Nº de roubos em SP atinge mínimo histórico, mas latrocínios e estupros crescem

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Os roubos atingiram o menor patamar da série histórica, iniciada em 2001, no Estado de São Paulo. Foram 193,6 mil casos notificados no ano passado, diminuição de 15% ante as 228 mil ocorrências de 2023. Os homicídios também chegaram ao menor número dos últimos 24 anos, consolidando tendência de queda.

Em contrapartida, os casos de estupro subiram 0,45% e os de latrocínio, 1,8%. Ao longo do último ano, foram 170 vítimas, ante 167 no período anterior. Na capital paulista, a alta de vítima de roubos seguidos de morte foi ainda maior, de 23,2%, , conforme dados divulgados pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta sexta-feira, 31.

Procurada pela reportagem, a Secretaria da Segurança Pública ainda não se posicionou. Em publicação no site oficial, a pasta destacou que os latrocínios tiveram, em dezembro, o menor número de casos em 24 anos no Estado para o mês de dezembro.

Nas últimas semanas, dois dos latrocínios de mais repercussão foram a morte de um jovem ao lado do namorado por uma dupla que queria os celulares em Pinheiros, na zona sul, e o assassinato de um delegado por ladrões na Chácara Santo Antônio, zona sul.

No ano passado, o próprio secretário da área, Guilherme Derrite, reconheceu que os delitos violentos, como o latrocínio, reforçam a percepção de insegurança na cidade. "Estamos reduzindo paulatinamente (os crimes), mas só vamos conseguir melhorar de maneira eficaz quando existir punibilidade no Brasil", disse, em setembro.

No caso dos roubos, 2024 foi não só o ano com o menor registro de casos em toda a série histórica, como também o primeiro a contar com menos de 200 mil registros desse tipo de crime. Para se ter parâmetro, chegaram a ser registradas 323,3 mil ocorrências apenas no ano de 2016.

Os furtos também apresentaram queda no último ano, ainda que com redução menos acentuada. Foram registrados 555,8 mil casos de janeiro a dezembro, ante 576,2 mil em todo o ano de 2023, queda de 3,5% nos casos.

Na capital, os índices foram puxados para baixo com a expressiva queda de roubos nos bairros centrais, que viram no pós-pandemia avançarem a degradação e o espalhamento de usuários de drogas da Cracolândia.

Os homicídios também caíram 3,5%: de 2,7 mil para 2,6 mil. Trata-se de patamar abaixo do registrado no fim da década passada, quando houve alta de mortes por conta de confrontos envolvendo membros de facções criminosas, mas a violência ainda chama a atenção.

Em novembro, o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto a tiros em plena luz do dia no Aeroporto Internacional de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Ele era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação também resultou na morte do motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, que não resistiu após ser alvejado por um tiro de fuzil nas costas.

Nesta quinta-feira, 30, a Corregedoria da Polícia Militar indiciou dez PMs presos por suspeita de participação no assassinato de Gritzbach. De acordo com as investigações, os agentes têm envolvimento com o crime organizado.

Motos e residências como alvo

Das 170 vítimas de latrocínio registradas em todo o Estado no ano passado, quase um terço (53) foram mortas em ocorrências na capital.

Apesar de os casos serem variados, autoridades apontam que, em geral, o latrocínio hoje é um crime mais comum em ocorrências de roubos de moto, em que bandidos costumam agir armados, embora haja também casos relacionados a roubo a pedestres e invasões de residências.

Delegados ouvidos pelo Estadão dizem ainda que, entre os pontos de alerta, estão vias próximas ao início das rodovias Imigrantes e dos Bandeirantes.

Nesta semana, a Polícia Civil prendeu um homem considerado o principal suspeito de matar o delegado Josenildo Belarmino de Moura, de 32 anos, em assalto no dia 14.

Moura estava de folga no dia do crime e caminhava pela Chácara Santo Antônio, usando camiseta, bermuda e chinelo. Ele foi alvejado com quatro tiros: dois nas costas, um no braço e outro na garganta. Ele atuava como delegado havia apenas dois meses.

Em setembro, o delegado de classe especial Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, morreu após ser baleado no peito durante tentativa de assalto na Vila Romana, zona oeste da capital. Ele caminhava com a esposa, também delegada, quando foi abordado.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, o caso foi investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que relatou o inquérito policial à Justiça após a prisão de três suspeitos de envolvimento no crime, incluindo aquele que seria o autor dos disparos.

Estupros também apresentam aumento

No caso dos estupros, as ocorrências foram de 14.514, em 2023, para 14.579, no passado, alta de 0,45%. Trata-se de aumento menos expressivo do que o de latrocínios, mas que, ainda assim, liga o alerta das forças de segurança pública.

Como mostrou o Estadão, em outubro, os estupros chegaram a ter alta histórica na capital paulista: foram 317 ocorrências, o maior número contabilizado em um só mês desde 2012. A partir de novembro, porém, o ritmo de aumento desacelerou.

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A Sony Pictures está desenvolvendo uma sequência de O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997), comédia romântica estrelada por Julia Roberts, Dermot Mulroney e Cameron Diaz. A informação foi divulgada pelo site Collider e confirmada pela revista Variety.

O estúdio trabalha na possibilidade ao lado de Celine Song, cineasta por trás de Vidas Passadas, indicado ao Oscar em 2024, e Amores Materialistas, que estreia nesta quinta-feira, 31, nos cinemas brasileiros.

