ONG e advogados suspeitos de atuar em favor do PCC são alvo de operação

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo realizaram nesta terça-feira, 14, uma operação contra advogados e a ONG Pacto Social & Carcerário São Paulo - Associação de Familiares e Amigos de Reclusos, suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo a investigação, os advogados, integrantes da chamada "Sintonia dos Gravatas", seriam responsáveis por contratar médicos e dentistas, com dinheiro do tráfico de drogas, para realizar até procedimentos estéticos em líderes da facção. Já a ONG teria sido criada sob demanda da facção criminosa e vinha sendo usada para atender a interesses dela.

O Estadão pediu o posicionamento da entidade por meio de seus canais. Até ontem, nenhum representante da ONG, que tem sede em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, havia respondido até a publicação deste texto.

Na operação, foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva. Segundo as autoridades, oito suspeitos, entre eles três advogados e o presidente e o vice-presidente das ONG, foram presos nas ruas. Outros quatro alvos de mandados de prisão já estavam na cadeia. Foram cumpridos ainda 14 mandados de busca em endereços ligados aos suspeitos.

A Justiça de São Paulo mandou suspender as atividades da ONG e retirar do ar suas redes sociais até a conclusão do inquérito. A polícia e a Promotoria acreditam que estão diante de uma nova ala do PCC, que chamaram de "Setor das Reivindicações", criada para manipular discursos políticos a favor dos interesses da facção.

"A investigação demonstrou que a facção invadiu a sociedade civil organizada e vem, agora, se apropriando de discursos politizados para fazer valer os seus interesses espúrios", dizem MP e Polícia Civil.

"Revelou-se que a organização criminosa, ainda fazendo uso da atuação dessa ONG, também orquestra de maneira contemporânea ataques a agentes públicos, que deveriam ser praticados no contexto de represálias e acompanhados de falsas acusações/divulgações de abusos por parte de agentes estatais, um servindo de justificativa ao outro."

A entidade

Em seu site, a ONG Pacto Social & Carcerário se apresenta como uma entidade voltada a ações judiciais e extrajudiciais "em favor dos associados, quando estiverem sofrendo ou na iminência de sofrer abuso de autoridade, arbitrariedade, ilegalidade, abuso de poder e afins por parte do poder público" e para "fiscalizar e exigir o cumprimento integral da Lei de Execuções Penais, Constituição Federal e tratados internacionais de Direitos Humanos".

O nome da operação, "Scream Fake" (Falso Grito, em inglês), refere-se a uma participação da ONG no documentário Grito (2024), disponível na Netflix, que discute o sistema carcerário e seu impacto nas famílias dos detentos. A empresa de streaming diz que esse é um conteúdo licenciado que está em sua plataforma, mas não é uma produção original da Netflix.

Início

A investigação começou em 2021, quando uma mulher tentou entrar na Penitenciária II de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, com cartões de memória e manuscritos escondidos na roupa. "Nos cartões, havia diversos arquivos contendo pastas dos setores de saúde da facção, rol de médicos e dentistas, advogados com codinomes, além de um material da ONG, que prestava conta à cúpula da facção", disse Edmar Caparroz, delegado do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter) 8, de Presidente Prudente. "Em 2022, uma nova remessa de manuscritos foi apreendida na penitenciária, e trazia novas referências a advogados, médicos e dentistas", acrescentou.

O material foi analisado, juntamente com manuscritos de detentos apreendidos no ano passado, apontando para uma divisão de setores na facção: "gravatas", "saúde" e "financeiro". A seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) disse acompanhar a investigação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

O festival Turá anunciou nesta segunda-feira, 5, as atrações de sua quarta edição, que acontece nos dias 28 e 29 de junho, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Seu Jorge, Raça Negra e Só Pra Contrariar são alguns nomes da programação, exclusiva de artistas nacionais, cuja proposta é a diversidade de gêneros e ritmos musicais.

No sábado, 28, line-up conta com Só Pra Contrariar, Seu Jorge, Lenine e Spok Frevo Orquestra, Pretinho da Serrinha convida Criolo e Leci Brandão, Bonde do Tigrão, Forró das Minas, e os DJs Luísa Viscardi e Trepanado.

