Estado de SP decreta estado de emergência para dengue; pico de casos deve ser em abril

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Diante do avanço da dengue, o Estado de São Paulo decretou estado de emergência nesta quarta-feira, 19. O governador Tarcísio de Freitas deve assinar o decreto ainda nesta quarta-feira, 19.

A medida, acionada quando há ameaça à ordem pública, à segurança ou ao bem-estar da população, ocorre após São Paulo atingir 124.038 infecções - uma média de 270 casos por 100 mil habitantes. Outros 82,9 mil casos seguem em investigação. Para ter ideia do avanço da doença no estado, em comparação ao dia de ontem, o salto foi de 5% no número de casos.

Considerando a curva epidemiológica, a estimativa é de que o pico da doença seja atingido em meados de abril. "Ano passado, o pico foi em maio, mas, pelos nossos cálculos, esse ano ele deverá se adiantar", disse a diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Tatiana Chaves.

A região noroeste é a mais afetada, especialmente Araçatuba e São José do Rio Preto, onde a incidência ultrapassa 2 mil casos por 100 mil habitantes - mais de seis vezes o índice considerado epidêmico (300 casos por 100 mil). Além dessas regiões, outras seis enfrentam epidemia: São João da Boa Vista, Araraquara, Ribeirão Preto, Marília, Presidente Prudente e Barretos.

O número de mortes confirmadas chega a 113, enquanto outras 233 estão em análise. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, uma em cada quatro pessoas que desenvolveu a forma grave da doença não resistiu.

O que muda com o decreto?

O objetivo é agilizar a tomada de decisões relacionadas à doença, incluindo a contratação de profissionais, campanhas de conscientização, aquisição de insumos e ampliação da rede de atendimento. Nessas situações, as medidas podem ser adotadas sem a necessidade de licitação, acelerando o processo.

De acordo com o secretário de Saúde do Estado, Eleuses Paiva, foram repassados R$ 228 milhões aos municípios, sendo metade equivalente à cota fixa do incentivo de gestão municipal e a outra metade proveniente dos recursos de enfrentamento à dengue.

Além disso, foram adquiridas 38 milhões de unidades de medicamentos e insumos. Também foram investidos R$ 3 milhões exclusivamente na compra de nebulizadores, que serão destinados às localidades com os cenários mais críticos. A expectativa é ampliar em 20% o número de leitos hospitalares.

"Nós pretendemos atuar em três frentes principais: estrutura necessária, diagnóstico precoce e manejo clínico", afirmou Paiva. "Nós precisamos que os municípios se adiantem. Temos dialogado muito com eles sobre a importância da conscientização, especialmente em relação às medidas de prevenção." O secretário ressaltou ainda a necessidade de os municípios organizarem as centrais de hidratação, consideradas grandes aliadas na redução dos casos graves.

Em relação à vacinação, a estratégia segue sendo a ampliação temporária, permitindo que municípios apliquem doses remanescentes - conhecida como "xepa da vacina". Além disso, Paiva lembrou que a vacina de dose única, desenvolvida pelo Instituto Butantan, foi submetida à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Em paralelo a isso, nós estamos em discussão com o Ministério da Saúde sobre as formas de incorporação dessa vacina", afirmou Paiva. "Nós só temos um único jeito de acabar de vez com a dengue e é por meio da imunização. Nós precisamos ter condições de aplicar as vacinas e estamos empenhados nisso", complementou.

Questionado sobre recursos provenientes do governo federal, o secretário da saúde disse que ainda não há previsão nesse sentido. "Estamos aguardando a proposta para os 27 estados. Saúde é tripartite e, sendo assim, nós precisamos dos três agentes da população estarem juntos com o mesmo foco."

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A morte de Ozzy Osbourne, anunciada na última terça-feira, 22, provocou uma forte comoção entre fãs e artistas ao redor do mundo, e também se refletiu nas plataformas de streaming. No Spotify, os números da discografia do cantor britânico e de sua histórica banda, o Black Sabbath, tiveram um crescimento expressivo nos últimos dias.

Como artista solo, Ozzy saltou de 12,4 milhões para 18,7 milhões de ouvintes mensais na plataforma. Já o Black Sabbath, grupo que ajudou a definir o heavy metal nas décadas de 1970 e 1980, passou de 19,8 milhões para 24,6 milhões de ouvintes.

Além do aumento geral de público, faixas emblemáticas de Osbourne registraram picos de execução. Crazy Train, um de seus maiores sucessos, acumulou 8 milhões de reproduções desde o anúncio da morte, chegando a 809 milhões de streams no total. A balada Mama, I'm Coming Home cresceu em 7,2 milhões, alcançando quase 245 milhões, enquanto No More Tears somou mais 7 milhões, ultrapassando 266 milhões de execuções.

No caso do Black Sabbath, os números também impressionam. Paranoid, talvez a faixa mais emblemática da banda, foi ouvida 9,3 milhões de vezes apenas nos últimos dias, alcançando 1,38 bilhão de streams. Iron Man teve um salto de cerca de 6 milhões, totalizando mais de 587 milhões, e War Pigs ganhou cerca de 5 milhões de novas execuções, ultrapassando 384 milhões.

A morte de Ozzy ocorreu poucas semanas após o show de despedida Back to the Beginning, realizado em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal da banda. A apresentação marcou a reunião final de Osbourne com os membros do Black Sabbath e encerrou, de forma simbólica, uma das trajetórias mais influentes do rock mundial.

Na manhã deste sábado, 26, Gilberto Gil e Flora Gil usaram as redes sociais para prestar homenagens à cantora Preta Gil, filha do cantor com Sandra Gadelha, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20. O velório da artista foi realizado ontem, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, seguido da cerimônia de cremação no Cemitério da Penitência, no bairro do Caju.

Gilberto Gil compartilhou imagens em que aparece tocando o rosto da filha, visivelmente emocionado. "Até os próximos 50 bilhões de anos… Onde houver alegria e amor, haverá Preta", escreveu.

Flora Gil, que foi madrasta da cantora, escreveu: "Pra sempre dentro do meu coração. Te amarei eternamente", disse ela.

Velório e cremação

O tom de despedida marcou a cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde familiares, amigos e artistas estiveram reunidos para celebrar a vida e a trajetória da cantora.

A cerimônia de cremação de Preta se encerrou por volta das 17h de ontem, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio. A opção de cremação foi um pedido da cantora à família. A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20, seguirá sendo homenageada por familiares, amigos e admiradores em missas de sétimo dia marcadas para este sábado, 26, e segunda-feira, 28.

As celebrações religiosas ocorrerão em Salvador e no Rio de Janeiro.

Neste sábado, às 16h, será realizada a primeira missa no Santuário Santa Dulce dos Pobres, na capital baiana. O local escolhido é o mesmo que recebeu apoio da artista nos últimos meses, e a cerimônia foi anunciada pela apresentadora Rita Batista, durante o programa É de Casa.

A assessoria da família afirmou ao Estadão que, no Rio de Janeiro, a missa está marcada para segunda-feira, às 19h, na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, em cerimônia aberta ao público.

Velório e cremação

A cerimônia de cremação de Preta Gil se encerrou por volta das 17h de sexta-feira, 25, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

Mais cedo, parentes e amigos participaram de uma última despedida à cantora, que foi velada no Theatro Municipal. A cerimônia foi aberta ao público das 9h às 13h.