Luana Piovani fala sobre assédio na infância e antigos relacionamentos

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Luana Piovani falou sobre sua infância em entrevista ao programa Júlia, do canal SIC de Portugal, e relembrou o caso de abuso sexual que viveu por volta dos sete anos. A atriz falou no assunto pela primeira vez quando surgiu o movimento "Primeiro Assédio" no Facebook, em 2015. Ela voltou ao assunto nesta quinta-feira, 25.

"Foi na minha infância em Jaboticabal. Fui molestada sexualmente. É um assunto que ainda hoje tenho dificuldade de falar. Apesar de já ter iniciado, tenho dificuldade de falar de sexo com os meus filhos por conta da minha lembrança. Pelos dados que temos, sabemos que grande parte das crianças acaba sendo molestada por pessoas muito próximas da família. Foi isso que aconteceu comigo. Não era ninguém da minha família, mas era o meu vizinho", afirmou a atriz no programa português.

Ela contou que não sabia que era assédio, mas percebeu que havia alguma coisa errada. "Eu tinha uns sete anos e sabia que tinha alguma coisa errada porque isso nunca tinha acontecido comigo. Mas ao mesmo tempo, não tinha sido um assunto que eu tinha tido com os meus pais. Não sabia como chegar e dizer aquilo. Eu nem sabia exatamente o que tinha acontecido. Só tinha uma sensação estranha", lembrou Luana, que ainda afirmou não ter traumas por causa disso.

"Isso não acarretou nenhum trauma e por isso nunca contei para a minha mãe. Ela soube durante uma entrevista para a Xuxa. O programa acabou e ela me ligou espumando, querendo saber que vizinho era aquele. Fiz terapia durante anos e nunca coloquei isso em pauta. Nunca falei muito de sexo na minha análise", revelou.

Relacionamentos com famosos

Luana Piovani teve relacionamentos com artistas famosos como Rodrigo Santoro, Dado Dolabella e Pedro Scooby. A atriz foi questionada sobre sua preferência por homens ilustres e respondeu que não ganhou fama com isso, pelo contrário, foi ela quem 'elevou' o nível dos rapazes que estavam no começo da carreira.

"Os namorados, eu sempre elevei muito eles todos. Eu sempre os peguei em começo de carreira", disse Piovani. A apresentadora do programa perguntou se ela sempre foi boa em descobrir talentos. "Sempre fui", concordou a atriz.

Luana também comentou o conturbado término do seu namoro com Rodrigo Santoro em 2000, depois de ter sido flagrada por um fotógrafo com Christiano Rangel, em um camarote do Carnaval.

"Nós fazíamos uma novela e as pessoas confundem um pouco a vida pessoal com o que estão vendo na TV", explicou ela sobre o casal Márcia Eduarda e Eliseu que interpretou com o ex-namorado em Suave Veneno (1999), novela das oito de Aguinaldo Silva.

A atriz também teve um divórcio conturbado com o surfista Pedro Scooby em 2019, pai de seus três filhos. Ela chegou a publicar um desabafo dizendo que tatuou a palavra "gratidão" pois teve coragem de mudar de país e se livrar de um companheiro que não agregava.

Luana aproveitou a entrevista para criticar o interesse do público em sua vida pessoal. "Para mim, escândalo é você comprar respiradores para a época da covid e eles jamais chegarem porque aquilo era mentira. Isso é escândalo e não o fato de eu ter terminado o namoro e uma semana depois, estar com outra pessoa. Isso não é escândalo. É sorte, bom gosto e vontade de viver", concluiu Luana, que está namorando com o empresário Lucas Bitencourt.

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A Netflix norte-americana anunciou que Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que trouxe o primeiro Oscar da história do Brasil, vai estar disponível para streaming na plataforma nos Estados Unidos a partir de 17 de maio.

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, Ainda Estou Aqui conta a história de Eunice Paiva, que precisou reconstruir a sua vida e sustentar os filhos após seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, ser sequestrado e morto pela ditadura militar brasileira. O filme é inspirado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva.

A produção fez história ao receber três indicações ao Oscar 2025, em melhor filme internacional, melhor atriz e melhor filme, e conquistou a estatueta na categoria internacional.