Já no domingo, 29, o evento terá Gloria Groove, Raça Negra, Saulo convida Luiz Caldas, Samuel Rosa, Gabriel O Pensador, Samba de Dandara, e os DJs Millos Kaiser e Linda Green.

Os ingressos para o Turá já estão a venda no site da Tickets For Fun ou na bilheteria física oficial (sem taxa), no Teatro Renault. A entrada para apenas um dos dias do festival custa entre R$ 228 (meia) e R$ 456. O passaporte (combo de entradas para os dois dias), R$ 330 (meia) e R$ 660. Clientes Banco do Brasil Ourocard Visa têm desconto de 15% na compra e possibilidade de parcelamento em até 10 vezes sem juros.

Confira aqui

A A24 e a Apple lançaram, nesta segunda-feira, 5, o primeiro trailer de Highest 2 Lowest, novo filme de Spike Lee estrelado por Denzel Washington. No longa, o vencedor do Oscar vive um magnata da indústria musical, conhecido por ter "os melhores ouvidos do negócio", que é envolvido em uma trama com reféns e se vê dividido em um dilema de vida ou morte.

Inspirado em Céu e Inferno, filme de 1963 dirigido por Akira Kurosawa, Highest 2 Lowest é o quinto trabalho de Lee estrelado por Washington. Os dois trabalharam juntos em Mais e Melhores Blues (1990), Malcolm X (1992), Jogada Decisiva (1998) e O Plano Perfeito (2006).

O elenco de Highest 2 Lowest conta ainda com Jeffrey Wright (Ficção Americana), Ilfenesh Hadera (Godfather of Harlem), Aubrey Joseph (Manto e Adaga) e o cantor A$AP Rocky.

O longa será lançado nos cinemas norte-americanos em 22 de agosto e estreia no Apple TV+ em 5 de setembro.

Confira o trailer aqui

Desde o lançamento da primeira prévia de Superman, fãs do personagem têm se mostrado extremamente ansiosos para ver mais de Krypto, o Supercão, mascote histórico do Homem de Aço. Diretor do longa, James Gunn revelou em postagem nas redes sociais que o agitado cãozinho foi criado usando seu próprio cachorro, um vira-lata chamado Ozu, como modelo.

Em um vídeo que mostra Ozu latindo para uma televisão que exibia o teaser mais recente do filme, Gunn disse que "Krypto foi modelado tridimensionalmente a partir do corpo de Ozu". "Fizemos a captura em 3D de Ozu e o transformamos em Krypto, deixamos ele branco, [e agora] toda vez que ele se vê na tela, ele tenta se assassinar", contou o cineasta.

confira aqui

Em uma postagem de outubro de 2024, Gunn já havia contado um pouco sobre a relação entre Krypto e Ozu, que ele adotou no começo do processo de escrita do roteiro de Superman. Segundo ele, o cachorro, que foi encontrado em meio a dezenas de outros cachorros abandonados, nunca havia interagido com humanos e teve adaptação difícil à nova casa. "Ele imediatamente entrou e destruiu nossa casa, nossos sapatos, nossos móveis - ele até comeu meu laptop. Demorou muito para ele nos deixar tocá-lo. Lembro de pensar 'Deus, quão difícil seria a vida se Ozu tivesse superpoderes?' - e assim, Krypto entrou no roteiro e mudou o curso da história como Ozu estava mudando minha vida", escreveu ele.

Escrito e dirigido por Gunn, Superman estreia nos cinemas brasileiros em 11 de julho. O elenco conta com David Corenswet (Twisters) como Clark Kent/Superman, Rachel Brosnahan (Marvelous Mrs. Maisel) como Lois Lane, Nicholas Hoult (Jurado Nº 2) como Lex Luthor, Skyler Gisondo (The Righteous Gemstones) como Jimmy Olsen e Milly Alcock (A Casa do Dragão) como a Supergirl. Nathan Fillion (Recruta), Anthony Carrigan (Barry), Isabela Merced (The Last of Us) e Edi Gathegi (For All Mankind) completam o elenco como Lanterna Verde, Metamorfo, Mulher-Gavião e Sr. Incrível, respectivamente.