Prada faz releitura contemporânea dos trajes mais icônicos de Billie Holiday

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Glamour é a característica que define o figurino do filme Os Estados Unidos vs. Billie Holiday. Tanto que Anna Wintour, editora-chefe da edição norte-americana da revista Vogue, sugeriu para o diretor Lee Daniels que procurasse Miuccia. Assim a Prada reinterpretou os nove trajes mais icônicos da cantora para o longa-metragem. "Ela sabia que não daria errado com Prada. Eu ia me jogar aos pés de Miuccia porque ela é um gênio, mas não precisei. Ela admirava meu trabalho, e eu sou um grande fã dela, então ficamos entusiasmados", disse Daniels para a Vogue. A grife italiana também teve participação para retratar o luxo da moda na década de 20 em O Grande Gatsby.

Além de Prada, o filme sobre Billie Holiday conta com o figurinista Paolo Neiddu que pode ser chamado de um especialista em glamour, pois ele foi assistente da figurinista Patricia Field nos dois filmes de Sex And The City e em Os Delírios de Consumo de Becky Bloom. Paolo também já tinha trabalhado com Lee Daniels na série Empire: Fama e Poder, exibida pela Fox de 2015 a 2018.

Apesar desse histórico de ostentação, a obra que retrata a vida da cantora de jazz não tem espaço para um uso fútil do luxo. Cada peça carrega um simbolismo e retrata a artista complexa que Miss Day foi. "O figurino tinha de ser mesmo tão potente quanto a história, porque a própria Billie Holiday tinha noção do quanto a roupa importava, ela usava a roupa como ativismo", diz Alice Alves, professora de figurino.

Para retratar as décadas de 1940 e 1950, a equipe da Prada recorreu aos arquivos da grife e aos registros fotográficos da época. No entanto, as roupas usadas pela atriz e cantora Andra Day para dar vida a Billie Holiday também foram atualizadas. De acordo com a maison italiana, foram usados os elementos mais fortes do DNA da grife vistos em todas as coleções. "Isso permitiu que a Prada desse um toque contemporâneo às roupas, sempre respeitando a época e a história do traje da época", afirmou a marca. A professora de figurino aponta que Prada e Holiday representam símbolos em comum: "Uma mulher poderosa, atemporal, clássica, glamourosa".

Entre as contribuições da Prada para o filme, estão um tailleur roxo inspirado nos anos 1940 e trajes de festa em organza de seda com silhueta dos anos 1950, com corpete bordado com penas; em seda amarela com manga comprida, drapeado geométrico e cristais aplicados seguindo motivos florais; em cetim metalizado vermelho com corpete; e um vestido coluna em cetim de seda marfim com decote em coração e cristais bordados.

As criações da grife são um ponto alto do longa, porém o figurino também envolve quantidades relevantes: 25 trajes foram desenhados e confeccionados exclusivamente para a produção; 50 foram garimpados em brechós e no E-Bay; foram criados 250 figurinos para 99 atores com fala; e 3,2 mil figurantes foram vestidos com roupas de época. Esses números foram compartilhados por Paolo Nieddu com o portal Deadline.

Não podia ficar de fora de toda essa produção a gardênia branca que Billie começou a usar no cabelo para esconder fios que foram chamuscados por um modelador quente. Durante as gravações, foram utilizadas 60 gardênias brancas frescas para manter a marca registrada do visual da artista americana.

Outro recurso de moda adotado por Holiday para lidar com seus problemas pessoais foram as luvas, ela as usava para esconder as marcas nos braços causadas por sua dependência de heroína.

Mas o luxo para Miss Holiday era mais do que uma forma de esconder suas fragilidades. A opulência de casacos de pele e joias também era usada para marcar que ela, mesmo sendo negra, tinha conquistado um lugar que era reservado apenas para brancos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O principal representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, viajará para Genebra, na Suíça, ainda esta semana, onde terá encontro com seu homólogo da China para discutir questões comerciais, informou o escritório de Representação do Comércio americano (USTR, na sigla em inglês) nesta terça-feira. O comunicado não citou o nome da autoridade chinesa que participará da reunião.

Greer também se reunirá com a missão da Representação Comercial dos EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC). A viagem prevê ainda encontro com a presidente da Suíça, Karin Ketter-Sutter, para discutir negociações sobre comércio recíproco.

"Sob a orientação do Presidente Trump, estou negociando com os países para reequilibrar nossas relações comerciais, a fim de alcançar reciprocidade, abrir novos mercados e proteger a segurança econômica e nacional dos Estados Unidos", disse Greer no comunicado.

"Espero ter reuniões produtivas com alguns dos meus colegas", pontuou.

High in the Clouds, livro infantil de Paul McCartney publicado em 2005, será adaptado em animação com elenco de voz composto por nomes famosos. Os personagens principais serão dublados por Celine Dion, Himesh Patel (protagonista do longa Yesterday) e Hannah Waddingham. A informação é da revista Variety, que também cravou participação do ex-Beatle Ringo Starr no filme.

Idris Elba, Lionel Richie, Jimmy Fallon, Clémence Poésy, Pom Klementieff e Alain Chabat também estão entre os que emprestarão suas vozes à trama de McCartney. O livro foi escrito pelo astro junto do britânico Philip Ardagh, e ilustrado por Geoff Dunbar.

A animação será dirigida por Toby Genkel, de Epa! Cadê o Noé? e O Fabuloso Maurício. O roteiro é de Jon Crocker, de Paddington 2, e o design de produção é de Patrick Hanenberger, de A Origem dos Guardiões.

Ainda segundo a Variety, o filme contará com composições originais de McCartney e trilha sonora de Michael Giacchino, ganhador do Oscar por Up: Altas Aventuras.

A Warner oficializou nesta terça-feira, 6, a sequência de Da Magia à Sedução, clássico cult de 1998 estrelado por Sandra Bullock e Nicole Kidman. O estúdio confirmou o retorno de ambas as atrizes. Akiva Goldsman, um dos roteiristas do filme original, escreve a sequência, que terá direção de Susanne Bier (O Casal Perfeito).

Inspirado no livro de Alice Hoffman, Da Magia à Sedução acompanha Sally e Gillian Owens, duas irmãs bruxas criadas em uma pequena cidade de Massachusetts que tentam quebrar uma maldição ancestral que as impede de encontrar um amor. Além de Bullock e Kidman, o elenco contava ainda com Dianne Wiest, Stockard Channing e Evan Rachel Wood.

Em seu lançamento original em 1998, Da Magia à Sedução não teve sucesso, arrecadando apenas US$ 68,3 milhões nas bilheterias mundiais, valor bem abaixo de seu orçamento, estimado em US$ 75 milhões. Além disso, o filme foi mal recebido pela crítica especializada da época. A produção, no entanto, ganhou status cult após seu lançamento em home video e, mas recentemente, sua chegada ao streaming.

O novo filme adaptará O Livro da Magia, capítulo final da saga de fantasia de Hoffman lançado em 2021. A história mostrará a família Owens voltando para a Europa, onde sua ancestral conjurou a maldição que as afeta há séculos, descobrindo segredos e testando os limites de seus poderes.

A sequência de Da Magia à Sedução estreia em 18 de setembro de 2026 nos Estados Unidos. O filme original está disponível para streaming na Max.