IA torna mente humana 'atrofiada e despreparada', diz estudo da Microsoft

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Depender da inteligência artificial (IA) no trabalho reduz o pensamento crítico dos humanos. Essa afirmação é baseada em um novo estudo feito pela Microsoft em parceria com a Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, Pensilvânia. O resultado de ter uma "muleta" tecnológica é a "deterioração de faculdades cognitivas que deveriam ser preservadas".

"Uma das ironias da automação é que, ao fazê-la em tarefas rotineiras e deixar a resolução para o usuário humano, você priva o usuário das oportunidades cotidianas de praticar seu julgamento e fortalecer sua musculatura cognitiva", dizem os cientistas que assinam o levantamento, "Isso te deixa atrofiado e despreparado para quando as exceções de fato surgem".

Os pesquisadores recrutaram 319 voluntários que trabalham com atividades intelectuais. A eles foram relatados 936 exemplos reais de uso da IA generativa em seus trabalhos e depois responderam um questionário sobre como utilizaram as ferramentas - inclusive os comandos que deram - e o quão confiantes estavam na capacidade da IA em executar tarefas específicas. Além disso, eles precisaram avaliar a qualidade das respostas fornecidas pela IA e medir se o resultado foi melhor do que se um humano tivesse realizado.

Entre as tarefas citadas no estudo, um professor usou o gerador de imagens DALL-E para criar ilustrações para uma apresentação sobre higiene das mãos na escola. Dois exemplos que envolviam o ChatGPT foram destaque: um trader de commodities usou o modelo da OpenAI para "gerar recomendações de novos recursos e estratégias para aprimorar habilidades de negociação", e uma enfermeira "verificou um panfleto educacional gerado pelo ChatGPT para pacientes recém-diagnosticados com diabetes".

No geral, os participantes relataram que, quanto maior sua confiança na IA para realizar a tarefa, menor era sua percepção de exercitar algum tipo de pensamento crítico.

Essa lógica se inverteu quando os voluntários desconfiavam da resposta gerado pela IA. Nesse caso eles se sentiam mais capazes de avaliar e melhorar a qualidade das respostas da IA e mitigar suas consequências.

"Os dados mostram uma mudança no esforço cognitivo à medida que os trabalhadores com atividades intelectuais passam cada vez mais da execução de tarefas para a supervisão ao usar IA generativa", dizem os pesquisadores. "Embora a IA possa melhorar a eficiência, ela também pode reduzir o engajamento crítico, especialmente em tarefas rotineiras ou de baixo risco, nas quais os usuários simplesmente confiam na IA. Isso levanta preocupações sobre a dependência a longo prazo e a diminuição da capacidade de resolver problemas de forma independente."

Também foi revelado pelo estudo que usuários com acesso a ferramentas de IA generativa criam um conjunto de resultados menos diversificado para a mesma tarefa, em comparação com aqueles que não utilizam.

Fatores que influenciam o pensamento crítico

Os pesquisadores notaram algumas condições previsíveis que fazem com que as pessoas exerçam mais ou menos o pensamento crítico. Por exemplo: trabalhadores sob pressão de tempo tendem a exercê-lo menos, porém, trabalhadores em cenários de alto risco ou em ambientes onde um erro pode causar danos tendem a pensar de forma mais crítica.

A IA nos deixa mais burros?

Com o pensamento crítico minguando, os humanos vão ficar menos inteligentes e a IA devia ser abolida a fim de preservar a capacidade cognitiva das pessoas? É compreensível achar que a resposta vá ao encontro dos dados que indicam o declínio de raciocínio entre enfermeiros, professores e trades, por exemplo. No entanto, os pesquisadores oferecem uma visão mais complexa.

Eles entendem que a humanidade tem uma longa história de "transferência" de tarefas cognitivas para as novas tecnologias. Em perspectiva, analisam os pesquisadores, ao longo do tempo, a tese de que uma nova invenção pudesse destruir a inteligência humana assombrou - e assombra - as pessoas.

"As ferramentas de IA generativa são as mais recentes em uma longa linha de tecnologias que levantam questões sobre seu efeito na qualidade do pensamento humano - uma linha que inclui a escrita (criticada por Sócrates), a impressão (criticada pelo cronista alemão Trithemius), as calculadoras (criticadas por professores de aritmética) e a internet", segundo os pesquisadores.

