Investigador da polícia de SP suspeito de revender drogas movimentou mais de R$ 81 milhões

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Uma denúncia anônima colocou a Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) no encalço do investigador Cléber Rodrigues Gimenez, suspeito de comandar um esquema de tráfico de drogas.

Procurada, a defesa informou que ele nega as acusações e provará a inocência. "Em razão do sigilo judicial que recai sobre o caso, a defesa não pode detalhar outras informações, frisando apenas que Cléber se manifestará no foro adequado, onde sua inocência será comprovada", diz a nota.

No dia 16 de julho de 2024, uma pessoa não identificada enviou ao Ministério Público um alerta: "URGENTE !!!!!! O maior esquema de corrupção já visto na história das polícias". A mensagem foi encaminhada por meio de um formulário eletrônico disponível no site do MP. Era o início do inquérito que, em seis meses, levaria Gimenez à prisão.

Segundo as investigações, Cléber Rodrigues Gimenez estaria por trás do desvio e da revenda de drogas apreendidas. O investigador é suspeito de substituir cargas de cocaína confiscadas em flagrantes da Polícia Civil por pacotes "batizados" com substâncias como talco e gesso. A droga "pura" seria vendida para traficantes com operações até fora do Brasil.

Drogas apreendidas são encaminhadas ao Instituto de Criminalística, onde peritos fazem testes para confirmar que o material é mesmo entorpecente, e depois são armazenadas em cofres da Polícia Civil, até que a Justiça autorize a incineração. Peritos teriam sido corrompidos para emitir laudos falsos atestando a pureza da cocaína adulterada.

Um detalhe chamou a atenção das autoridades logo no início das investigações. Depois que Gimenez assumiu o 59º Distrito Policial (Jardim dos Ipês), houve um aumento expressivo no número de prisões por tráfico de drogas, com grandes apreensões, inclusive fora da área de atribuição da unidade policial.

As vultuosas apreensões não seriam fruto do acaso nem do trabalho de inteligência. Informantes em Mato Grosso do Sul alertavam sobre os grandes carregamentos, especialmente de cocaína. Quando os caminhões chegavam em São Paulo, eram abordados pela equipe do investigador, em falsos flagrantes.

A Justiça de São Paulo autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Gimenez. A análise das movimentações financeiras levou a novas suspeitas. O investigador é sócio da concessionária de automóveis 1000 Graus, de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A empresa movimentou R$ 81 milhões entre 2017 e 2022, embora não tenha funcionários registrados. As autoridades acreditam que o CNPJ era usado para lavar dinheiro do esquema.

Com o avanço das investigações, a Justiça de São Paulo autorizou buscas em endereços ligados ao investigador e a seus aliados. Um dos alvos foi Maxwel Pereira da Silva, dono da Two Brothers Construções. Silva fez inúmeras transferências de dinheiro para Gimenez e para pessoas próximas ao investigador.

Agentes da Corregedoria da Polícia Civil estiveram em um apartamento ligado a Maxwel Pereira da Silva em dezembro. Também revistaram os carros dele que estavam na garagem do prédio. Apreenderam R$ 2,9 milhões em dinheiro vivo, US$ 13 mil, drogas (cocaína, crack, maconha e lança-perfume) e uma pistola. Ele foi preso em flagrante.

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Luana de Paula, noiva de Marcus Marinho, que apresenta o RJ No Ar, da Record, morreu em um acidente de trânsito no Rio de Janeiro.

Segundo o site Audiência Carioca, ela estava como passageira em uma corrida de moto por aplicativo quando o acidente aconteceu. Luana chegou a receber atendimento médico e ficou internada por dois dias, mas não resistiu.

Marcus Marinho e Luana de Paula estavam juntos há 11 anos e iam se casar em outubro. O apresentador usou as redes sociais para se despedir da noiva nesta quarta-feira, 6.

"Os últimos 11 anos foram incríveis ao seu lado. A gente caiu, se levantou, chorou... Riu junto... Superou tanta coisa... E é esse seu sorriso e os bons momentos que eu vou guardar. O casamento já estava marcado para outubro", escreveu.

"Uma pessoa imprudente no trânsito tirou você de mim", lamentou.

Internautas se comoveram com a morte de Luana e escreveram mensagens de solidariedade à Marinho. "Todos nós telespectadores da Record estamos muito tristes com essa notícia. Que Deus conforte você nesse momento tão difícil", disse um.

Flor Gil compartilhou um vídeo emocionante em suas redes sociais na noite de terça-feira, 5. A cantora mostrou a emoção e surpresa de sua tia, Preta Gil, ao vê-la se apresentando pela primeira vez na TV, ainda criança, no Tamanho Família, na Globo.