Ainda não é sabido se o elenco do filme original irá retornar para a continuação. Roberts, no entanto, já falou em entrevista ao programa Watch What Happens Live que O Casamento do Meu Melhor Amigo merecia uma continuação.

Na trama original, a personagem de Julianne (Roberts) combina de se casar com o amigo Michael (Mulroney) caso os dois estejam solteiros aos 28 anos de idade. Ao longo da história, a protagonista descobre que ele está noivo de outra, vivida por Diaz, ao mesmo tempo que avalia seus próprios sentimentos.

O diretor de teatro Bob Wilson morreu nesta quinta-feira, 31, aos 83 anos, em Nova York. A informação foi divulgada no site do artista. Segundo o comunicado, a causa da morte foi uma "doença breve, mas aguda". A natureza da enfermidade, no entanto, não foi revelada.

Ao longo das últimas décadas, o diretor se estabeleceu como uma das mentes criativas mais importantes do teatro mundial. Além da direção teatral, Wilson também atuava como arquiteto, iluminador, pintor, escultor e dramaturgo.

O estilo minimalista, mas extremamente impactante, marcou a carreira do diretor. Famoso por seu perfeccionismo, Wilson também se destacava por ser o autor da cenografia e dos desenhos de luz de seus espetáculos.

Com montagens pouco convencionais, o artista ficou conhecido por adaptar textos de autores como William Shakespeare, Samuel Beckett, Bertolt Brecht e Umberto Eco.

A sua trajetória teatral também foi marcada por colaborações com artistas do mundo da música, como Lou Reed, David Byrne, Tom Waits e Philip Glass. No mundo da ópera, Wilson se destacou por adaptar as composições de Richard Wagner.

Wilson nasceu no Texas, nos Estados Unidos, em 1941, e se formou arquiteto em sua juventude. Sua vocação, no entanto, sempre esteve no teatro. Em 1960, se mudou para Nova York e passou a tentar a vida como diretor teatral.

Mais de uma década depois, alcançou sucesso internacional ao montar a ópera Einstein on the Beach em 1975, uma colaboração com o compositor Philip Glass.

Em 1992, fundou o The Watermill Center - um centro artístico em Nova York que se define como um "laboratório de artes e humanidades que oferece ao mundo tempo, espaço e liberdade para criar e inspirar".

Ao longo de sua trajetória, Wilson fez inúmeras visitas ao Brasil e apresentou diversas peças suas ao público nacional, como a ópera A Vida e Época de Dave Clarke. O diretor também trouxe montagens suas para o País, como A Última Gravação de Krapp, de Beckett, Ópera dos Três Vinténs, de Brecht, e Lulu, de Frank Wedekind e Lou Reed.

Em 2016, criou o espetáculo Garrincha: Uma ópera das ruas em São Paulo. O musical, dirigido por Wilson, era inspirado na vida do lendário jogador de futebol do Brasil e foi baseado na biografia escrita por Ruy Castro.

"Enquanto enfrentava seu diagnóstico com olhos abertos e determinação, ele ainda sentia a necessidade de continuar trabalhando e criando até o fim. Suas obras para o palco, no papel, esculturas e retratos em vídeo, assim como o Watermill Center, permanecerão como o legado artístico de Robert Wilson", afirmou a nota publicado em seu site.

Regina Casé atendeu a um pedido de Preta Gil e foi para a Bahia conhecer a avó de Danrlei Orrico, cantor conhecido como "O Kanalha" que teve um affair com Preta em 2024. "Preta Gil desde a primeira vez que foi na casa da família do Danrlei me pediu: 'Régis‚ você tem que vir aqui! É o lugar mais a sua cara que eu já fui'", lembrou a atriz.

E continuou. "Lembro de você o tempo todo! Na festa de seus 50 anos, Pretinha juntou Danrlei e eu e disse: Leva ela lá! Régis, quero ver você e a vózinha dele juntas! Você vai amar e ela também! Dito e feito!"

As fotos do encontro foram compartilhadas por Regina Casé na manhã de quarta-feira, 30, confirmando a identificação entre as famílias, como Preta previu. "Eu amei muito! E ela também! E nós amamos muito Preta, só falamos de Preta, só lembramos dela. A gente não conseguia desgrudar", contou.

Regina ainda elogiou o comportamento do cantor com a sua família e o carinho que recebeu na casa da família do ex-affair de Preta Gil. "Que beleza ver o neto guardando as tradições, a cultura e a beleza dessa família maravilhosa! Nem sei como agradecer todo carinho que eu recebi, fiquei encantada com a família todinha! Que povo lindo! O melhor da Bahia! Obrigada Preta por ter me deixado esse tesouro em testamento!"

A atriz também aproveitou a publicação para falar sobre tolerância religiosa e respeito, algo que testemunhou dentro da casa da família do Kanalha. "Em tempo de tanto ódio e intolerância, vejam Dona Jandira católica devota fervorosa de Santo Antônio ladeada por Cabocla sua filha evangélica e Nega sua filha do axé com amor e humor! Que beleza! Que aula!"

Despedida de Preta Gil

Regina Casé se emocionou bastante no velório de Preta Gil na última sexta-feira, 25. A atriz chorou ao se aproximar do caixão, tocou o corpo da amiga, e foi consolada por sua filha, Benedita, que a acompanhou na cerimônia de despedida.

Danrlei Orrico, o Kanalha, também participou da cerimônia de despedida de Preta Gil no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e precisou ser amparado por amigos. Ele foi ao velório vestido de branco, assim como a família, e usou uma camiseta com o rosto da artista.