Messi pode chegar ao milésimo gol com renovação; saiba quando ele deve atingir marca histórica

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Lionel Messi disputará ao menos mais três temporadas até encerrar sua carreira e, com isso, pode chegar ao gol de número 1.000 como profissional. Nesta quinta-feira, o Inter Miami, clube da Major League Soccer (MLS), anunciou que chegou a um acordo com o camisa 10 para estender seu vínculo na Flórida até 2028, o que afasta a possibilidade de o atacante pendurar as chuteiras após a Copa do Mundo de 2026.

Das últimas vezes em que foi questionado sobre aposentadoria, Messi foi sincero ao admitir que este momento se aproxima. Em setembro, disputou pela última vez uma partida das Eliminatórias na Argentina, em duelo com a Venezuela no Monumental de Núñez. Com isso, após a Copa do Mundo, deverá centrar sua carreira somente no Inter Miami.

Desde que iniciou no Barcelona, Messi soma 895 gols em 1.152 jogos como profissional - que leva em consideração sua carreira por clubes e seleção argentina. Uma média de 0,78 por jogo. Com isso, é preciso que Messi marque, ao menos, 105 gols nos próximos três anos para chegar ao milésimo tento antes de pendurar as chuteiras.

Messi e Inter Miami voltam aos gramados já nesta sexta-feira, contra o Nashville, pela primeira rodada dos playoffs da MLS - intitulado MLS Cup, e que define o campeão nacional. Será a primeira partida do craque argentino desde o acerto da renovação e mais uma oportunidade de estender o número de gols marcados. Existe a possibilidade de que, até o fim de 2025, o argentino chegue à marca de 900 gols na carreira.

O novo contrato de Messi com o Inter Miami se estenderá até o fim da temporada de 2028 da MLS. Portanto, caso chegue à final com sua equipe no último ano de contrato, o argentino pendurará as chuteiras em dezembro. Para se calcular quando o camisa 10 poderá chegar ao milésimo gol é preciso levar em consideração o número de partidas a serem disputadas e sua média de gols.

Cada temporada da MLS é composta por uma fase regular, com 34 jogos, e a pós-temporada, em que serão disputadas quatro fases até a decisão. Os finalistas podem disputar até seis partidas adicionais, o que aumenta o número de jogos em cada temporada para 40.

Desde que chegou ao Inter, em 2023, Messi disputou 82 partidas e marcou 71 gols - uma média de 0,86 gol por partida. Com isso, sem considerar a fase de playoffs e com uma projeção de que ele mantenha a mesma forma até 2028, o camisa 10 marcaria 89 gols somente na temporada regular da MLS. Se chegar a todas as finais nos três próximos anos, somaria mais 16 tentos para as suas estatísticas pessoais.

Esse desempenho na MLS, em teoria, já seria o suficiente. Entretanto, vale ressaltar que, nas três temporadas em que defendeu o Inter Miami até hoje, a franquia Flórida nunca chegou à decisão do campeonato nacional. Há outras competições que podem fazer com que Messi chegue ao milésimo gol, por outro lado: Leagues Cup e Concachampions.

A Leagues Cup reúne todas as equipes dos Estados Unidos e do México em um torneio curto, no início da temporada. Ele também garante vaga à Concachampions, por exemplo. Cada equipe disputa, no mínimo, três partidas em cada temporada. Esse número pode subir para seis, caso chegue às semifinais - que garante, ao mínimo, a disputa da partida do terceiro lugar.

Messi pode disputar entre nove e 18 partidas da Leagues Cup até 2028. Na Concachampions, é necessário garantir a classificação, mas a franquia disputou a competição em 2025 e, pela League Cup, já assegurou a vaga em 2026. Em formato mata-mata, com partidas de ida e volta, a competição reúne equipes da América do Norte, Central e Caribe.

Se conseguir se classificar também em 2027 e 2028, Messi disputará no mínimo seis partidas - duas em cada temporada e considerando que a equipe será eliminada na primeira rodada. Esse número pode ser ampliado caso o Inter Miami consiga avançar no mata-mata. Nesta temporada, chegou às semifinais, tendo sido eliminado pelo Vancouver Whitecaps.

Considerando apenas o mínimo de partidas possíveis nessas competições, Messi poderia mais 15 jogos até 2028. Seguindo a média de gols pelo Inter Miami, pode marcar outros 13 gols que, somados àqueles marcados na temporada regular da MLS, seriam suficientes para fazer Messi superar a marca de 1.000 gols.

A tendência, com base na média de gols do Inter Miami, é que Messi chegue ao milésimo gol em 2028, no último ano de contrato, durante a temporada regular da MLS. Vale ressaltar, no entanto, que Messi ainda terá a Copa do Mundo de 2026 para disputar com a seleção argentina.

A partir do próximo Mundial, as finalistas disputarão oito partidas, ao somar fase de grupos e mata-mata. Pela Argentina, a média de gols do camisa 10 é de 0,58 por jogo. Assim, na projeção, marcaria entre um e quatro gols na Copa do Mundo. Ainda há seis amistosos até lá, mas não é certeza quanto à sua convocação. Se for chamado para todos, incluindo nesta próxima Data Fifa, de novembro, serão mais três gols para o camisa 10.

Os gols da seleção argentina fazem com que, no cenário otimista - em que o Inter Miami e a Argentina cheguem a todas as finais possíveis -, Messi termine o ano de 2027 com o milésimo gol. No cenário realista, isso ocorreria em 2028, mas se a equipe da Flórida for eliminada em todas as competições logo na primeira fase, a tendência é que este caminho seja mais tortuoso: o craque argentino chegaria ao milésimo tento em dezembro de 2028, com poucas semanas restantes no contrato.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.