O programa foi ao ar em agosto de 2018, quando a filha de Bela Gil tinha apenas 9 anos. Enquanto cantava, Flor Gil estava acompanhada de outros parentes, como o primo Francisco Gil, filho de Preta Gil, o primo João Gil, filho de Nara Gil, e o tio Bem Gil. "Que coisa mais linda", exclamou Preta surpresa ao ver a sobrinha cantando.

Hoje aos 16 anos e com seu primeiro disco lançado, Flor Gil falou sobre a sensação de cantar pela primeira vez na TV e com a tia na plateia. "Lembro da sensação de estar atrás daquela parede de LED, antes dessa surpresa pra você. Uma mistura de nervosismo por cantar ali, na sua frente, por conta da imensa admiração que sempre tive por você", escreveu a sobrinha de Preta, que morreu no último dia 20 de julho.

"Fui com medo mas você ficou tão feliz que até chorou e se emocionou ainda mais. Foi a minha primeira vez cantando sozinha no palco, na TV e agora só penso como foi aquela sensação de cantar essa música pra você. Foi lindo, tão gostoso, cheio de amor… E agora sempre que eu canto, eu penso em você", completou Flor.

Atualmente Flor Gil está em turnê para divulgar o seu primeiro álbum: Cinema Love. Após um show de estreia em Nova York, a neta de Gilberto Gil vai se apresentar em São Paulo, em Salvador e no Rio de Janeiro, com ingressos esgotados em duas datas. A cantora também está na trilha sonora da nova novela das seis da Globo, Êta Mundo Melhor!, com a música inédita Chegou Pra Ficar.

Mais de 750 cineastas, atores, produtores, roteiristas, técnicos e artistas de todas as regiões do País assinam uma carta aberta endereçada ao presidente Lula, à ministra Gleisi Hoffmann, ao presidente da Câmara Hugo Motta, à ministra Margareth Menezes e à secretária nacional do audiovisual Joelma Gonzaga. O documento reivindica a criação imediata de um marco regulatório para o setor de streaming no Brasil, visando garantir contrapartidas justas das plataformas internacionais que atuam no Brasil.

Segundo os signatários, a regulação "não pode mais ser adiada", e é urgente que o tema receba tratamento prioritário no diálogo entre o Executivo e o Congresso. A carta também pede que o presidente Hugo Motta reconduza a deputada Jandira Feghali como relatora dos projetos em tramitação no plenário da Câmara.

"Ao audiovisual de um país registra a identidade em movimento de sua cultura. Conta quem nós somos, de onde viemos, e nos ajuda a pensar para onde queremos ir. Constrói algo fundamental: a memória de um país", afirma o documento.

A carta, assinada em ordem alfabética, expressa ampla diversidade regional e artística - incluindo grandes nomes do cinema comercial, diretores premiados, roteiristas, técnicos e figuras da produção independente de estados como São Paulo, Acre, Pernambuco, Rio de Janeiro, Brasília e Santa Catarina. Há representantes do cinema indígena e periférico.

Entre os signatários estão Fabiano Gullane, Fernanda Torres, Fernando Meirelles, Heitor Dhalia, Joel Zito Araújo, José Padilha, Julia Rezende, Kleber Mendonça Filho, Laís Bodanzky, Luiz Carlos Barreto, Petra Costa, Wagner Moura, Walter Salles, e nomes da cena independente como Anna Muylaert, Affonso Uchoa, Andre Novais, Adirley Queiróz, Eryk Rocha, Gabriel Mascaro, Maya Da-Rin, Daniel Filho, Helena Ignez, Júlio Bressane, Grace Passô, Marcelo Caetano, Lincoln Pérciles, Mozarniel Iramari Yanomami e o escritor Paulo Lins.

"Não podemos aceitar que o nosso mercado audiovisual seja usado como moeda de troca, como em momentos anteriores de nossa história. Devemos almejar equilibrar a nossa balança comercial da cultura, exportando nossa diversidade e nossa produção cultural para o mundo."

O PL 2331/22 propõe que as plataformas de streaming contribuam com 6% da receita para o desenvolvimento de conteúdo nacional, percentual inferior aos 12% recomendados pelo Conselho Superior do Cinema. A proposta foi construída com base em modelos adotados em França, Itália e Coreia do Sul, e já recebe apoio consolidado do setor.

A carta pede ainda:

- Apoio formal do Executivo ao PL 2331/22;

- Atuação ativa do Ministério da Cultura em defesa da indústria audiovisual;

- Mobilização conjunta para garantir a tramitação urgente do projeto no Congresso.

"Sem regulação, o Brasil corre o risco de ser apenas um mercado consumidor, sem consolidar uma indústria nacional capaz de gerar emprego, renda e projeção internacional." O documento ressalta ainda que a regulação representa uma questão de soberania nacional, cultura e democracia, e conclui: "Trata-se de garantir que a voz do Brasil continue a ser contada por brasileiros."