IBGE revela 'boom' com nomes de Neymar e Endrick, e mais Maradonas do que Pelés no Brasil

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou nesta terça-feira (4) a segunda edição do site Nomes no Brasil, e entre os jogadores de futebol, o nome de Neymar, atacante do Santos, passou a fazer parte do registro civil brasileiro, com 2.443 pessoas registradas, com idade média de 11 anos, o que representa 0,001% da população.

O 'boom' se deu entre 2010 e 2019, quando neste período foram registrado 1.468 meninos com o nome do craque brasileiro. O número é 17 vezes maior que o da década passada, com apenas 83 registros.

A lista do IBGE também mostrou um boom de "Endricks", que eram 359 até 2009. De lá para cá, 1.048 bebês foram registrados com o mesmo nome do atacante ex-Palmeiras e hoje no Real Madrid, com média de idade de crianças de 7 anos.

No final de 2024, aliás, um levantamento do Babycenter, plataforma de apoio à gestação e parentalidade, apontou que Endrick entrou pela primeira vez na lista de nomes de bebês mais populares do Brasil naquele ano. O crescimento nos recém-nascidos nomeados como Endrick foi de 43% em relação ao ano anterior, colocando-o na 85ª posição do ranking.

Outro dado que chama a atenção, apesar de pequeno, é que o Brasil possui mais nomes de Maradonas do que Pelé registrados. O argentino, falecido em 2020, se tornou o primeiro nome de 128 pessoas, com idade média de 34 anos. Já Pelé, que morreu em 2022, é o primeiro nome de 75 pessoas, com idade média de 47 anos.

Entre os principais ídolos brasileiros, porém, quem fica a frente de Neymar, Maradona e Pelé é Romário. O ex-jogador e atual senador da República aparece como a primeira nomenclatura para 50.538 pessoas em todo o país, com idade média de 29 anos.

Outro craque argentino que aparece com destaque nesta relação é Riquelme, ex-jogador e atual presidente do Boca Juniors, com 25.942 pessoas, e uma média de idade de 12 anos.

Ainda em relação a Neymar, o IBGE revela que o estado com mais pessoas registradas com o nome do atacante santista é Minas Gerais, com 372 pessoas, seguido de São Paulo, com 340, Amazonas, com 239, Bahia, com 232, e Pará, com 158. Há pelo menos um Neymar em todas unidades federativas do Brasil. Além disso, ele é o 4.486º nome mais comum no ranking nacional. Maradona ocupa apenas a 34.648ª posição, enquanto Pelé é o 50.418º nome mais comum no Brasil.

O banco de dados do IBGE abrange todo o território nacional, incluindo 27 unidades da federação e 5.570 municípios, com informações de 203 milhões de pessoas em 90,7 milhões de domicílios.

Quem tem propriedade para falar do assunto é Reginaldo Diniz, CEO da agência de marketing esportivo End to End. Em 2023, a empresa teve a iniciativa de eternizar o nome de Pelé na língua portuguesa, quando o Michaelis inseriu o nome do Rei do Futebol como verbete em sua edição digital. A ação teve consultoria da Miami Ad School e curadoria da Memorabília do Esporte, e foi lançada oficialmente pelo Santos.

"O Santos não construiu só uma das histórias mais admiradas do futebol mundial, mas revelou nomes que viraram verbo, sonho e inspiração. Pelé virou sinônimo de genialidade e palavra no Dicionário. Neymar, por sua vez, não é só referência para nome de criança, mas se transformou em uma marca global e consumida por milhões de pessoas. Isso demonstra a força do clube em criar identidade que ultrapassa os resultados de campo e gerações", explica Reginaldo Diniz.

A ativação também apoio do Sportv por meio da Pelé Foundation e a campanha "Pelé no dicionário", superando a marca de 125 mil assinaturas e com objetivo de eternizar Pelé como um adjetivo sinônimo de excepcional, incomparável, único.

VEJA NOMES DE CRAQUES ESPALHADOS PELO BRASIL

Romário: 50.538 pessoas (média de idade: 29 anos)

Riquelme: 25.942 pessoas (média de idade: 12 anos)

Neymar: 2.443 pessoas (média de idade: 11 anos)

Endrick: 1.431 pessoas (média de idade: 7 anos)

Zico: 582 pessoas (média de idade: 41 anos)

Messi: 363 pessoas (média de idade: 10 anos)

Ronaldinho: 187 pessoas (média de idade: 24 anos)

Maradona: 128 pessoas (média de idade: 34 anos)

Kaká: 121 pessoas (média de idade: 16 anos)

Tevez: 70 pessoas (média de idade: 16 anos)

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.