Guterres: Se falharmos na COP 29, isso terá impacto negativo na COP 30 no Brasil

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu, neste domingo, 17, que os líderes mundiais se comprometam com medidas ambiciosas e eficazes contra a crise climática global, além de ajudar também países emergentes nos esforços de mitigar e enfrentar seus efeitos.

O secretário disse ser necessário alcançar um acordo sólido durante o G20, no Rio de Janeiro, e a COP 29, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que ocorre em Baku, no Azerbaijão.

"Um acordo é essencial. Se não houver acordo, se falharmos na COP 29, isso deixará inevitavelmente consequências negativas na proteção das populações, e terá também um impacto muito negativo na COP 30, no Brasil", alertou Guterres, em entrevista a jornalistas no centro de imprensa da cúpula de líderes, no Rio.

Ele destacou ainda que os países desenvolvidos têm a missão de apoiar as economias emergentes nas ações de adaptação climática.

"O fracasso não é uma opção", disse. "O G20 deve liderar com planos nacionais alinhados ao objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC. Brasil e Reino Unido já mostraram o caminho, mas todos os países do G20 precisam fazer um esforço adicional", defendeu.

EUA

Gueterres também afirmou que os Estados Unidos têm papel importante na questão climática, mas também são uma economia de mercado. Ou seja, a economia e a sociedade americanas estão atualmente sob uma influência mais limitada de governo do que já estiveram no passado.

"E todos os sinais do mercado atualmente mostram que a energia renovável não é apenas a mais verde, mas também a mais barata forma de produzir energia. Então, estamos confiantes de que o dinamismo da economia americana e da sociedade americana vai se mover em direção da ação climática. Reconheço que a influência do governo é muito mais limitada do que já foi no passado", disse Guterres, em entrevista a jornalistas no centro de imprensa da cúpula de líderes, no Rio.

Questionado sobre como líderes mundiais podem impedir que o futuro governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, possa atrapalhar acordos de cooperação internacional, Gueterres defendeu que o fortalecimento ao multilateralismo é a melhor resposta a qualquer eventual ameaça.

"O mais importante é reconhecer a importância do multilateralismo e sustentar instituições multilaterais. Se você faz isso no nível da Organização das Nações Unidas, se você faz isso no nível da arquitetura financeira internacional, se você adota um diálogo significativo no nível da governança da Inteligência Artificial, se você está apto a fazer uma aposta firme no multilateralismo, essa é a melhor resposta possível", concluiu.

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Sempre controladora, Odete Roitman (Debora Bloch) acreditava que seria fácil fazer Solange (Alice Wegmann) lhe obedecer, mas a empresária perceberá que a nora está longe de ser manipulada. Nos próximos capítulos de Vale Tudo, as duas protagonizarão um embate direto, sem rodeios ou sutilezas.

Odete aproveitará o jantar na casa da nora para pedir um tour pelo local em sua companhia. A ideia, entretanto, é apenas um pretexto para ter uma conversa a sós com Solange e propor à jovem um emprego em Paris, com todas as vantagens possíveis - desde que consiga convencer Afonso (Humberto Carrão) a deixar o Brasil e desistir do trabalho na TCA.

A vilã pedirá discrição sobre a conversa, alegando que o filho interpretaria sua ação como uma tentativa de manipulação. O que ela não espera é a reação da nora, que, sem se intimidar, questionará abertamente se a sogra estaria tentando comprá-la com a proposta profissional.

A reação de Odete será chamar a jovem de insolente. Mas a resposta da nora será ainda mais firme: "Eu sou abusada, sou insolente... Eu sou resistência. E ninguém fala assim comigo não! Minha mãe me deu educação, mas também me ensinou a não abaixar a cabeça pra quem não se dá ao respeito".

Heleninha Roitman, empoderamento feminino, aborto e carnaval: no Roda Viva desta segunda-feira, 5, Paolla Oliveira reviveu temas que permeiam sua carreira durante a entrevista.

"Quando a gente fala sobre as questões femininas, tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar. Parte tudo do mesmo lugar: ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira que a gente é, escolher ter filhos. Escolher fazer um aborto", explicou a atriz.

"Acho que isso é uma escolha da mulher, e eu sou a favor. É uma decisão da mulher, tem que ser. Acho um grande retrocesso a gente não pensar nisso como uma possibilidade."

A intérprete de Heleninha em Vale Tudo, personagem cuja trama gira em torno do alcoolismo, explicou algumas das motivações do trabalho: "A Heleninha, a gente tem ela quase que como um estereótipo. A mulher da crise, a mulher do escândalo, a bêbada. Para mim, ela é mais. Penso que ela é uma mulher com tantas camadas, desafios, conflitos."

"A novela é super atual [...] Procurei muito sobre as mudanças do alcoolismo de lá para cá, então eu vejo que [o Brasil] mudou bastante, mas que os estigmas continuam", disse, sobre o remake de Vale Tudo.

Paolla também abordou temas relacionados ao empoderamento da mulher, como as críticas ao seu corpo e a visão da beleza.

"De longe, não sou a única mulher a levar isso, mas eu me via nessa roupa. Nessa roupa que não cabia, nessa forma pequena. Precisei arrumar um lugar de libertação."

Questionada sobre sua decisão pessoal de não ter filhos, argumentou: "Eu não tenho mais vergonha de dizer [que não quero ter filhos]. A maternidade é uma coisa tão linda, grandiosa, especial. Tem que ser uma decisão, uma escolha."

Ela, que saiu do posto de rainha de bateria da para voltar às telas da Globo, ponderou sobre o carnaval ser uma celebração cultural e histórica. "Tenho o carnaval nesse lugar muito especial [...] O carnaval virou esse lugar de libertação do corpo."

Ela ainda palpitou sobre quem deveria substituí-la no posto. "Eu acho que deveria ser uma pessoa da comunidade [...] Muito do prestígio que eu tive lá foi por conta de eu estar perto da comunidade. Seria bacana", opinou também.

A entrevista de Paolla para o Roda Viva foi realizada por Carolina Morand, Paola Deodoro, Chico Barney, Marcia Disitzer e Nilson Xavier. A apresentação é de Vera Magalhães.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais.

Miguel Falabella, de 68 anos, recebeu alta hospitalar após passar por uma cirurgia de uma hérnia de disco na última sexta-feira, 2. O ator já está em casa, onde iniciou o processo de recuperação com sessões de fisioterapia.

"Estou em casa, estou bem, caminhando devagarinho. Queria agradecer ao Dr. Davi por ter feito a cirurgia, porque me devolveu o sorriso ao rosto", disse ele em vídeo publicado nas redes sociais. Segundo o ator, o processo de recuperação envolve repouso e acompanhamento fisioterapêutico, já iniciados.

O artista havia comunicado na quinta-feira, 1º, que precisaria se afastar das apresentações do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em cartaz em São Paulo, por conta das fortes dores causadas pela hérnia de disco. Durante sua ausência, o ator Edgar Bustamante assumiu o papel nas sessões, que seguiram até o domingo, 4.

Nas redes sociais, Falabella também agradeceu ao carinho do público e ao apoio recebido nos últimos dias. "Recebi muitas mensagens de gente que teve essa dor e sabe o que é. Obrigado pelas boas vibrações, pois tenho certeza que ajudaram muito."