmã Bela Gil chegou ao velório às 13h40, cerca de 20 minutos depois do fechamento da cerimônia para o público. Dessa forma, os pais da cantora tiveram uma despedida mais intimista. Após a entrada de Gilberto Gil, foi divulgada uma imagem do pai beijando a filha no caixão em sua despedida.

Famosos e autoridades se despedem de Preta

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, aguardou a chegada de Gilberto Gil para entrar no velório. A atriz Fernanda Torres, a cantora Ana Carolina e a atriz Bruna Marquezine também chegaram à cerimônia após o fechamento ao público, e cumprimentaram Gil, Flora, Sandra e Bela antes de entrarem no salão.

Antes da chegada dos pais, diversos amigos e familiares de Preta Gil compareceram ao velório. Francisco Gil chegou acompanhado de amigos e da namorada, a ex-BBB Alane Dias. O filho de Preta Gil demonstrou estar bastante emocionado à beira do caixão com o corpo da mãe.

Ivete Sangalo, Carolina Dieckmmann, Regina Casé, Ludmilla, Thiaguinho, Carol Peixinho, Ingrid Guimarães, Douglas Silva, Malu Mader, Claudia Abreu, Alice Wegmann, Marcelo Serrado, Carla Perez, Xanddy, Péricles, Caio Blat, Marcelo Serrado, Sabrina Sato, Nicolas Prattes e Maria Gadu foram alguns dos outros famosos presentes.

Angélica e Luciano Huck prestaram homenagem a Preta Gil nas redes sociais nesta sexta-feira, 25, dia do velório da cantora, realizado pela manhã no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com presença de familiares, amigos e aberto ao público. O casal está fora do País, em férias no Japão. Preta foi madrinha de casamento dos apresentadores. Ela morreu no último domingo, 20, nos Estados Unidos, onde realizava um novo tratamento contra o câncer.

Em uma publicação no Instagram, Angélica escreveu: "Ver tantas homenagens espalhadas pelas ruas e nas palavras de quem te ama emociona e confirma tudo o que você é: força, presença, generosidade, união." "Você sempre foi esse elo entre tanta gente bonita, verdadeira, cheia de afeto e luz. E agora segue sendo lembrada assim, com amor, por quem esteve ao seu lado e por quem você também amou. Sua memória continuará viva em cada gesto de quem escolhe viver com a coragem e o coração que sempre foram seus. Te amo pra sempre. Você estará pra sempre nos nossos corações", completou.

A imagem compartilhada por Angélica mostra as placas de rua instaladas na região central do Rio para homenagear Preta. O cortejo após o velório passou pelo "Circuito Preta Gil", que será o trajeto de megablocos do carnaval carioca.

Já Luciano publicou uma sequência de imagens ao lado de Preta nos stories. "Saudades para sempre", escreveu em um registro dele com a cantora e com Angélica. Em outras imagens, aparecem Carolina Dieckmmann, Thiaguinho, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre outros.

"Te amo para sempre", escreveu Luciano em um vídeo, que encerra a sequência. No registro, ele aparece com Preta e Angélica, e a cantora fala do casal: "Esse aqui é amigo fiel, esse casal que eu amo. Eu sou madrinha de casamento deles e eles são meus. É real."

Velório de Preta Gil

O velório da cantora reuniu familiares, amigos e fãs no Theatro Municipal, na Cinelândia, Centro do Rio, nesta sexta, 25. A despedida teve início com um atraso de 30 minutos e foi encerrada mais de uma hora após o previsto. O velório aberto ao público foi encerrado às 14h. Até às 15h parentes e amigos prestam as últimas homenagens à Preta Gil.