Novorizontino busca empate no fim com América-MG, mas perde chance de voltar ao G-4 da Série B

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O Novorizontino teve tudo para voltar ao grupo de acesso e depender só de si faltando três jogos para o fim da Série B do Campeonato Brasileiro. Na Arena Independência, o time paulista saiu na frente, levou a virada, mas se manteve vivo ao buscar o empate nos acréscimos por 2 a 2 contra o América-MG nesta segunda-feira, pela 35ª rodada. O empate teve um gosto amargo ainda mais para os mineiros, que perderam a chance de sacramentar a permanência na segunda divisão de 2026.

Usando sua principal jogada, a bola aérea, saiu na frente do marcador com gol do zagueiro César Martins, de cabeça. Antes da ida para o intervalo, cedeu a igualdade no placar quando em chute despretensioso de Willian Bigode, rasteiro, fez Airton falhar bisonhamente. Chegou a levar a virada com Miguelito, mas novamente a defesa salvou quando Dantas, nos acréscimos, testou para manter o sonho do acesso vivo.

A rodada tinha sido perfeita para o Novorizontino, com empates de concorrentes diretos e poderia novamente figurar entre os quatro primeiros. Com o resultado, o time segue em quinto lugar, com 56 pontos, empatado com o Athletico-PR, porém com duas vitórias a menos (16 a 14).

O empate também não foi bom para o América-MG, que poderia sacramentar sua permanência na Série B de 2026, chegando a 42 pontos, em 14º lugar, a cinco pontos do Athletic, primeiro time na zona de rebaixamento.

O América-MG tentou se impor nos primeiros minutos, porém deixava espaço para o Novorizontino explorar. Waguininho deu belo passe para Rômulo, que parou em grande defesa de Gustavo. Na sequência, usando sua principal arma, o time paulista abriu o placar. Rômulo cruzou e César Martins desviou de cabeça para marcar, aos 28 minutos.

O time da casa buscou reagir rápido e Airton fez grande defesa ao evitar o que seria um gol contra de Dantas. No contragolpe, desta vez Robson parou em defesa de Gustavo. Quando a vitória parcial paulista parecia encaminhada, Willian Bigode arriscou de longe, rasteiro e Airton aceitou, falhando bizonhamente, no último lance, aos 49.

A volta do intervalo manteve a mesma postura das equipes. O América tinha mais volume no campo ofensivo, tanto que Miguelito por pouco não virou o marcador, carimbando a trave adversária. O Novorizontino era mais cauteloso ao explorar os contra-ataques, pecando nas conclusões no último terço do gramado.

Depois dos 30 minutos, o panorama mudou. O time paulista subiu suas linhas e passou a ter mais a posse de bola, porém os mineiros começaram a aproveitar os contra ataques e Thauan desperdiçou grande chance. Até que Rafa Silva fez bela jogada individual e serviu Miguelito para virar o marcador, aos 39. Mas nos acréscimos, aos 46, novamente pelo alto, Dantas testou firme e decretou a igualdade em Belo Horizonte, em um empate ruim para ambos na Série B.

O Novorizontino agora tem um confronto direto diante do Remo, no sábado, às 16h, no Estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte (SP). Já o América-MG encerra novamente a rodada, a 36ª, quando visita a Chapecoense, na segunda-feira (dia 10), às 19h, na Arena Condá, em Chapecó (SC).

FICHA TÉCNICA

AMÉRICA-MG 2 X 2 NOVORIZONTINO

AMÉRICA-MG - Gustavo; Júlio César, Emerson, Lucão e Paulinho; Felipe Amaral (Aloísio) (Rafa Barcelos), Miquéias (Josefer), Titi Ortíz (Thauan) e Yago Souza; Miguelito e Willian Bigode (Rafa Silva). Técnico: Alberto Valentim.

NOVORIZONTINO - Airton; Rodrigo Soares, César Martins, Dantas e Mayk; Luís Oyama, Fábio Matheus (Oscar Ruíz), Tavinho (Matheus Frizzo) e Rômulo (Willian Farias); Waguininho (Bruno José) e Robson (Lucca). Técnico: Enderson Moreira.

GOLS - César Martins, aos 28, Willian Bigode, aos 49 minutos do primeiro tempo. Miguelito, aos 39, Dantas, aos 46 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães (RJ).

CARTÕES AMARELOS - Emerson, Josefer, Dantas e Waguinho.

RENDA - R$ 30.061,00.

PÚBLICO - 2.153 torcedores.

LOCAL - Arena Independência, em Belo Horizonte (MG).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.