No X, antigo Twitter, fãs comemoraram o anúncio do filme no catálogo americano da Netflix. "Simplesmente Oscar Winner", escreveu um. "Melhor filme do mundo", completou outra pessoa.

Ainda Estou Aqui está disponível para streaming no Brasil pelo Globoplay.

A morte da atriz mirim Millena Brandão aos 11 anos nesta sexta-feira, 2, comoveu colegas e fãs. A menina, que estava internada desde o último dia 29, teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Nas redes sociais, astros, amigos e admiradores prestam homenagem.

Várias mensagens foram deixadas nas fotos do perfil de Millena no Instagram e em outras publicações.

O ator Matheus Santos, conhecido como MC M10, escreveu: "Meus sentimentos à família. Muito triste. Pude conhecê-la no set de Sintonia, uma menina maravilhosa e encantadora."

Já Silvia Abravanel declarou: "Meus sentimentos à família. Que Deus a receba com muito amor, luz e paz num abraço eterno", enquanto a cantora Simony demonstrou tristeza: "Poxa", escreveu, ao lado de um emoji triste.

Millena precisou ser internada inicialmente devido a uma forte dor de cabeça, e foi transferida da Unidade de Pronto Atendimento Maria Antonieta (UPA).

"Desde a sua chegada, a paciente recebeu cuidados intensivos e todo o empenho da equipe médica e assistencial, que não mediu esforços para preservar sua vida", afirma a nota assinada por Thiago Rizzo, gerente médico.

Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue em uma unidade, mas, após uma piora no quadro, ela foi transferida para o Hospital Geral do Grajaú, onde médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros. Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas.

As atrizes Sophia Valverde e Giulia Garcia, de As Aventuras de Poliana e Chiquititas, também se manifestaram. "Muito triste. Que Deus esteja consolando a família nesse momento tão difícil", escreveu Sophia. "Que Deus conforte o coração dessa família", desejou Giulia.

Millena atuou em A Infância de Romeu e Julieta, no SBT, e em Sintonia, da Netflix. Além de atriz, também era modelo e influenciadora digital, e havia feito diversos trabalhos publicitários com marcas infantis.

Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, a atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A artista teve morte encefálica, de acordo com o hospital onde ela estava internada.

Também conhecida como morte cerebral, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Como o cérebro controla outros órgãos, quando é constatada sua morte, outras funções vitais também serão perdidas e o óbito da pessoa é declarado.

Millena havia sofrido diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias, recebido diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

O que configura morte encefálica?

Para funcionarem, os neurônios precisam de oxigênio e glicose, que chegam ao cérebro pela circulação sanguínea. Quando algum problema impede o fluxo sanguíneo, essas células podem morrer e as funções cerebrais são prejudicadas. Se a perda das funções é completa e irreversível, é declarada a morte cerebral.

Apesar de alguns órgãos poderem continuar funcionando, o cérebro já não consegue controlá-los. Assim, embora ainda haja batimentos cardíacos, por exemplo, eles tendem a parar. A respiração também não acontecerá sem a ajuda de aparelhos.

O que pode causar a morte encefálica?

Qualquer problema que cesse a função cerebral antes de encerrar o funcionamento de outras partes do organismo causa a morte encefálica. Entre as causas mais comuns estão:

- Parada cardiorrespiratória;

- Acidente vascular cerebral (AVC);

- Doença infecciosa que afete o sistema nervoso central;

- Tumor cerebral;

- Traumas.

Quando a morte encefálica é declarada?

No Brasil, a resolução nº 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece critérios rigorosos para a declaração de morte encefálica. De acordo com especialistas, o protocolo brasileiro é um dos mais criteriosos do mundo.

O CFM determina a realização de uma série de exames para comprovar a perda do reflexo tronco encefálico, aquele responsável por controlar funções autônomas do organismo, como a respiração.

Essa análise deve ser feita por dois médicos que examinam o paciente em horários diferentes, e os resultados precisam ainda ser complementados por um exame - um eletroencefalograma ou uma tomografia, por exemplo.

Morte encefálica e doação de órgãos

A "Lei dos Transplantes" (Lei nº 9.434/1997) estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando constatada a morte encefálica.

Quando isso acontece, as funções vitais do paciente são mantidas de maneira artificial até que a remoção dos órgãos seja feita.