"Essas preocupações não são infundadas. Quando usadas de forma inadequada, as tecnologias podem de fato resultar na deterioração de faculdades cognitivas que deveriam ser preservadas".

Os autores dão exemplos pessoais - e identificados por quem os leu. No passado eles memorizavam números de telefone de amigos e familiares e até da farmácia. Hoje, com todos os contatos armazenados no celular, mal lembram do próprio número. Outro exemplo é a dependência de GPS para chegar no destino, que antes era localizado pela memória.

Embora eles não se sintam burros por terceirizar suas agendas telefônicas para um dispositivo digital, os pesquisadores reconhecem que a mesma lógica pode ser perigosa em trabalhos críticos, onde a dependência excessiva em modelos de IA pode levar as pessoas a aceitarem respostas erradas sem questionamento.

Como evitar a atrofia cognitiva mesmo usando IA

A financiadora da pesquisa, a Microsoft, é uma das principais investidoras da OpenAI, responsável pelo desenvolvimento de inteligência artificial. Assim, os cientistas sugeriram que essas ferramentas também podem incentivar o pensamento crítico.

"Ferramentas de IA generativa poderiam incorporar recursos que facilitem o aprendizado do usuário, como fornecer explicações sobre o raciocínio da IA, sugerir áreas para refinamento ou oferecer críticas guiadas", disseram.

"A ferramenta também poderia ajudar a desenvolver habilidades específicas de pensamento crítico, como análise de argumentos ou verificação de fatos em fontes confiáveis. Isso estaria alinhado com uma abordagem motivacional, posicionando a IA como uma parceira no desenvolvimento de habilidades".

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O músico vencedor de dois Grammy Awards, Chuck Mangione, que alcançou sucesso internacional em 1977 com seu single de jazz Feels So Good e mais tarde se tornou dublador na comédia animada de TV O Rei do Pedaço, morreu. Ele tinha 84 anos.

Mangione faleceu em sua casa em Rochester, Nova York, na terça-feira, 22, enquanto dormia, disse seu advogado, Peter S. Matorin, da Beldock Levine & Hoffman LLP.

O músico estava aposentado desde 2015. Talvez o seu maior sucesso - Feels So Good - seja uma constante na maioria das rádios de smooth jazz e tem sido uma das melodias mais reconhecidas desde Michelle dos Beatles.

Atingiu o nº 4 na Billboard Hot 100 e o topo da parada adult contemporary da Billboard. "Isso identificou para muitas pessoas uma canção com um artista, mesmo que eu tivesse uma base de público bastante forte que nos manteve em turnês sempre que queríamos, essa música simplesmente se destacou e levou a outro nível", disse Mangione ao Pittsburgh Post-Gazette em 2008.

Ele seguiu esse sucesso com Give It All You Got, encomendada para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1980 em Lake Placid, e ele a apresentou na cerimônia de encerramento.

Mangione, trompetista e compositor de jazz, lançou mais de 30 álbuns durante uma carreira em que construiu uma grande base de fãs depois de gravar vários álbuns, fazendo todas as composições. Ele ganhou seu primeiro Grammy Award em 1977 por seu álbum Bellavia, que foi nomeado em homenagem à sua mãe.

O corpo de Preta Gil já chegou ao Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, onde será realizada a cerimônia de cremação, conforme desejo da cantora.

O cortejo saiu do Theatro Municipal, no centro da cidade, onde foi realizado o velório da cantora na manhã desta sexta-feira, 25. Aberta ao público até às 13h20, a despedida teve presença de amigos, familiares e admiradores de Preta.

O caixão deixou o local sob aplausos, carregado por Francisco Gil, único filho de Preta, Otávio Muller e o músico baiano Carlinhos Brown. Em seguida, foi levado por um carro do Corpo de Bombeiros pelo circuito do carnaval, que ganhou o nome da cantora, até o cemitério.

Na chegada do corpo ao cemitério, segundo a revista Quem, um violinista tocava Drão, canção de Gilberto Gil inspirada pelo relacionamento com Sandra Gadelha, mãe de Preta. A música, além de ser considerada um clássico nacional, marcou a emocionante despedida de Preta Gil dos palcos, quando a cantou ao lado do pai durante uma apresentação da turnê Tempo Rei em São Paulo.

