Muralha está sendo erguida em prisão de Mossoró

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Um ano depois da fuga inédita de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, o número de câmeras de segurança instaladas na unidade quase dobrou, a construção de uma muralha está em curso e foram implementados equipamentos de reconhecimento facial.

Essas foram algumas das mudanças no presídio de segurança máxima anunciadas na última quinta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Como o Estadão mostrou, uma das muralhas prometidas após a fuga de Mossoró, a de Porto Velho, enfrenta falhas de planejamento, atrasos e gerou prejuízos aos cofres públicos. Segundo o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a investigação aponta que a fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que ocorreu em fevereiro de 2024, foi resultado de "falhas estruturais, tecnológicas e procedimentais".

A muralha para proteger a penitenciária começou a ser construída em janeiro e deve ficar pronta até julho de 2026. O governo gastará cerca de R$ 28,6 milhões no projeto. O secretário afirmou que a demora na conclusão está relacionada à lentidão dos trâmites para realizar a licitação. "É um investimento de vulto, mas necessário. É uma obra defensiva, não é um muro comum, é um muro que se aprofunda na terra, que tem uma blindagem, que tem um efeito dissuasório, para evitar invasões, evitar fugas", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

A fuga dos detentos expôs a fragilidade da penitenciária federal, que tinha estrutura antiga e cheia de lacunas de segurança, como baixa iluminação e até mesmo uso de 26 câmeras analógicas, que foram desativadas após o fato. Agora, o sistema de monitoramento tem 194 câmeras digitais de alta resolução. Antes, 101 estavam em operação, dentre as quais os modelos analógicos.

A reforma no presídio incluiu a instalação de grades nos shafts - espaço onde fica a fiação e a tubulação do prédio - da estrutura, e eliminou ferros e vergalhões expostos. Na época da fuga, os presos acessaram o telhado após fazer um buraco numa luminária e acessar um dos shafts. O governo também ampliou o sistema de vigilância eletrônica com a inclusão de monitoramento por drone e porteiros eletrônicos.

Além desses ajustes, os protocolos humanos também foram reforçados. A equipe passou a cumprir o que estava previsto nas orientações, como revista diária nas celas, o que não vinha sendo feito.

'Não houve indícios da participação de terceiros'

Desde que a fuga ocorreu, há um ano, quatro chefes de plantão foram suspensos e 17 servidores assinaram termos de ajustamento de conduta. "Podemos garantir que não registraremos nenhuma fuga daqui para frente", disse o ministro Ricardo Lewandowski.

O secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, afirmou que não surgiram indícios da participação de terceiros na fuga dos presos, seja servidores, ou outros colaboradores. Além da estrutura precária, foi verificado descumprimento dos protocolos de segurança no presídio. "É mais importante do que se imagina manter o cumprimento efetivo desses protocolos. Isso não vinha sendo feito", diz ele.

Além da Penitenciária Federal de Mossoró, o governo federal também reforçou a estrutura dos presídios de Porto Velho (RO), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), e Brasília (DF). Foram distribuídas ainda 1.381 câmeras para unidades prisionais estaduais.

No total, o governo investirá R$ 157,6 milhões para erguer muralhas nos presídios federais, exceto o de Brasília, que já tem o aparato. Hoje, além da de Mossoró, está em curso a construção da muralha de Porto Velho. As outras duas serão licitadas ainda neste ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A morte de Ozzy Osbourne, anunciada na última terça-feira, 22, provocou uma forte comoção entre fãs e artistas ao redor do mundo, e também se refletiu nas plataformas de streaming. No Spotify, os números da discografia do cantor britânico e de sua histórica banda, o Black Sabbath, tiveram um crescimento expressivo nos últimos dias.

Como artista solo, Ozzy saltou de 12,4 milhões para 18,7 milhões de ouvintes mensais na plataforma. Já o Black Sabbath, grupo que ajudou a definir o heavy metal nas décadas de 1970 e 1980, passou de 19,8 milhões para 24,6 milhões de ouvintes.

Além do aumento geral de público, faixas emblemáticas de Osbourne registraram picos de execução. Crazy Train, um de seus maiores sucessos, acumulou 8 milhões de reproduções desde o anúncio da morte, chegando a 809 milhões de streams no total. A balada Mama, I'm Coming Home cresceu em 7,2 milhões, alcançando quase 245 milhões, enquanto No More Tears somou mais 7 milhões, ultrapassando 266 milhões de execuções.

No caso do Black Sabbath, os números também impressionam. Paranoid, talvez a faixa mais emblemática da banda, foi ouvida 9,3 milhões de vezes apenas nos últimos dias, alcançando 1,38 bilhão de streams. Iron Man teve um salto de cerca de 6 milhões, totalizando mais de 587 milhões, e War Pigs ganhou cerca de 5 milhões de novas execuções, ultrapassando 384 milhões.

A morte de Ozzy ocorreu poucas semanas após o show de despedida Back to the Beginning, realizado em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal da banda. A apresentação marcou a reunião final de Osbourne com os membros do Black Sabbath e encerrou, de forma simbólica, uma das trajetórias mais influentes do rock mundial.

Na manhã deste sábado, 26, Gilberto Gil e Flora Gil usaram as redes sociais para prestar homenagens à cantora Preta Gil, filha do cantor com Sandra Gadelha, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20. O velório da artista foi realizado ontem, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, seguido da cerimônia de cremação no Cemitério da Penitência, no bairro do Caju.

Gilberto Gil compartilhou imagens em que aparece tocando o rosto da filha, visivelmente emocionado. "Até os próximos 50 bilhões de anos… Onde houver alegria e amor, haverá Preta", escreveu.

Flora Gil, que foi madrasta da cantora, escreveu: "Pra sempre dentro do meu coração. Te amarei eternamente", disse ela.

Velório e cremação

O tom de despedida marcou a cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde familiares, amigos e artistas estiveram reunidos para celebrar a vida e a trajetória da cantora.

A cerimônia de cremação de Preta se encerrou por volta das 17h de ontem, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio. A opção de cremação foi um pedido da cantora à família. A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20, seguirá sendo homenageada por familiares, amigos e admiradores em missas de sétimo dia marcadas para este sábado, 26, e segunda-feira, 28.

As celebrações religiosas ocorrerão em Salvador e no Rio de Janeiro.

Neste sábado, às 16h, será realizada a primeira missa no Santuário Santa Dulce dos Pobres, na capital baiana. O local escolhido é o mesmo que recebeu apoio da artista nos últimos meses, e a cerimônia foi anunciada pela apresentadora Rita Batista, durante o programa É de Casa.

A assessoria da família afirmou ao Estadão que, no Rio de Janeiro, a missa está marcada para segunda-feira, às 19h, na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, em cerimônia aberta ao público.

Velório e cremação

A cerimônia de cremação de Preta Gil se encerrou por volta das 17h de sexta-feira, 25, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

Mais cedo, parentes e amigos participaram de uma última despedida à cantora, que foi velada no Theatro Municipal. A cerimônia foi aberta ao público das 9h às 13h.