Quem é Paulo Henrique, lateral da seleção que fez gol e foi torcedor no Maracanã há um mês?

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Paulo Henrique, lateral-direito do Vasco, certamente deixará boas impressões em Carlo Ancelotti depois dessa sua primeira passagem pela seleção brasileira. Chamado às pressas após lesão de Wesley, da Roma, ganhou a oportunidade de ser titular e marcou o primeiro gol na partida contra o Japão, nesta quarta-feira.

Aos 29 anos, ele é um dos destaques da equipe de Fernando Diniz nesta temporada. Não à toa, quando Ancelotti voltou seus olhares ao futebol brasileiro, apostou no lateral como uma opção para reforçar a equipe nos amistosos contra Coreia do Sul e Japão, na Ásia. Ele já havia entrado em campo na primeira partida, mas completou seu "conto de fadas" ao marcar aos 26 minutos, depois de infiltrar pela ponta-direita.

Paulista, Paulinho construiu sua carreira no futebol paranaense, desde as categorias de base. Revelado pelo Londrina, somou passagens por diversos clubes da região Sul, como Operário-PR, Paraná, Tubarão, até se destacar no Juventude. Em 2022, pelo clube de Caxias do Sul, chegou a ser considerado o sexto jogador mais rápido do mundo, após uma arrancada de 37,42 km/h na partida contra o Coritiba, no Couto Pereira.

Esse desempenho o credenciou ao Atlético-MG e, com poucos minutos em Belo Horizonte, ao Vasco. Depois de marcar contra o Japão, Ancelotti foi um dos que mais comemorou o gol do lateral, já que ele veio como uma aposta do treinador italiano, que quer observar novos atletas até chegar à lista final para a Copa do Mundo.

Paulo Henrique foi pego de surpresa com a convocação. Quando soube da notícia que estaria na lista do treinador italiano para os amistosos de outubro, estava em um voo, a caminho de Santa Catarina, para aproveitar a Data Fifa junto à família. Precisou recalcular a rota de última hora para chegar à tempo dos treinamentos de Ancelotti, em Seul.

"Foi aquela alegria toda, aquele susto de início para avisar a minha mulher e a minha família, que me esperavam lá. E começou a correria para voltar, buscar as coisas", contou, à CBF TV. "Sempre sonhei com a seleção, sempre tive esse objetivo. É claro que, quanto mais o tempo passa, mais as coisas demoram para acontecer. Fui subindo degrau por degrau até chegar ao Vasco e estar aqui hoje."

Na última partida da seleção no Brasil, Paulo Henrique estava nas arquibancadas. Ele acompanhou diretamente do Maracanã, com sua mulher, Patrícia Casani, a vitória sobre o Chile por 3 a 0, em setembro. Quis o destino que, na convocação seguinte, ele pudesse não só acompanhar a equipe, mas fazer parte do elenco de Carlo Ancelotti.

Outro fato curioso nessa sua primeira experiência com a seleção foi que precisou atuar com uma camisa "remendada" ao entrar no segundo tempo. Na camisa de número 13 de Paulo Henrique, o "1" foi colocado posteriormente no uniforme. Com isso, a numeração ficou desajustada, sem ficar centralizada.

Depois dos amistosos na Ásia, Paulo Henrique contará com força-tarefa do Vasco para retornar à equipe a tempo de atuar contra o Fortaleza, no Campeonato Brasileiro, nesta quinta-feira.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.