Cerimônia de cremação é restrita a família e amigos

A cerimônia de cremação é restrita a familiares e amigos íntimos da cantora. José e Flor Girl, irmão e sobrinha de Preta, estavam entre os primeiros a chegar. Otávio Muller, Carolina Dieckmmann, Ivete Sangalo, Regina Casé também foram vistos no local.

Família teve momento íntimo no velório

Uma comitiva com os pais, Gilberto Gil e Sandra Gadelha, a madrasta Flora Gil e a irmã Bela Gil chegou ao velório às 13h40, cerca de 20 minutos depois do fechamento da cerimônia para o público. Dessa forma, os pais da cantora tiveram uma despedida mais intimista. Após a entrada de Gilberto Gil, foi divulgada uma imagem do pai beijando a filha no caixão em sua despedida.

Famosos e autoridades se despedem de Preta

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, aguardou a chegada de Gilberto Gil para entrar no velório. A atriz Fernanda Torres, a cantora Ana Carolina e a atriz Bruna Marquezine também chegaram à cerimônia após o fechamento ao público, e cumprimentaram Gil, Flora, Sandra e Bela antes de entrarem no salão.

Antes da chegada dos pais, diversos amigos e familiares de Preta Gil compareceram ao velório. Francisco Gil chegou acompanhado de amigos e da namorada, a ex-BBB Alane Dias. O filho de Preta Gil demonstrou estar bastante emocionado à beira do caixão com o corpo da mãe.

Ivete Sangalo, Carolina Dieckmmann, Regina Casé, Ludmilla, Thiaguinho, Carol Peixinho, Ingrid Guimarães, Douglas Silva, Malu Mader, Claudia Abreu, Alice Wegmann, Marcelo Serrado, Carla Perez, Xanddy, Péricles, Caio Blat, Marcelo Serrado, Sabrina Sato, Nicolas Prattes e Maria Gadu foram alguns dos outros famosos presentes.

Angélica e Luciano Huck prestaram homenagem a Preta Gil nas redes sociais nesta sexta-feira, 25, dia do velório da cantora, realizado pela manhã no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com presença de familiares, amigos e aberto ao público. O casal está fora do País, em férias no Japão. Preta foi madrinha de casamento dos apresentadores. Ela morreu no último domingo, 20, nos Estados Unidos, onde realizava um novo tratamento contra o câncer.

Em uma publicação no Instagram, Angélica escreveu: "Ver tantas homenagens espalhadas pelas ruas e nas palavras de quem te ama emociona e confirma tudo o que você é: força, presença, generosidade, união." "Você sempre foi esse elo entre tanta gente bonita, verdadeira, cheia de afeto e luz. E agora segue sendo lembrada assim, com amor, por quem esteve ao seu lado e por quem você também amou. Sua memória continuará viva em cada gesto de quem escolhe viver com a coragem e o coração que sempre foram seus. Te amo pra sempre. Você estará pra sempre nos nossos corações", completou.

A imagem compartilhada por Angélica mostra as placas de rua instaladas na região central do Rio para homenagear Preta. O cortejo após o velório passou pelo "Circuito Preta Gil", que será o trajeto de megablocos do carnaval carioca.

Já Luciano publicou uma sequência de imagens ao lado de Preta nos stories. "Saudades para sempre", escreveu em um registro dele com a cantora e com Angélica. Em outras imagens, aparecem Carolina Dieckmmann, Thiaguinho, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre outros.

"Te amo para sempre", escreveu Luciano em um vídeo, que encerra a sequência. No registro, ele aparece com Preta e Angélica, e a cantora fala do casal: "Esse aqui é amigo fiel, esse casal que eu amo. Eu sou madrinha de casamento deles e eles são meus. É real."

Velório de Preta Gil

O velório da cantora reuniu familiares, amigos e fãs no Theatro Municipal, na Cinelândia, Centro do Rio, nesta sexta, 25. A despedida teve início com um atraso de 30 minutos e foi encerrada mais de uma hora após o previsto. O velório aberto ao público foi encerrado às 14h. Até às 15h parentes e amigos prestam as últimas homenagens à Preta Gil.