Relógio do Juízo Final fica mais perto do que nunca da meia-noite

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O relógio do juízo final está mais perto do que nunca da meia-noite (o ponto de aniquilação) desde a tarde desta terça-feira, 28, segundo anunciou um painel internacional de cientistas responsável pelo alerta. O relógio foi ajustado para menos de dois minutos para meia-noite por conta das ameaças impostas pela invasão da Ucrânia, a guerra de Israel com o Hamas e a crise climática, entre outros. É o mais perto do juízo final que já estivemos em 78 anos.

Os cientistas ajustaram o relógio para 89 segundos para a meia-noite - um segundo mais perto da potencial catástrofe global que poria fim ao planeta do que no ano passado -- diante das crises sem precedentes enfrentadas hoje pela humanidade. A ONG responsável pelo relógio foi criada em 1947 durante as tensões impostas pela Guerra Fria como forma de alertar sobre o quão próximo a humanidade estaria da aniquilação total.

"Os fatos por trás da decisão deste ano - risco nuclear, mudanças climáticas, o uso nefasto de novas tecnologias como a inteligência artificial - não foram novidades do ano passado", frisou Daniel Holz, da ONG. "Mas tivemos progressos insuficientes em lidar com esses desafios. Em muitos casos, eles estão levando a consequências cada vez mais negativas e preocupantes. Ajustar o relógio para 89 segundos para meia-noite é um alerta a todos os líderes mundiais."

A invasão da Ucrânia pela Rússia é o conflito mais sangrento a se desenrolar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. "Segue como uma grande fonte de risco nuclear", afirmou Holz. "Esse conflito pode escalar para incluir armas nucleares a qualquer momento por conta de alguma decisão mais dura, um acidente ou mesmo um erro de cálculo."

O Oriente Médio é outra fonte de instabilidade com a guerra de Israel com o Hamas. Nesta segunda-feira, 27, Israel começou a permitir que palestinos retornem ao norte da Faixa de Gaza pela primeira vez desde as primeiras semanas da guerra de 15 meses com o Hamas, de acordo com um frágil cessar-fogo. Também pesa na conta do Juízo Final aumento das hostilidades envolvendo outros países da região, como o Irã.

A crise climática também está se agravando. Ano passado foi o mais quente do registro histórico de acordo com cientistas da Organização Meteorológica Mundial. A última década também teve os dez anos mais quentes - cientistas já discutem se o aquecimento global está ficando mais rápido do que era previsto antes.

"Embora tenha havido crescimento surpreendente do uso da energia solar e eólica, o mundo ainda não está conseguindo fazer o que é necessário para prevenir as piores consequências do aquecimento global", disse Holz.

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A morte de Ozzy Osbourne, anunciada na última terça-feira, 22, provocou uma forte comoção entre fãs e artistas ao redor do mundo, e também se refletiu nas plataformas de streaming. No Spotify, os números da discografia do cantor britânico e de sua histórica banda, o Black Sabbath, tiveram um crescimento expressivo nos últimos dias.

Como artista solo, Ozzy saltou de 12,4 milhões para 18,7 milhões de ouvintes mensais na plataforma. Já o Black Sabbath, grupo que ajudou a definir o heavy metal nas décadas de 1970 e 1980, passou de 19,8 milhões para 24,6 milhões de ouvintes.

Além do aumento geral de público, faixas emblemáticas de Osbourne registraram picos de execução. Crazy Train, um de seus maiores sucessos, acumulou 8 milhões de reproduções desde o anúncio da morte, chegando a 809 milhões de streams no total. A balada Mama, I'm Coming Home cresceu em 7,2 milhões, alcançando quase 245 milhões, enquanto No More Tears somou mais 7 milhões, ultrapassando 266 milhões de execuções.

No caso do Black Sabbath, os números também impressionam. Paranoid, talvez a faixa mais emblemática da banda, foi ouvida 9,3 milhões de vezes apenas nos últimos dias, alcançando 1,38 bilhão de streams. Iron Man teve um salto de cerca de 6 milhões, totalizando mais de 587 milhões, e War Pigs ganhou cerca de 5 milhões de novas execuções, ultrapassando 384 milhões.

A morte de Ozzy ocorreu poucas semanas após o show de despedida Back to the Beginning, realizado em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal da banda. A apresentação marcou a reunião final de Osbourne com os membros do Black Sabbath e encerrou, de forma simbólica, uma das trajetórias mais influentes do rock mundial.

Na manhã deste sábado, 26, Gilberto Gil e Flora Gil usaram as redes sociais para prestar homenagens à cantora Preta Gil, filha do cantor com Sandra Gadelha, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20. O velório da artista foi realizado ontem, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, seguido da cerimônia de cremação no Cemitério da Penitência, no bairro do Caju.

Gilberto Gil compartilhou imagens em que aparece tocando o rosto da filha, visivelmente emocionado. "Até os próximos 50 bilhões de anos… Onde houver alegria e amor, haverá Preta", escreveu.

Flora Gil, que foi madrasta da cantora, escreveu: "Pra sempre dentro do meu coração. Te amarei eternamente", disse ela.

Velório e cremação

O tom de despedida marcou a cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde familiares, amigos e artistas estiveram reunidos para celebrar a vida e a trajetória da cantora.

A cerimônia de cremação de Preta se encerrou por volta das 17h de ontem, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio. A opção de cremação foi um pedido da cantora à família. A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20, seguirá sendo homenageada por familiares, amigos e admiradores em missas de sétimo dia marcadas para este sábado, 26, e segunda-feira, 28.

As celebrações religiosas ocorrerão em Salvador e no Rio de Janeiro.

Neste sábado, às 16h, será realizada a primeira missa no Santuário Santa Dulce dos Pobres, na capital baiana. O local escolhido é o mesmo que recebeu apoio da artista nos últimos meses, e a cerimônia foi anunciada pela apresentadora Rita Batista, durante o programa É de Casa.

A assessoria da família afirmou ao Estadão que, no Rio de Janeiro, a missa está marcada para segunda-feira, às 19h, na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, em cerimônia aberta ao público.

Velório e cremação

A cerimônia de cremação de Preta Gil se encerrou por volta das 17h de sexta-feira, 25, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

Mais cedo, parentes e amigos participaram de uma última despedida à cantora, que foi velada no Theatro Municipal. A cerimônia foi aberta ao público das 9h às 13h.