Hospitais privados de referência em SP têm taxa de ocupação acima de 90%

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A escalada de casos do novo coronavírus, somada às internações de pacientes com doenças crônicas, coloca pressão em hospitais particulares de elite de São Paulo, que operam com taxas de ocupação superiores a 90% nos leitos de enfermaria e de UTI, considerando alas covid-19 e as para outras doenças. A alta tem sido associada por médicos e especialistas aos efeitos das aglomerações e há preocupação com as consequências do carnaval. Nesta semana, o Estado registrou recorde de internações em UTIs na pandemia, considerando vagas públicas e privadas.

No Hospital Israelita Albert Einstein, a taxa total de ocupação era ontem de 99% e no Sírio Libanês, de 96%. No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a taxa de ocupação de UTI para covid está em 91%. No Beneficência Portuguesa (BP), a taxa de ocupação dos leitos de internação para infectados pelo vírus estava em 94% na quarta-feira, e era de 97,87% nas UTIs. Ontem, a taxa de ocupação nos leitos de UTI e enfermaria dedicados à doença no HCor era de 85% e a ocupação total, de 86%.

Esses índices variam diariamente, seja pelas altas, mortes de pacientes ou por adequação dos leitos, que podem ser transformados em UTI ou enfermaria, conforme a necessidade. Não significa, portanto, que os hospitais vão deixar de receber novos casos em breve. Mas as taxas têm se mantido elevadas nas últimas semanas. No Einstein, nesta quinta-feira, havia 123 internados com covid, dos quais 65 na UTI. Na quarta, eram 127 internados (55 na UTI). Mas o número veio aumentando nos últimos dias.

"Quando enfrentamos a pandemia na primeira onda, suspendeu-se o atendimento das outras especialidades. As pessoas ficaram quase um ano sem se tratar, mas nosso ambulatório de consultórios voltou à atividade plena, retomou-se o agendamento de cirurgias importantes", diz Fernando Torelly, superintendente corporativo e CEO do HCor. A volta de pacientes cardíacos e oncológicos, por exemplo, aumenta a demanda nas unidades de saúde.

No Einstein, embora o número de internações por covid esteja alto, também não houve aumento significativo do volume de internações pela doença nas últimas semanas e a principal causa da lotação atual são as cirurgias eletivas represadas. "A demanda por outros tratamentos tem sido altíssima desde novembro. Eu, por exemplo, costumo fazer uma ou duas cirurgias por dia e, hoje, fiz quatro", conta Sidney Klajner, presidente do Einstein e cirurgião do aparelho digestivo.

Por enquanto, a unidade não prevê cancelamento de procedimentos eletivos. "Estamos remanejando procedimentos de menor complexidade para a unidade de Perdizes, temos médicos contratados que passam visita logo cedo para acelerar altas e podemos abrir novos leitos em alas que eram usadas para a realização de exames ou para recuperação pós-cirúrgica."

Klajner diz que o que preocupa agora é uma eventual demanda crescente por leitos de covid-19 nas próximas semanas, como reflexo das aglomerações no carnaval. Torelly concorda. "A grande discussão é como vamos ter de atuar se continuar nesse padrão de ocupação do hospital. Agora, a situação é complexa e administrável, mas não sabemos o crescimento que vamos observar nas próximas semanas."

"O ponto de maior preocupação é como será a capacidade de crescimento (dos casos). As variáveis a considerar são: vacina, as novas variantes, o comportamento da população e a capacidade de leitos. Se tiver mais casos, vamos tentar adequar", diz o CEO do Hcor.

Futuro

Levantamento preliminar do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, com amostra de 60 hospitais privados (16% das unidades da rede particular que atendem covid), apurou que 72% dos hospitais paulistas têm ocupação que varia de 80% a 100% dos leitos de UTI.

A pesquisa completa termina no fim da semana. Por outro lado, o estudo já destaca que dois terços dos hospitais declaram ter capacidade de aumentar o número de leitos disponíveis, se for preciso.

Para Francisco Ballestrin, presidente do SindHosp, a manutenção de cirurgias e atendimentos eletivos (não urgentes) indica que, por ora, existe a possibilidade de manter essa assistência, com cautela. "Agora temos o pior dos cenários: o pico está maior e muitos dos leitos estão ocupados por pacientes eletivos. Mas ainda existem leitos em hospitais privados que podem ser transformados para covid. Nesse instante, vai ser o critério por demanda. Estamos (hospitais privados) conseguindo atender as duas. Se houver demanda de covid que faça uma pressão enorme, vamos diminuir as outras e colocar pacientes da doença lá", adianta.

Torelly diz ainda que a população precisa colaborar para evitar que a situação se agrave mais ainda. "Temos uma estrutura hospitalar ativa e dando conta, mas não pode acontecer de ter convívio social mais liberado. Não podemos perder o medo e o respeito pelo vírus. Tem de manter medidas de proteção para efetivamente ganhar mais tempo com a vacinação", alerta. (Colaboraram Fabiana Cambricoli e Erika Motoda)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.